Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Volto ao tema da Electro Neves, pois sinto-me na obrigação de fazer um esclarecimento a quem me leu e aos que comentaram a última carta que publiquei e que partilhei nos grupos de Campo de Ourique que a aceitaram.
Conforme sabes, minha querida amiga, costumo publicar as cartas que te escrevo num blog do sapo (https://alegadamente.blogs.sapo.pt/) bem como uso outros três os blogues do sapo para outros temas (poesia, desabafos e cartoons), na minha página pessoal do Facebook (https://www.facebook.com/gil.saraiva/) e nos dois grupos onde sou o único administrador (seja no grupo “SIP, Som Imagens e Palavras”, seja no grupo “Bairro de Campo de Ourique”).
Certas cartas, em que verso temas de Campo de Ourique, ainda as divulgo nos grupos: “Turma de Campo de Ourique”, “Ah, Campo de Ourique”, “Viver Feliz em Campo de Ourique”, “Campo de Ourique”, “Tertúlia de Campo de Ourique”, “Fãs de Campo de Ourique”, “Novidades em Campo de Ourique”, “Campo de Ourique Bairro de Campeões”, “Crescemos em Campo de Ourique” e “Campo de Ourique Ontem”. Porém, a divulgação nestes outros grupos, está sempre sujeita à aceitação dos respetivos administradores e somente eles têm o poder de decidir o que querem ou não ver partilhado nos grupos que gerem.
São estas as regras e, porque vivemos num país democrático, é assim que deve ser. Por vezes também divulgo, nos grupos, temas gerais de temática nacional ou internacional e deixo ao critério dos decisores se o tema importa ou não para o grupo. Até ao momento julgo que tenho tido uma boa aceitação por parte da grande maioria dos administradores e em média cerca de 50% do que partilho, ou talvez um pouco mais, acaba por ser aceite nestes grupos ou em alguns deles, pelo menos. Não me posso, por isso queixar.
Desculpa o preambulo, mas era necessário explicar porque certas cartas não são partilhadas por este ou aquele grupo. A decisão está sempre na mão de quem gere o grupo e, repito, é mesmo assim que deve ser.
Ora, quando as cartas são sobre o Bairro de Campo de Ourique, o número de participantes das mesmas ultrapassa, com frequência, os cinco mil leitores, ou seja, quase 25% dos votantes da freguesia de Campo de Ourique.
Este facto, obriga-me a ser responsável e a tentar evitar, pelo menos propositadamente, o boato, o mexerico, a notícia falsa ou a simples má língua. Tendo sempre, dentro dos limites do possível, fazer apenas o registo dos factos e dar a minha opinião, quando a considero relevante. De qualquer forma todas as Cartas estão sujeitas ao “alegadamente” precisamente porque nem sempre posso confirmar em mais do que uma fonte aquilo que escrevo.
Feito este longo esclarecimento prévio, regresso ao tema da última carta, ou seja, o que aconteceu com a Electro Neves. Ora, pelos comentários de muitos dos participantes dos diferentes grupos onde a carta foi partilhada, dá para concluir que, na generalidade, as opiniões se dividem bastante. Há quem tenha sido sempre muito bem atendido na loja desde que a loja existe ou desde que o Carlos tomou conta da empresa, como há quem se tenha sentido mal tratado, mal atendido ou até enganado e há, já mais recentemente, um elevado número de gente que foi burlada, roubada e enganada.
Tudo isto era de esperar num caso como este. A minha primeira carta implicava uma pergunta óbvia: porque é que aconteceu uma coisa destas? Sobre isso, ao que parece, não ficou, nas largas dezenas de comentários feitos, nenhuma certeza. Contudo, recebi uma mensagem em que um leitor afirma ter provas de que até as duas lojas foram vendidas atempadamente, tendo a de Campo de Ourique sido adquirida pelos donos do Restaurante Magano.
