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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta n.º 599: Os 4 Cavaleiros da Minha Indiferença - Parte II/IV - Suicídio em Portugal

Berta 599.jpg Olá Berta,

Conforme falámos na carta desta madrugada há realmente ocasiões em que a minha indignação me faz rebentar e desabafar, mas, na verdade, minha amiga, já estou saturado de notícias referentes a um certo tipo de situações, que passam a vida a vir à baila sem que ninguém se preocupe em pôr-lhes um fim. Vou-te dar agora um segundo exemplo, nesta que também é a segunda carta em que abordo os meus exemplos e nem sequer me vou explanar muito em torno dele para não ter de usar calão.

Como sempre, o meu alegadamente de hoje, é tão alegado como são os assuntos de todas as minhas cartas para ti, minha querida, pese embora o facto de eu achar que o que divulgo anda bem mais próximo da verdade do que muitas das notícias que leio sobre estes temas, mas isso é apenas o que eu penso e não necessariamente a realidade.

O exemplo desta carta é sobre suicídio, mais propriamente acerca do suicídio em Portugal. Sabias, Berta, que, segundo a Pordata, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, se suicidaram em Portugal entre 2007 e 2020 e pelo apurado até ao momento, também 2021, nestes últimos 15 anos, anualmente, cerca de 1.034 pessoas? São quase três pessoas por dia, todos os dias, ao longo de 12 meses. O número baixaria para as 1011 não fossem os devastadores anos de 2014 e 2015, sobre os quais te falarei noutra carta.

Uma verdadeira barbaridade num país que, não fossem os imigrantes, de que há racistas e xenófobos a dizer tão mal, já tínhamos descido na sua população bem abaixo dos dois dígitos, para os nove milhões e pouco. Aliás, Bertinha, isto acontece num país que possui uma das piores taxas de natalidade do mundo, o que ainda agrava mais o cenário que temos pela frente em Portugal, pois, por cá, os óbitos anuais andam, faz tempos, a superar sempre o número total de nascimentos.

Esta situação, minha querida amiga, já era por si horrível, mas quer os investigadores, quer os lentes universitários ligados às áreas da psicologia e da psiquiatria, que fazem estudos e análises de dados ligadas a este fenómeno em Portugal, apontam para o facto de apenas cerca de 50% dos suicídios serem considerados como tal, ou seja a taxa de óbitos por suicídio deve ser mais provavelmente de 6 óbitos por dia em vez dos oficiais 3.

A razão de tal acontecer tem a ver com o facto do suicídio ser mal visto nas sociedades de maior influência católica, cara Berta. É mais fácil declarar um óbito por um acidente em casa ou na rua do que declará-lo taxativamente um suicídio. Outra situação igualmente confirmada nestes trabalhos é a íntima relação entre o suicídio e as situações económicas de desespero. Aliás, na investigação liderada pela investigadora Paula Santana, conclui-se que se verifica uma real, visível e forte associação entre o suicídio e os períodos de elevada instabilidade económica.

Para além disso, minha querida, Portugal tem das taxas mais elevadas da União Europeia de suicídio entre os idosos e nós somos, como é sabido, um país envelhecido. Segundo o que o psiquiatra Carlos Braz Saraiva destacou “…o fenómeno tem-se verificado cada vez mais cedo. Agora, em vez de ser aos 55 anos, é a partir dos 45 que começam a aparecer mais casos...” sendo que isso se justifica por uma “...perda de estatuto social, associada à crise económica...” que “...poderá estar na base do impulso dos chamados adultos...”.

Mais grave do que isto são as políticas do Ministério da Saúde que mantém o problema numa abordagem pela rama, como se o suicídio não fosse um mal maior mas apenas um pormenor. Termino, Berta, a dizer-te que estas notícias me saturam porque nada é feito em prol da solução, é como se assuntos desta gravidade fossem apenas situações para compor jornais e noticiários. Mais triste ainda é saber-se que o Alentejo, e pior ainda o Baixo Alentejo, tem a taxa mais alta no mundo em suicídio, sendo que esta mortalidade já atinge 43 em cada cem mil habitantes, ou seja, 12 óbitos por dia por suicídio nos dados oficiais ou 24 mortes diárias se contabilizarmos a realidade. Temos assim a uma região que é campeã do mundo em suicídio. Recebe um beijo triste deste teu eterno amigo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta: Livro - O diário Secreto do Senhor da Bruma - Os Primeiros Apontamentos - I.7

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Olá Berta,

O “Diário Secreto do Senhor da Bruma” continua a sua análise da Teoria do Suicídio. Ao fim ao cabo, quem se quer matar tem todo o direito de o fazer com a máxima segurança e com a consciência plena daquilo em que se pretende envolver.

