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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta nº. 649: TAP - Voar Mais Alto, Melhor e Mais Além!!!

Berta 649.jpg Olá Berta,

Voar parece ser o último grito de liberdade que podemos ter nos tempos modernos. Com efeito, minha querida, quando se dá tempo ao tempo, quando se acha que a razão nos assiste, não é invulgar que os resultados atestem que valeu a pena a resiliência contra tudo e contra todos. Não se pode dizer que esta seja uma correlação vulgar, mas aqui e ali, é bom que assim aconteça para dar alento às nossas próprias afirmações e convicções.

Contra a opinião de toda a oposição à direita o PS tomou conta, em duas fases, da totalidade do capital da TAP. Esta era a companhia aérea portuguesa que Passos Coelho e o PSD, minha cara, havia acabado de vender ao desbarato numa privatização deveras vergonhosa, mesmo nos últimos instantes da sua passagem pelo poder. Foi igualmente constrangedor ver a oposição de esquerda, depois da geringonça, opor-se às medidas julgadas necessárias, à época, para pôr a companhia nos eixos.

Durante bastante tempo alimentaram-se escândalos, alguns escalados de modo artificial, amiguinha, no que respeitava a sua real importância e dimensão. Até assistimos à queda de um ministro por causa dos mesmos e a comunicação social era quase um espelho perfeito das oposições prevendo a total desgraça do Governo de Costa neste ponto em particular. Estavam todos à espera do desastre final.

Mas heis senão quando, à revelia dos arautos da desgraça, ainda antes da saída de Pedro Nuno Santos do Governo a TAP apresenta lucros. Eram apenas 60 milhões (e o que eu não fazia com 60 milhões), minha amiga, e embora este fosse o primeiro resultado positivo e fosse relativo ao ano de 2022, mesmo antes da saída do ministro, escutámos, mais uma vez, a oposição e os comentadores a relativizar a situação porque o lucro apresentado era fictício pois não tinha em conta x, y e z.

Sem se deixar levar pelo negativismo reinante, Bertinha, a gestão pública da TAP começava a provar que, a companhia mais escrutinada do país, tinha rodas para aterrar e asas para voar. Conforme vinha a ser feito, pelo menos desde a gestão estatal, os resultados da companhia continuavam a ser divulgados trimestralmente e desde o primeiro trimestre de 2023, logo seguido pelo segundo, as contas continuavam o seu rumo positivo acumulando no primeiro semestre 43 milhões de saldo positivo, no final de todas as contas.

Desta vez, minha querida, oposição e comentadores vieram dizer que isso não salvava os 3,2 biliões de euros que o Estado colocara na TAP e que a privatização prevista para 2024 nunca salvaria o fiasco do controlo da TAP pelo Governo. À margem das críticas nacionais, vários grupos ligados à aviação demonstravam já o seu interesse na compra do capital da TAP, mesmo com as condicionantes do Estado para a venda da companhia de bandeira.

Sim, porque era necessário salvaguardar o interesse nacional e não perder, principalmente em Lisboa, o papel da TAP com a diáspora, com a América do Sul e com África, depois da companhia ser vendida aos privados. Foi sem comentários de relevo na comunicação social e sem o alarido costumeiro da oposição, minha querida que a TAP anunciou que o terceiro trimestre de 2023 tinha como saldo final, após despesas, 180,5 milhões de lucros, exclusivamente relativos ao terceiro trimestre de 2023.

A manter esta trajetória, amiguinha, pois ainda faltaram revelar os resultados do quarto trimestre de 2023 e do primeiro e segundo de 2024 (pelo menos), quando a TAP for vendida, algures no segundo semestre de 2024, o valor da companhia aérea gerida pelo Estado arrisca-se a ser acima dos valores injetados na mesma pelos contribuintes. E mesmo que tal não aconteça, o que a TAP já representou em salvaguarda de interesses nacionais, em contratos e receitas indiretas para o turismo e em pagamento de salários e manutenção dos trabalhadores nacionais da companhia, já equipara, por si só, o investimento efetuado para a salvar, basta fazer as contas.

Contudo, Berta, se a TAP for vendida por 1, 2, 3 ou 4 biliões de euros isso será tudo lucro para Portugal, porque a amortização dos valores investidos já estará saldada pelo retorno que a companhia deu ao país. Despeço-me com um beijo, certo de que quem espera sempre alcança,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta n.º 631: TAP - Vamos Brincar com os Aviões...

Berta 631.jpgOlá Berta,

“Quem quer que TAP o Sol com a peneira, cedo ou tarde verá que fez asneira.” Este podia ser um ditado absolutamente luso e moderno dos tempos modernos. Porque, minha querida amiga, depois de muita polémica e confusão, todos entendemos que toda a polémica que tem envolvido a nossa companhia aérea afinal não passam de “Guerras de Alecrim e Manjerona”.