Se assim for, e somada esta situação aos restantes factos, a coisa começa a cheirar mais a grande golpe do que apenas a más decisões e a problemas devido à pandemia. Porém, porque não conheço a fonte da informação, não posso garantir que assim seja. Também não ficou esclarecida como passou a sociedade que geria a outra loja fora do bairro das mãos da ex-mulher do senhor Carlos para as da nova companheira. Aliás, uma outra mensagem, mais uma vez de alguém que não conheço, afirma que o recheio, de ambas as lojas, foi vendido, na sua totalidade, a um grande armazenista. Dito isto, e tendo em conta o volume da mercadoria existente nos dois espaços e se a coisa ocorreu desta forma, estaremos perante um golpe pensado e premeditado e sem intenção de, pelo menos, indemnizar aqueles clientes que já tinham pago uma série de bens e se viram privados dos mesmos.
De qualquer maneira, se, nos próximos tempos, se confirmarem estas afirmações e outras que já descrevi, desde a venda dos recheios, das lojas em si, das dívidas aos fornecedores, às finanças, à segurança social, aos bancos e aos clientes, estamos a falar de verbas que podem facilmente ultrapassar, no mínimo, o milhão de euros.
Ora, se assim for, não se trata de truque de mulher interesseira e calculista, seja ela brasileira, portuguesa ou checa. A parte do romance pode até ser mesmo isso: romance. Contudo, uma coisa desta envergadura não se faz sozinho e tem de envolver mais gente. É aí que pode estar o calcanhar de Aquiles de toda a operação. Sim, porque quando mais gente envolvida, mais hipóteses de fugas de informação haverá.
Incrédulo com tudo isto prometo ficar atento ao assunto. Até lá, até se saber realmente o que sou passou, prefiro manter a minha ingenuidade e pensar que o Carlos foi vítima de um conjunto de circunstâncias, por muito que esta hipótese pareça ser, cada vez mais, inverosímil. Fazer o quê? Nada. Eu gosto de pensar que as pessoas essencialmente boas e, com quase 60 anos, não é agora que vou mudar. Desculpa mais este desabafo, querida Berta. Recebe um beijo de amizade deste teu amigo, até uma próxima carta,
O tema da carta de hoje demonstra como, às vezes, mesmo quem anda atento ao que se passa no meio onde vive, como é o meu caso, sempre na busca de informação relevante para aqueles que, como eu, adoram o bairro onde vivem, não vê ou nem se apercebe de tudo o que o rodeia. Aconteceu comigo, bem no meu raio de vizinhança e não dei por nada, nem sequer vi, e olha que sigo o programa, a reportagem da TVI na rubrica “Acontece aos Melhores” sobre o assunto. Porém, esta semana acabei, por motivos pessoais, por me deparar com toda a situação.
Estou a falar do fecho da loja da Electro Neves em Campo de Ourique e, pelo que averiguei, também noutro ponto da cidade. De um momento para o outro, ambas as lojas encerraram e foram escoadas de todo o recheio que continham. O site de venda online também saiu do ar e telefones, telemóveis e correio eletrónico de contacto com o gerente das lojas, sócios e funcionários deixou de funcionar, ao que parece, na mesma altura em que se deu o esvaziamento físico dos espaços comerciais.
Eu, minha querida amiga Berta, só dei conta do sucedido porque precisei dos serviços do estabelecimento do senhor Carlos Rodrigues. Com efeito, na passada terça-feira, a senhora que me vem aspirar e limpar o pó à casa, de quinze em quinze dias, foi indiretamente causadora deste despertar.
Quando acordei já a senhora tinha acabado as lides da limpeza e, na cozinha, estava o meu aspirador, comprado já lá vão treze anos, na Electro Neves, de quem sou cliente há 39 anos (desde os tempos em que era o pai o dono do negócio), com um papel em cima que dizia: lixo.
Resolvi interromper, mais uma vez, o meu confinamento e deslocar-me à Rua Tomás da Anunciação para adquirir um novo aspirador. Foi no decurso desta saída (e das investigações posteriores) que me senti tremendamente triste. A loja da Electro Neves estava vazia, tinha sido completamente esvaziada de conteúdo, durante um sábado, desde o princípio da tarde até à madrugada do dia seguinte. Pelo que soube o mesmo aconteceu na outra loja da família.