Afinal, caso seja bem-sucedido não é propriamente fácil conseguir voltar atrás. Há que ter todas as certezas, por forma a evitar falhas clamorosas que nos podem, dependendo da sua gravidade, acabar por nos deixar vivos e pior ainda dependentes da boa vontade e paciência de terceiros. Um verdadeiro pesadelo, se queres que seja franco, minha querida Berta. Sem perder mais tempo aqui fica mais uma análise:

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I

Os Primeiros Apontamentos (final - I-7)

Fevereiro, dia 7:

A Teoria do Suicídio – Métodos e Processos:

213) Escute atentamente, durante 15 minutos, um debate político entre Ventura e Chicão. De seguida tente imaginar um país governado por estes 2 indivíduos. Se dez minutos depois ainda não sentir que vai morrer de vergonha por ter esta gente como líderes de partidos ditos democráticos, porque elegeram deputados numa democracia, que ainda por cima é a nossa, relaxe. Você não tem qualquer tendência para o suicídio. Esta experiência não tem validade prática se testada em idiotas, cretinos, malfeitores, criminosos, xenófobos, racistas, homofóbicos, pedófilos ou outros insetos.

Fevereiro, dia 8:

203) Tome um veneno eficaz para morrer e parta em paz. Todavia, antes de o fazer recomendo 3 passos essenciais. Depois de os ter seguido de um modo preciso e rígido terá a certeza de que tomou, sem dúvida alguma, a opção mais acertada.

1) Na escolha do tal veneno infalível, depois da sua pesquisa profunda sobre qual a melhor opção, informe-se meticulosamente de todos os seus efeitos. Não apenas enquanto tempo o vai matar ou as dores que sentirá quando este começar a fazer efeito, mas, também, o que acontece pela toma, a cada um dos seus órgãos internos. Depois tente averiguar a forma como essa poção afeta o seu corpo sem vida, isto é, se retarda o apodrecimento dos órgãos ou se pelo contrário o acelera, que tipo de bicharada atrai e assim por diante. Já agora tente descobrir quanto tempo poderá levar até só restar de si cinza ou pó.

Fevereiro, dia 9:

2) De seguida faça um demorado estudo comparativo entre o veneno escolhido e os outros, que, entretanto, tinha relegado para segundo plano, pelo menos avalie mais outros 9. Verifique igualmente qual é a margem de erro do seu veneno. Se o fizer pode descobrir que apenas fulmina 80 ou 90% das vítimas e que as outras acabam por ficar em estados mais ou menos vegetativos, deficientes ou dolorosos para o resto da vida. Tem de ter a certeza que isso não acontece consigo.

Fevereiro, dia 10

3) Pense aquilo que sentirão, pensarão e dirão de si amigos, colegas, parentes, familiares próximos e, não esqueça de avaliar também os mexericos dos inimigos.

3.1) Se, no final de tudo isto, ainda se mantiver resolvido a suicidar-se pelo método 203, não se atreva a dizer que teve o meu apoio. Apenas acho que, enquanto pessoa, você não passa de uma vulgar beterraba, com sabor a nabo e um absurdo cheiro a alho.

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Não entendo, minha querida Berta, porque é que alguém há de querer terminar com a sua própria vida, a não ser em casos absolutamente extremos de doença e dor. Mesmo esses só os considero aceitáveis se forem irreversíveis.

Contudo, para meu espanto, a teoria do suicídio é um tema que parece despertar interesse no seio de algumas camadas mais jovens da população. É claro que não vou dizer, como os meus pais diziam, ou seja, que os valores estão todos em decadência. Pelo contrário, acho que muitos deles melhoraram incrivelmente, de tal modo, que alguns deles são direitos, enquanto antes eram meras ideias de alguns idealistas. Tempos estranhos estes em que vamos vivendo, muito estranhos mesmo.

 

Por hoje é tudo minha adorada amiguinha. Espero que tudo continue bem por esses Algarves e que tu, principalmente, continues de saúde e alegre. Despede-se este que te considera e admira, com um beijo terno, sempre ao teu dispor, caso precises,

Gil Saraiva

 

 

Carta à Berta: Livro - O diário Secreto do Senhor da Bruma - Os Primeiros Apontamentos - I.4

Berta 249.jpg

Olá Berta,

Na verdade, respondendo às tuas questões sobre o “Diário Secreto do Senhor da Bruma”, este é realmente um somatório daquilo que me chama a atenção numa ou noutra situação pela qual eu vou passando.

