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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

ALEGADAMENTE: Carta à Berta / Desabafos de um Vagabundo / Miga, a Formiga / Estro

Berta.jpgA partir de julho de 2022 os blogs do Senhor da Bruma, assinados por Gil Saraiva, são reunidos neste blog. Os blogs: Estro (poesia), gilcartoon (cartoons) e Desabafos de um Vagabundo (plectro) passam a integrar este blog que muda de nome para: ALEGADAMENTE: Carta à Berta / Desabafos de um Vagabundo / Miga, a Formiga / Estro, substituindo a antiga designação de: alegadamente.

Provisoriamente, até final do presente livro de poesia, "Melopeias Róridas Entre Armila e Umbra" e sempre que se justifique, as poesias e os textos poéticos serão publicados nos dois blogs (https://alegadamente.blogs.sapo.pt e https://estro.blogs.sapo.pt).

Evidentemente, a Carta à Berta, manterá o seu espaço neste blog, aparecendo sempre que o autor sinta a necessidade de desabafar com a sua querida e velha amiga Berta. As temáticas serão as de sempre, ou seja, o que eu queira destacar num dado momento ou que ache por relevante criticar num outro. Tudo pode ser tema, desde o que se na minha rua, no meu bairro, na região, num qualquer local no país e, porque não, no resto do mundo.

Quanto aos blogs Desabafos de um Vagabundo, cuja página fica em: (https://plectro.blogs.sapo.pt) e gilcartoon, devidamente localizado em: (https://gilcartoon.blogs.sapo.pt) os novos posts apenas passarão a constar no presente blog, ficando o arquivo dos posts anteriores mantido nos blogs anteriormente usados para os divulgar, ou seja, os três outros blogs (gilcartoon, plectro e estro) passam a ter a função de arquivos do passado e nada mais.

Dentro deste blog, denominado alegadamente, passarão a ficar registadas as minhas impressões do mundo, as quais eu considero alegadamente verdadeiras, mas que ficam protegidas pelo guarda-chuva do "alegadamente" enquanto opiniões que me pertencem e não como verdades irrefutáveis. A forma como eu vejo o mundo é só minha e pode coincidir ou não com a de todos os outros ou, pelo menos, com a de algumas outras pessoas. O modo como eu registo algo é apenas a minha maneira de o sentir e não uma norma que se sobreponha à opinião de terceiros.

Grato pela atenção que me dispensaram na leitura deste texto, Continuo por aqui.

Obrigado.

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 174: O Último Beijo

Gil 01 março 2020.JPG

Olá Berta,

Hoje faço mais um intervalo e não vou falar sobre “Os Segredos de Baco”. Esses são para ir descrevendo na calma dos dias, quando apetece falar de coisas que antes desta pandemia eram bem mais diversas e ricas de conteúdo, um tempo que voltará, certamente, mas cujo quando ainda desconhecemos por completo.

Não sei em que canal foi, mas acho que foi numa estação italiana, já não posso jurar, que vi uma história sobre um casal, ambos na casa dos 50 anos, encontrados mortos na cama, abraçados e de lábios unidos. Mais do que a notícia em si, da qual já nem me lembro de nada, o que se me agarrou à pele foi aquela cena que vi, por segundos apenas, filmada através de uma câmara de telemóvel.

Quando dei por mim, sem sequer pensar muito no assunto, já tinha um novo poema escrito no processador de texto. Foi um momento mágico, minha amiga, quase inconsciente, mas no qual me revi em absoluto. Olhei então para o poema, com olhos de ver. Tinha acabado de escrever um soneto clássico sem o cuidado de quem o estava a fazer. Fui, de imediato, procurar por erros, faltas de métrica, erros nas silabas tónicas e esse tipo de coisas que os clássicos exigem. Contudo, para minha admiração, não tinha sequer uma virgula para corrigir. Deixo-te daquela que foi a minha transposição para uma realidade que não era a minha:

O Último Beijo.jpg

“ÚLTIMO BEIJO”

                                  

Semanas há que guardo afoito o leito

Onde caíste assustadoramente

Enfraquecida, pálida, doente,

Quase uma réstia, assim, de um ser perfeito,

 

Com quem, há muitos anos eu me deito

Numa fusão de corpos tão ardente,

Que, meu amor, não tem equivalente…

Teu coração, p’ra lá do doce peito,

 

Envia-me sorrisos abafados…

Por entre a tosse, a febre e muita dor,

Nesses teus olhos, eu só vejo amor…

 

Quero poisar nos lábios teus, cansados,

Esses anos de amor e de desejo,

Morrer contigo, nesse último beijo!

 

Gil Saraiva

03/2020

 

Eu sei que tenho um coração pouco em linha com a atitude tradicional de macho latino, mas é assim que eu sou.

Atualmente, seria quase impossível mudar de feitio. Aliás, agrada-me muito o facto de ter o tipo de sensibilidade que tenho, bem como a facilidade como me consigo transpor, com algum realismo, para situações com que me deparo e que não são, efetivamente, as minhas. Por hoje, termino com um beijo, minha querida amiga. Este teu eterno ombro,

Gil Saraiva

 

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