Depois descobri muito mais coisas, nas notícias, no portal da justiça, nas finanças, nos fornecedores e através do portal da queixa, onde clientes se queixavam ter sido burlados em totais que ultrapassavam dezenas de milhares de euros. As dívidas das duas empresas, pois que ambas representam a mesma marca, apanhavam todos sem distinção. Bancos, fisco, segurança social, fornecedores, clientes, senhorios e mesmo a antiga família.
Com efeito (coisa que eu desconhecia) o Carlos Manuel dos Santos Rodrigues, dono da empresa Luz Ardente, Unipessoal Limitada, ou seja, o Carlos, tinha uma nova relação e cortara os seus laços familiares para se unir à sua nova sócia, agora proprietária da Electro Nevexpress, unipessoal limitada, a menina Roseli Aparecida Nós de Sousa, em vez da sua ex-mulher, antiga detentora desta empresa. Em conjunto com o site estas duas empresas constituíam a minha velha conhecida Electro Neves.
Depois de verificar todos estes dados em fontes absolutamente credíveis, a maioria delas estatais, segui a minha investigação por conhecidos, amigos, fornecedores, clientes e vizinhos do Carlos. A versão que corria, na esmagadora maioria deles, é que ele despachou tudo, angariou quanto pode, deixou dívidas por todo o lado, burlou tudo e todos, e fugiu para o Brasil com a sua nova amante, a tal menina Rosali.
Sinceramente, minha querida Berta, o Carlos que eu conheci e cujas firmas publicitei na minha revista “Lisboa com Alma”, no meu jornal “O Javali” e de quem fui anos a fio cliente, podia ter mau feitio, quando embirrava com um ou outro cliente, mas era um homem justo e de palavra. Para a versão corrente dos factos ser realmente verdade, então a tal de Rosali só pode ser uma poderosa feiticeira, que arrancou do Carlos a noção de bem, de bom senso, de justiça e de seriedade que sempre lhe moldou o caráter. Ora, eu não acredito em bruxas.
Junto em anexo a reportagem da TVI. O Portal da Queixa e tudo o resto é público e consegues ver, também tu pela internet. Porém, enquanto não escutar ou ler um depoimento do Carlos a confirmar que esta é a verdade, recuso-me a aceitar que não existam outras explicações, que, entretanto, desconheço, mas que até pode passar pela Covid, para tudo o sucedido.
Que me desculpem os lesados, as vítimas desta alegadamente imensa e monstruosa burla, aqueles com quem ele era antipático por embirração, até mesmo a sua antiga família, mas eu gosto de pensar que as pessoas são essencialmente boas e não o inverso, principalmente aquelas com quem tive relações de proximidade, porque realmente nunca fomos amigos, mas, mesmo assim, não me sinto no direito de o condenar sem julgamento.
Poderão, muitos dos que me escutarem dizer que eu sou ingénuo, pois serei, se for mesmo esse o caso, mas reafirmo que gostava de saber a verdadeira história pela boca do seu protagonista principal: o Carlos. Não sei o que tu pensas disto, querida Berta, mas eu sou e hei de morrer assim. Despeço-me, por hoje, com um beijo de até à próxima carta, este teu amigo de sempre,
Não sei se já deste conta que o Natal se aproxima a passos largos. No Algarve é um pouco mais difícil, para quem vem de fora, dar pela chegada da quadra. Se fosses de frequentar os grandes centros comerciais ainda davas por ele, agora assim, não é tão evidente. Bem, não era, quando eu vivia aí pelo Sul. Hoje em dia até já pode ser de outra maneira.
Não sei se tens acompanhado “As Aventuras de uma Bicha Portuguesa”, peripécias que davam para pôr nome a um filme, do género do que acabei de dizer. Estou-me a referir ao icónico, pela negativa, José Castelo Branco.
