Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Escrevi ontem um requerimento para a Câmara Municipal de Lisboa. Não fiques intrigada, isto sou apenas eu farto dos abusos praticados nas cargas e descargas dos 3 supermercados da Rua Francisco Metrass em Campo de Ourique. Já se tornou banal os camiões chegarem antes das 6 da manhã, como se fossem realmente os Reis da Rua. Nem sequer distingo o Minipreço, do Pingo Doce ou do Go Natural (da Sonae). São os 3 em conjunto que geram o problema. Em resumo, o direito ao descanso da vizinhança e ao respetivo silêncio, não tem lugar na ordem de prioridades destas superfícies do retalho.
Mando-te, embora tenha tapado os meus dados pessoais com uns “aliens”, uma cópia do requerimento enviado para a autarquia. Nele solicito 3 coisas:
Uma fiscalização devidamente bem elaborada que acabe, definitivamente, com os abusos praticados no que se refere aos horários de cargas e descargas presentemente em vigor na Rua francisco Metrass em Campo de Ourique, mas uma fiscalização que multe e penalize esta gente de acordo com o que a própria lei prevê;
Um esclarecimento sobre como é possível uma deliberação e regulamento camarário se poderem sobrepor aos Decretos-Lei que se encontram em vigor no que concerne ao Regulamento Geral do Ruído.
Um pedido de alteração do horário de funcionamento das cargas e descargas, para tentar que o mesmo só seja autorizado a funcionar a partir das 8 horas da manhã.
Eu sei que provavelmente esta última solicitação vai cair em saco roto. Afinal estas cargas e descargas afetam pouco mais de 200 pessoas. Um peso que pode não chegar para obrigar a Câmara Municipal a repensar o horário atribuído a estes “aliens” que, por não pertencerem ao bairro, se estão nas tintas pelo respeito de vizinhança que deveriam ter.
Contudo, se for efetuada uma fiscalização séria aos abusos no que aos horários diz respeito, pode ser que, com sorte e algum bom senso, deixem de existir cargas e descargas antes das 7 da manhã, o que, a acontecer, já era um progresso muito significativo.
Estou ainda curioso de saber como a Câmara vai ou não contornar o facto de estar a fazer letra morta do Regulamento Geral do Ruído ao colocar horários de carga e descarga de camiões, em áreas residenciais, antes da hora estipulada por aquele regulamento.
Prometo enviar-te notícias assim que obtiver uma resposta final dos serviços. Porém, caso tudo fique em águas de bacalhau, estou decidido a avançar para um abaixo assinado a enviar conjuntamente com um segundo requerimento, espero é que isso não seja preciso, mas apenas pela trabalheira que dá e pelo tempo que demora.
Por hoje é tudo, despeço-me com um abraço enorme, sempre saudoso, este que não te esquece,
Tudo serve, a alguns grupos noticiosos do nosso Portugal, para tentar despertar, e trazer para a ribalta, as múmias nacionais do nosso passado recente ou nem tanto. Ainda estou a tentar entender se esta espécie de exorcismos se fica a dever a um interesse político determinado e orientado propositadamente por esses grupos ou a qualquer outra razão mais obscura. Como sempre, minha querida, tudo o que aqui escrevo não pode sair do domínio do alegadamente, porque, para isso, precisava de outros recursos, que já não possuo, para poder sair deste enquadramento.
Porém a questão pode ser, inversamente, a preocupação de voltar a vender mais exemplares das suas publicações, uma vez que, na época em que esses espécimes existiram, enquanto seres alegadamente vivos e pensantes, deram provas excelentes no que economicamente importa, isto é, relativamente, aos resultados das vendas nas bancas de jornais e das subidas de audiências televisivas.
Aqui há dias atrás foi a vez de uma voz indignada, qual múmia de um distante passado além político (graças aos céus), vir a público botar discurso. Como por assombração, Cavaco Silva, que regressou das masmorras do arquivamento político, assombrou-nos para se insurgir contra a eutanásia.
Podes pensar que estou a exagerar, mas o “Tutáskakon” nacional até uma profecia arrastou para os microfones, com a sua voz de ido que não sabe que já foi, eu recordo-te as palavras da maldição:
“…a decisão mais grave para o futuro da nossa sociedade que a Assembleia da República pode tomar”. E depois a profecia: “…abrir uma porta a abusos na questão da vida ou da morte de consequências assustadoras”.
Tenho todo o respeito por homens de 80 anos, mas, quando digo respeito pelos homens refiro-me aos vivos. Agora, zombies, mortos-vivos e "políticos-levados-ao-colo-por-Balsemão", não entram no grupo desses valorosos séniores. Aliás, nos meus tempos de jornalista de investigação, escutei mais do que uma vez Francisco Balsemão, outra múmia das catacumbas, afirmar que elegia presidentes. Foi verdade com Cavaco e depois alargou o seu mágico poder das trevas à cadeira de Primeiro-Ministro, com a invenção macabra do “Frankenpassos Rabitelho”, que nos trouxe a santa inquisição “troikiana”.
Mas voltemos aos despertares de seres do além político, mais uma vez o expresso e a SIC (porque será que este grupo consegue manter, com tanta facilidade, aberto este portal oculto com os politicamente acabados? Cheira a bálsamos macambúzios, à mão esquelética de um Balsemão de 82 anos que resiste, por força da poção mediática da influência de massas, a descer os degraus escorregadios de esquecimento anunciado que tarda em efetivar-se.) trouxeram à luz noticiosa a opinião do “Frankenpassos” para vir uivar aos microfones um suposto ajuste de contas com António Costa. Se quiseres, minha amiga, podes ler tudo no expresso online, mas é mais do mesmo, são as tortuosas mentes de uma direita esclerosada a tentarem profetizar e provar que a razão lhes assiste, mesmo depois de condenados ao esquecimento.