Muitas vezes ficam omissas as razões desta ou daquela observação, apontamento, pensamento ou raciocínio, mas também não é esse o objetivo de algo que se escreve só para nós mesmos e que, a dada altura, resolvemos partilhar com mais alguém.

Contudo, está à vontade para colocares todas as dúvidas que tiveres sobre seja o que for que eu por aqui escreva. Não terei qualquer problema em te esclarecer. Voltemos, pois, à nossa temática:

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I

Os Primeiros Apontamentos (continuação I-4)

 

Janeiro, dia 25:

Desconfinado (a):

  • Aquele indivíduo que regressa ao convívio social. Importa salientar que, como no caso contrário, o seu uso é indevido nos antónimos inapropriados da palavra de que deriva. Como esclarecimento adicional também se clarifica que, em caso algum, a palavra pode indicar “aquele que tirou algo do rabo”.

Janeiro, dia 26:

Confinamento:

  • Designação que indica o ato de estar confinado (já explicado).

Desconfinamento:

Designação que indica o ato de deixar de estar confinado (já explicado).

Reconfinar:

  • Voltar a repetir, de forma involuntária, mas legalmente exigível, o ato de confinamento já efetuado em, pelo menos, uma situação anterior. Nunca se aplica a expressão para se explicar uma qualquer reintrodução anal.

Reconfinamento:

  • Voltar à situação anterior de Confinamento. Mais uma vez se esclarece que não se trata de ajustar qualquer tipo de pacote num local onde este já esteve de forma apertada e claustrofóbica.

Janeiro, dia 27:

André Ventura:

  • Nome como é socialmente tratado um político de direita português, erradamente utilizado para significar ignorante, estúpido, cretino, falso, vira-casacas, idiota, fascista, homossexual não assumido e preconceituoso para com os seus semelhantes, entre outros impropérios vários, que, nalguns casos, entram no domínio do palavrão.
  • Etimologicamente, nenhuma destas 2 palavras, nem mesmo enquanto conjugadas por esta ordem (André Ventura), têm qualquer pista na sua génese que justifique a sua associação aos referidos classificativos. Pelo que, daí se conclui que o seu uso é por demais indevido no contexto onde tem aparecido aplicado.
  • Tanto assim é que chamar de “André Ventura” a um paciente com trissomia 21 pode ser considerado um insulto, principalmente, para o individuo portador dessa terrível deficiência genética ou malformação por qualquer problema desse teor.
  • Contrariamente a algumas teses, a expressão ou nome composto “André Ventura” também não se refere a qualquer tipo de troglodita ou mesmo de um género de vírus, bactéria ou a uma específica espécie de excremento malcheiroso, especialmente desagradável.

Janeiro, dia 28:

CHEGA:

  • Escrito assim, só com maiúsculas, designa o nome de um partido político português com representação parlamentar, cuja sigla adotada é CH.
  • Neste caso concreto convém esclarecer que a palavra não significa o mesmo que a homónima “chega” que é uma expressão usada para mandar parar uma ação ou para fazer calar, não sendo, no caso concreto sinónima de basta;
  • Nem tem nada a ver com a conjugação do verbo chegar, indicativo de alguma deslocação ou mobilidade de um determinado local para outro.
  • Independentemente de outras fontes, que desconheço, não existe qualquer confirmação, que se possa considerar provada ou verdadeira, que a palavra possa igualmente significar: um bando de populistas, malfeitores e de gente sem caráter ou que até seja utilizada como sigla para uma congregação de racistas, xenófobos, machistas, homofóbicos e fascistas;
  • Também me parece totalmente falsa a afirmação de que o uso deste nome pode ocultar uma aglomeração de vigaristas, oportunistas, mentirosos e cretinos, com ares de supremacia seja de que espécie for.
  • Igualmente está por provar que represente, de alguma forma, os inadaptados, os revoltados, os invejosos, os filhos de pai incógnito, os pedófilos, os sádicos, os totalmente idiotas e os torturadores, bem como alguns assassinos, sendo, no meu entender, perfeitamente legitimo que este partido possa interpor toda e qualquer ação judicial sempre que indicações deste tipo, se não comprovadas, possam ser, de alguma forma, a si associadas.