Depois de ter declarado publicamente no verão passado que ia lançar a sua candidatura a Primeiro-Ministro, de ter feito um alarido público anunciando já ter recolhido 12 mil e quinhentas assinaturas, para a formação do seu partido “MJP”, ou seja, o “Movimento de Justiça Portuguesa”, acabou por se retirar prematuramente, alegadamente devido à saúde da sua Betty Grafstein, que se teria agravado ao ponto de ir ser operada no final de agosto passado, o que o obrigava a regressar, fora do previsto, rapidamente aos Estados Unidos.
A senhora de 92 anos foi realmente operada, aos olhos, e, 3 dias depois, já Castelo Branco a exibia num dos aparelhos do ginásio particular do apartamento desta em Nova Iorque.
Ficam no ar as dúvidas se realmente as 12 mil e quinhentas assinaturas existiam. Mas o amigo José, não é bicha que se preocupe com detalhes. Aliás, ele próprio se afirmou como tal, o que justifica eu estar a usar o mesmo termo. Foi precisamente quando em agosto anunciou a sua prematura saída da política:
” Vou continuar sempre a ser a bicha justiceira. Eu não minto nem brinco em serviço”. Estas são palavras do próprio, que escolhe com orgulho, a denominação de bicha para se autoidentificar. Podes achar algo de incompreensível, mas tudo neste espécime tem esse tipo de caraterísticas de difícil entendimento.
Se pensarmos na personagem como pretenso líder da justiça portuguesa a situação ainda é mais confusa. José Castelo Branco, em 2003, foi detido no Aeroporto de Lisboa por contrabando de mais de 2 milhões de euros em joias, acabando o caso por ser resolvido pelos advogados de Betty Grafstein, com pagamento de pesadas coimas. Mais tarde, em 2013, foi condenado a 9 meses de prisão, com pena suspensa, a pedir desculpas publicamente e ao pagamento de mil euros por ter injuriado e dado uma cabeçada ao produtor Daniel Martins. Depois, em 2016, foi condenado por injurias e maus tratos a uma empregada doméstica, com 3 meses e 16 dias de prisão efetiva ou, em alternativa, ao pagamento de uma indeminização de 6 mil e 400 euros, que acabou por pagar.
Finalmente, esta quarta-feira, Castelo Branco foi novamente preso no Aeroporto de Lisboa, antes de partir para Nova Iorque, acusado de roubar um perfume da marca Dior. No presente momento aguarda julgamento, com termo de identidade e residência, sem autorização para sair do país, por determinação judicial.
Ora, perante um cenário destes, faz realmente sentido que uma pessoa com este perfil, casado com uma mulher 36 anos mais velha, proprietário de uma galeria de arte em Nova Iorque, de uma vivenda em Sintra e de um apartamento em Lisboa, que vive, não se sabe bem do quê, se excluirmos a fortuna da esposa, resolva criar um partido denominado “Movimento de Justiça Portuguesa”.
Minha querida Berta, eu acho que o Termo de Identidade e Residência, agora pendente sobre esta pessoa natural de Moçambique, e que ostenta passaporte português, tem, no fundo, a ver apenas com o facto da própria justiça o querer mais perto de si.
Como ainda não te enviei esta carta e já há novidades sobre a bicha rica, achei por bem um pequeno “update”. José Castelo Branco conseguiu “provar”, ao que parece, que o perfume lhe caiu para dentro da carteira. Foram anuladas todas as acusações e já seguiu hoje para Nova Iorque. Como diria a bicha: “Money talks”. Mais absurdo só naquele antigo jornal… “O Incrível”.
Despeço-me com um beijo, sempre cheio de saudades, este teu amigo eterno,
Sabes que celebramos hoje o nosso primeiro mês de troca de correspondência? Adorei saber, pela tua última resposta, que retomaste o gosto por ir abrir ver o correio. Tu, como quase toda a gente, passou a olhar para essa pequena caixa com algum amargo de boca.