Em resumo, Bertinha, existe apenas uma catrefada de gente baixinha e de duvidosa formação moral a tentar pôr-se em bicos dos pés, sem se importar minimamente com o interesse nacional, com a nossa companhia de bandeira ou com a economia do país.

Os idealistas da famosa comissão de inquérito, cara Berta, estão mesmo sem saberem bem o que fazer. Esperavam encontrar uma teia de corrupção profunda e mafiosa e, ao fim e ao cabo, tudo não passa para além de jogos de protagonismo, de tricas entre fações e tricas entre elementos do partido do poder e de mais uma mão cheia de idiotas em bulhas infantis entre figuras partidárias do nosso espectro político, onde duas senhoras se tentam esquivar por entre os pingos de uma chuva venenosa.

Eu até entendo as damas, minha amiga, as senhoras, vendo-se envolvidas no labirinto dos interesses dos mesquinhos intervenientes, tudo fizeram para sobreviver nestas águas pantanosas, tentando atravessar a neblina cerrada onde ventos ridículos criam tornados absurdos que se importam pouco ou nada com a sobrevivência da nossa companhia aérea de bandeira.

Por incrível que possa parecer, minha querida, mesmo tendo em conta a infantilidade incompreensível das atitudes dos diferentes intervenientes políticos na companhia, a TAP conseguiu apresentar resultados tão positivos que, por si só, foram capazes de deixar de boca aberta os gestores de outras companhias aéreas estrangeiras.

Possivelmente, no fim dos inquéritos, das comissões e das atuações embaraçosas da classe política, depois do vento amainar e do pó por fim assentar, cara amiga, a companhia será realmente privatizada porque já se tornou claro que a posição estratégica que ocupa no cenário internacional, faz da TAP uma companhia condenada ao lucro e ao sucesso se gerida de modo minimamente competente.

Conforme pudeste ler, Berta, não foi preciso aqui nomear ninguém, para que tu, que tens acompanhado esta comissão, entendas claramente o que eu acabei de dizer. O importante é deixar os profissionais gerirem a companhia, depois tratem da venda e depois trata-se apenas de esquecer a triste figura intriguista e pequenina que muitos dos intervenientes fizeram perante o país. Deixo um beijo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 135: Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 21) Efeitos Secundários

Berta 114.jpg

Olá Berta,

Esta segunda-feira, minha amiga, fiquei a saber que o Governo da Venezuela, o mesmo que comprava Magalhães às pazadas a José Sócrates, agora sob as ordens de Maduro em vez de Chaves, anunciou, há poucas horas, a suspensão por 90 dias das operações no país da companhia aérea portuguesa TAP. A medida, indica o Twitter onde a deliberação foi anunciada, prende-se com razões de segurança, após as acusações de transporte de explosivos para a Venezuela, feitas pelo executivo venezuelano, a um voo da companhia, oriundo de Lisboa.

"Devido às graves irregularidades cometidas no voo TP173, e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP ficam suspensas por 90 dias", disse o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu, na sua conta na já referida rede social.

Na última semana, o Governo de Caracas acusou a TAP de ter violado os “padrões internacionais”, por alegadamente ter fechado os olhos ao transporte de explosivos e ter ocultado, no seu manifesto de passageiros, a identidade do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, num voo para a capital do país sul-americano.

O Estado Venezuelano justifica ainda a prisão do tio de Guaidó, Juan Marquez, que viajava com o sobrinho neste voo, por este ter transportado “lanternas de bolso táticas” que ocultavam “substâncias químicas explosivas no respetivo espaço destinado às baterias”.

São estas as razões que levam as autoridades venezuelanas a determinarem que a TAP, neste voo entre Lisboa e Caracas, violou as normas de segurança internacionais, permitindo explosivos e também ocultando a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na lista de passageiros, pese embora a segurança aeroportuária não ser da responsabilidade das companhias transportadoras. Um detalhe pouco significativo, ao que parece, nas terras de Maduro.

O Governo Português, ainda refém de uma significativa emigração lusa naquele país, já solicitou um inquérito para averiguar sobre a veracidade das acusações que envolvem a transportadora aérea portuguesa, não deixando contudo de avançar já que preliminarmente não parece existir qualquer indício de irregularidades no voo que transportou Marquez e Guaidó.

O que eu acho revoltante, minha querida amiga, é o Governo de Portugal não ter reagido exatamente como Marega reagiu (e que eu condenei) aos insultos de racismo, mostrando bem alto, e com os braços de todos os portugueses elevados ao máximo, o dedo a estes difamadores sem escrúpulos da Venezuela.

É nisto que dá negociar e passar a mão pelo pelo de ditadores cretinos e dignos da mais deplorável prisão, que se consiga descobrir pelas américas.

Porém, regressemos à última quadra, deste teu desafio de 21 dias, no âmbito das quadras populares sujeitas a mote a que, tão habilmente, me sujeitaste.

Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 21) Efeitos Secundários.

 

Efeitos Secundários

 

Trinquei de leve, com jeito,

A carne fofa, encantada,

E essa trinca em teu peito

Deixou-me a calça molhada...

 

Gil Saraiva

 

Fico a aguardar o veredito final à forma como superei ou não o teu desafio. Por agora despeço-me com um beijo,

Gil Saraiva

Carta à Berta nº. 53: Os World Travel Awards 2019 - Vitória Nacional

World Travel Awards.jpg

Olá Berta,

Hoje, para mim, e se calhar para muitos portugueses, é dia de orgulho nacional. Não penses que te vou falar de Jorge Jesus, dele falarei depois do mundial de clubes. Hoje é dia de te relatar as decisões finais dos prémios da WTA, a World Travel Awards, por outras palavras, os Óscares do Turismo Mundial. Ao todo são entregues 262 prémios de excelência, nas mais diferentes e diversas áreas do turismo em todo o mundo.

Contudo, o prémio que todos almejam, aquele que mais cobiça desperta é, sem qualquer margem para dúvidas, o do Melhor Destino Turístico Mundial. Atribuído apenas e somente a um único país entre os mais de 200 concorrentes. E esse, minha querida, foi novamente ganho por Portugal, pela terceira vez, nos últimos 5 anos.

Ganhámos 4,6 porcento dos prémios atribuídos, se considerarmos a totalidade dos mesmos, ou 15 porcento dos galardões, se levarmos em conta apenas as áreas onde poderíamos ter concorrido, pese embora o facto de não o termos feito em todas elas, porque em muitas não temos a dimensão exigida. Só para teres uma ideia ao que não conseguimos concorrer, basta dizer-te que não temos frota nacional de “rent-a-car” própria, não temos destinos de deserto, não temos destinos de gelo e neve pois a nossa Serra da Estrela é muito pequena face aos grandes recursos que concorrem. Neste campo também não temos resorts desportivos de inverno que possam ir a concurso como não temos frotas de cruzeiros de nomeada o que nos remove logo de uma série de prémios e não possuímos reservas animais importantes e muito menos fazemos safaris e ainda há mais áreas, cuja nossa pequena dimensão, ou localização geográfica, nos obstrói a ida a concurso.

Contudo, isso não impediu Portugal de, de bicos de pés, arrecadar 3 dos cinco prémios mais cobiçados. A saber: Melhor Destino Turístico Mundial, atribuído ao país, Melhor Destino “City Break” do Mundo, ou seja, melhor cidade para férias curtas, alcançado por Lisboa, e Melhor Destino Insular do Mundo, ganho pela Madeira, mais uma vez. Quanto aos outros 2 do top 5: A melhor cidade para turismo de longa duração foi Moscovo e o Melhor Destino Cultural do Mundo, foi ganho pelo Peru.

A festa foi grande para o turismo português, pois ainda arrecadámos os prémios de: Melhor Companhia Aérea a Voar para África, Melhor Companhia Aérea a Voar para a América do Sul e Melhor Revista de Voo do Mundo, os 3 entregues à TAP. Lisboa arrecadou mais 2 prémios, quer como Melhor Porto de Cruzeiros do Mundo, quer ainda o de Melhor Hotel Clássico do Mundo, este através do Olissippo Lapa Palace Hotel, e Sintra, por intermédio da empresa municipal “Monte da Lua”, foi buscar o prémio de Melhor Empresa Líder em Conservação do Mundo.

Importa destacar ainda os galardões que foram atribuídos ao Melhor Operador de Hotel Boutique do Mundo, entregue ao Amazing Evolution Management, que gere o 1908 Lisboa Hotel e o Aldeia dos Capuchos, por exemplo. Há ainda a referir que no campo do turismo de golfe foi o Dunas Douradas Beach Club, em Almancil, quem arrecadou o prémio de Melhor Golf&Villa Resort do Mundo.

Por fim, os Passadiços do Paiva, em Arouca, Património Geológico da Humanidade segundo a UNESCO, foram eleitos a Melhor Atração Turística de Aventura do Mundo e o Turismo de Portugal recebeu, com chave de ouro, o prémio de Melhor Organismo Oficial de Turismo do Mundo. Uma catrefada de galardões, num total de 12, a prestigiar este pequeno país à beira mar plantado.

Como vês, minha querida Berta, o nosso Portugal, que tantas vezes desdenhamos, é cobiçado e premiado como um fora de série na vastidão mundial de recursos turísticos existentes. O desdém, acho que tem a ver com a nossa antiga mania de cobiçar a mulher do próximo e de nos esquecermos da nossa, mas isso passa, tem de passar, e ao poucos chegaremos a bom porto.

Despeço-me com um beijo fofo, este teu amigo que não te esquece,

Gil Saraiva

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