Em resumo, o que eu gostava de saber é o que significam estas aparições, seguidas e bem planeadas, destes mumificados dejetos da política nacional? O que está por detrás de assombrações cirúrgicas como estas? Serão as autárquicas, prepara-se algo para as presidenciais? Alguma coisa está para acontecer. Esperemos sentados, de arma com balas de prata numa mão e um cinturão de alhos na outra.
Tinha-te dito que estavam terminadas as quadras sujeitas a mote. Contudo descobri nos meus arquivos umas que ficam bem neste conjunto.
Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 22) Santo António do Beijinho.
Santo António do Beijinho I
Beijo, que é Stº. António,
Dia 13, sexta-feira,
Que o santo do matrimónio,
Não vai cair da cadeira.
Santo António do Beijinho II
Beijo nesta lua cheia,
Noite de marchas e festa,
Que beijar não dá cadeia,
Se for dado assim na testa.
Santo António do Beijinho III
Beijo p’ra a doce menina,
Dado com muito carinho,
Que o santo não se amofina,
Nem vai fazer beicinho.
Gil Saraiva
E assim me despeço, com um abraço carinhoso e muito apertado, este teu amigo de sempre,
Como estás minha querida amiga? Espero que tudo continue pelo melhor por essas terras algarvias. Por aqui, as coisas vão saudosas da tua companhia, mas calmas. Recebi mais um selo de participação do “tripavisor”, pelas minhas opiniões sobre restauração e hotelaria, principalmente no que diz respeito ao Bairro de Campo de Ourique. Fiquei surpreso por saber que me encontro no escalão dos 20 porcento, entre aqueles cujas críticas são mais consultadas no site, no que se refere à capital.
Julgo que terás assistido este domingo à eleição de Miss Universo 2019. Embora eu não entenda muito bem o que tu vês de interessante nesse concurso, porque, em definitivo, não é a minha praia, acabei por assistir por me lembrar que tu adoras a prova.
Deves estar feliz, ganhou o antirracismo, coisa que já não acontecia tão manifestamente desde 2011. Porém, quedo-me a pensar se a notória tendência do júri, para esta glorificação do antirracismo, não acaba, ela mesma, por se tornar racista. Afinal, às mulheres brancas deste ano, nem que fossem as mais perfeitas “Cinderelas” ou “Brancas de Neve” de nada lhes teria valido, melhor teriam feito se nem tivessem entrado no concurso. Já sei que vais reclamar comigo. Perguntar-me pelos outros anos onde só ganharam as meninas de raça branca. Tens alguma razão.
É a questão do copo meio cheio ou meio vazio. Embora este ano eu ache que foi demasiado exagerada a tendência de premiar a cor da pele e as origens das concorrentes. Afinal a vencedora é da África do Sul, a concorrente negra Zozibini Tunzi; a primeira dama de honor, Madison Anderson, veio de Porto Rico, e, embora seja loira, traz o carimbo bem conhecido pelos americanos de ser porto-riquenha, povo que eles rotulam com slogans bem racistas. Ora, ainda por cima, a segunda dama de honor é mexicana, Sofia Aragón, cuja fisionomia e o olhar deixam bem patentes a sua origem latina.
Tu sabes que eu não gosto deste concurso que premeia as mulheres enquanto objetos de cobiça masculina e escusas de me dizer que, atualmente, já existem parâmetros que levam em linha de conta outros fatores. O facto é que nunca uma bruxa ganhará o concurso, portanto, o critério de bibelot será sempre o mais valorizado. Os outros só existem para amenizar as vozes críticas.
Mas não penses que sou apenas contra este concurso, o de Mister Universo, dos machos estereotipados, é-me igualmente adverso. Não precisas de me lembrar que, para mim, homem sem pelos é como cowboy sem chapéu e sem pistolas. Não é isso que está em causa, mas sim, e sempre, as ideias por detrás destes pódios. Podem mudar-lhes as regras de mil maneiras e feitios que de nada valerá. No meu entender bonecas e machos são estereótipos de um passado.
Devo-te confessar que só assisti a partes do concurso, embora goste de ver mulheres bonitas na televisão, a ideia de montra e o meu antagonismo anti machista, mesmo sem eu querer, acaba por prevalecer. Não fiques zangada comigo. Tens todo o direito de pensar de maneira diferente e eu respeito isso.
Quanto a mim, todo o concurso é uma imensa hipocrisia. Deixo-te aqui as palavras que a vencedora proferiu depois da vitória, segundo o site do MSN Notícias, quando lhe perguntaram o que faltava, ainda, nos nossos dias, às mulheres: "Liderança. É algo que falta a mulheres e mulheres jovens há muito tempo, não porque elas não a desejavam, mas por causa de como a sociedade rotulou como as mulheres deveriam ser." (o português da tradução é da responsabilidade do site).
Tu achas que é ganhando este tipo de títulos que as mulheres vão alcançar a liderança, minha querida? Enfim, como sei que temos opiniões opostas, não vou mais bater na ceguinha. Já te fiz despertar, quanto baste, o sentido critico. Despeço-me com um beijo. Este teu eterno amigo que jamais te esquece,