É um facto que ninguém gosta de lá ir apenas para encontrar missivas de banco, penhoras das finanças, contas da luz, da água, do gás ou da televisão, internet e telemóvel. O recetáculo ganhou, nos últimos anos, uma conotação negativa, chegando ao ponto de criar fobias a muitos utilizadores, pelos receios do que, a cada abertura, pudessem vir a encontrar. É bom ver que, pelo menos no teu caso, a tendência se inverteu.
A minha carta de hoje prende-se com o regresso à cena mundial dos ladrões míticos e de bom coração. Se antes os liamos torcendo pelo seu sucesso, como se de heróis se tratassem, agora, na atualidade, eles tornam-se reais e capazes de feitos que superam os seus antecessores literários. As imagens de Robin Hood, de Arséne Lupin, ou de Simon Templar, digo, O Santo, eram, e permanecem, mais românticas do que os seus reais sucessores.
Os grandes ladrões da atualidade não se revelam à imprensa, não se identificam de forma alguma, nem sequer possuem aquele charme justiceiro ou aventureiro.
Aliás, o cinema apresentou-nos novos bons ladrões em Ocean’s 11, Ocean’s 12 e Ocean’s 13, com George Clooney e Brad Pitt nos principais papeis. Porém, este tipo de fora-da-lei nunca teve grande transição para o nosso mundo real.
Uma outra situação, bem diferente é, contudo, a transição dos roubos espetaculares da ficção para o quotidiano.
Aqui a coisa tem prosperado. Foram os roubos de joias da Coroa na Suécia em 2018, o roubo recente de uma carrinha de valores na Avenida da Liberdade, em Lisboa, já este mês, contendo peças de ourivesaria de mais de 124 mil euros e finalmente o assalto praticado ontem, por um duo, na Alemanha, cujo o saque em pedras preciosas e diamantes, incluídas em antigas peças reais, rendeu mais de mil milhões de euros de proveitos aos meliantes.
Neste último caso, e para espanto generalizado, o tesouro roubado da Abóbada Verde, no Palácio Real em Dresden, na Alemanha, não tinha qualquer seguro e, mais grave, os alarmes podiam ser desligados atacando uma caixa de eletricidade situada na via pública, junto ao monumento.
Depois de casa roubada não existem trancas que se possam pôr nas portas para evitar o ocorrido. As autoridades estão com esperança de encontrar pistas nos vídeos gravados pelas câmaras de segurança durante o assalto. Todavia, acho que de pouco valerão as imagens de 2 pessoas, vestidas de preto, da cabeça aos pés, de lanternas em punho, a limpar metodicamente algumas das vitrinas.
Foi ainda encontrado um carro, totalmente carbonizado, que pode ter servido de veículo de fuga. Esta descoberta já me parece uma pista mais sólida, principalmente porque há registos que o fogo não apaga, como os das gravações nalgumas peças dos respetivos números de série. Porém, se se tratar de um carro roubado, não sei o que as autoridades poderão fazer daí em diante. Admito que, até ao momento, esta me parece a melhor via de investigação a seguir. O resultado é que poderá muito bem vir a ser bastante abaixo das expetativas.
Uma coisa é evidente, este crime foi metodicamente pensado, devidamente planeado, e tem detalhes que evidenciam um conhecimento aprofundado do que havia a fazer para o levar a bom porto. Isso pode implicar o auxílio de gente que trabalha para o museu ou que colabora regularmente com a instituição. Contudo, isso já sou eu a supor e não se tratam de factos.
Como vês, minha querida Berta, o roubo é perfeito, o valor do mesmo é avassalador, mas duvido que os ladrões se preparem para distribuir o produto do saque com os pobres e oprimidos, na senda dos ladrões de charme do antigamente. Afinal, este assalto faz parte da vida real, e constitui, pelo menos até ao momento, o maior roubo do III Milénio, à noite no museu.
Fica com um beijo deste teu amigo, pleno de saudades,