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Ena, ena, já ia por aqui lançado nestas definições, entusiasmado com a temática. Peço perdão, amiga Berta. Despede-se este teu bom amigo, com um beijo repimpado e sorridente, que só pode ser entregue à distância de uma carta, sempre pronto para o que possas necessitar, feliz pela presente amizade,

Gil Saraiva

 

 

Carta à Berta: Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 18) Meio Caminho Andado

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Olá Berta,

Do lado oposto ao teu, em Guimarães, ainda não vai a meio, hoje, dia 12/02, o Reino da Diversão, que durará 30 dias. O evento decorre no Multiusos de Guimarães e espaços envolventes e conta com uma Pista de Gelo, apresentada como a rainha da companhia, os Carrinhos de Choque, o Tornado Loopping, o Carrocel Circus, os Barquinhos Infantis, o Twitter Infantil, a Minipista, a Scalextric, os Elásticos Radicais, o Carrocel Familiar, o Mega Crazy, as Rolling Balls e ainda o Pavilhão dos Matraquilhos. Este é um Reino que já vai no oitavo ano de história e sucesso.

A juntar-se à diversão, como não poderia deixar de ser, quiosques e tasquinhas trouxeram o elemento da restauração ao Reino da Diversão. A lembrar as antigas feiras e mercados regionais, este megaevento de 30 dias, entre 1 de fevereiro e 1 de março, proporciona, em Guimarães e arredores, uns dias bem divertidos com muitos sorrisos à mistura, num ambiente criado para toda a família, que promete continuar a fazer história na região. Durante este período o berço da nacionalidade é, novamente, um Reino de alegria e riso.

O motivo que me levou a assinalar aqui o acontecimento tem a ver com a taxa de felicidade acrescida que realizações deste género incutem nas populações que servem. Somos um país com uma taxa de suicídio que é a maior da Europa, de 13,7 pessoas por cada 100 mil habitantes, sendo que a média europeia é agora de 10,5 a par com a mundial, apenas nos ultrapassam, em números de suicídios por cada 100 mil habitantes, 7 países no mundo, a saber, em ordem decrescente: a Guiana, a Coreia do Norte, a Coreia do Sul, o Suriname, Moçambique, Nepal, Burundi e, logo depois, estamos nós, Portugal.

Outra nota menos engraçada é o facto de, até 2012, Portugal não ter um lugar de destaque neste nefasto ranking. Sendo nessa altura o oitavo lugar ocupado pela Alemanha com 10,7 suicídios por cada 100 mi habitantes. A partir da amaldiçoada governação de Passos Coelho e do clima de ultra austeridade implementada com a ajuda da Troika, centrada diretamente no indivíduo e não no consumo ou nas empresas, rapidamente o nosso país galgou lugares neste ranking até se instalar de pedra e cal no oitavo lugar, de onde parece não querer sair. No quadro europeu, segue-nos agora a França, com 12,1 de taxa, ainda bem longe nos nossos números absurdos.

Precisamos, por tudo isto, de mais Reinos da Diversão e sem sombra para dúvidas de incutir um maior otimismo e esperança nos estratos populacionais mais desfavorecidos. Sei que já te falei deste problema numa outra carta, mas considero realmente este um ranking do qual temos de sair com urgência.

Para que se atinjam estes objetivos não chegam os Reinos Divertidos, são precisas estratégias concretas de combate a este flagelo que rouba um cidadão ao país a cada 6 horas que passam. Espero sinceramente, amiga Berta, que se procurem medidas efetivas na redução do problema de forma pensada e urgente.

Quanto ao teu desafio, referente á minha produção de quadras sujeitas a mote, escolheste para hoje o tema “Meio Caminho Andado”. Espero, corresponder ao proposto, com estas novas quadras. Tive de construir 3, em vez de uma, para me sentir satisfeito com o tema. Contudo, é mesmo assim, nem sempre apenas uma nos dá o retorno que esperamos alcançar. Mas julgo que, pelo menos a terceira quadra, responde perfeitamente ao desafio. De qualquer maneira seguem as 3, para que possas avaliar por ti se o que digo faz sentido.

Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 18) Meio Caminho Andado.

 

Meio Caminho Andado I

 

Meio caminho é, pela estrada,

Não sofrer, antes sorrir,

É saúde encomendada

Doença levada a rir.

 

Meio Caminho Andado II

 

Sem saúde, paz, dinheiro,

Não se chega a nenhum lado,

Procura rir tu primeiro,

É meio caminho andado

 

Meio Caminho Andado III

 

É meio caminho andado

Pelos azares da vida,

Manter o foco apertado

E rir de cada partida.

 

Gil Saraiva

 

Está na hora de terminar esta carta, minha querida Berta, com um beijo pleno de saudades regularmente enviado como os antecessores, por este que não te esquece,

Gil Saraiva

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