Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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No passado dia 23 de maio, faz hoje um mês, o grupo Campo de Ourique tinha exatamente tantos membros, como no dia 18 de maio, cinco dias antes, altura em que publiquei uma post sobre o assunto. Nomeadamente, amiga querida, a Carta à Berta n.º 639. No total o grupo Campo de Ourique possuía uns notáveis, 6.905 membros.
Estava contente com o facto de sermos o segundo maior grupo de Campo de Ourique, só ultrapassado pelo irmão, 3 anos mais velho, o grupo Fãs de Campo de Ourique, magistralmente gerido pela Administradora Clara B. Fonseca, tendo este grupo, à data, uns incríveis 9.089 membros. A diferença, entre os dois grupos era imensa, minha amiga, mais precisamente 2.184 membros, porém, eu estava muito satisfeito. Eu herdei o grupo Campo de Ourique em setembro de 2020, numa altura em que eramos apenas o sexto maior grupo de Campo de Ourique, o que, mesmo assim, já era bastante significativo.
Em setembro de 2020, Berta, por altura do sétimo aniversário do grupo, tínhamos uns relevantes 5.455 membros. No top 5 da tabela estavam os grupos: Fãs de Campo de Ourique; Crescemos em Campo de Ourique; Campo de Ourique Bairro de Campeões; Campo de Ourique: mais que um bairro, um estilo de vida; Tertúlia de Campo de Ourique.
Pode agora parecer pouco, amiguinha, mas eu estava orgulhoso do trabalho do anterior administrador do nosso grupo. Acontece que, devido a algumas mudanças na sua vida, ele teve de passar o grupo a alguém, principalmente por falta de tempo para o continuar a acompanhar devidamente.
Passei o primeiro ano a tentar, como sabia e podia, a não deixar que o grupo perdesse relevância, pois o bairro tem este caráter único que, no Facebook, se traduz pela existência de quase 30 grupos a ele alusivos, querida amiga. Não era opção deixar o grupo desaparecer do top 10 dos grupos de Campo de Ourique.
Em setembro de 2021, um ano volvido, doce amiga, tínhamos conseguido crescer à razão de 5 membros por mês e terminamos o oitavo ano com 5.515. Para mim, envolto nesta nova responsabilidade, foi como uma lança em África. Infelizmente no ranking não tínhamos conseguido chegar ao quinto lugar.
Todavia, Berta, no segundo ano, eu já tinha umas ideias sobre como poderia ajudar o grupo a evoluir de forma mais substancial. Chegámos ao nono aniversário do grupo, em setembro de 2022, com 6.201 membros, tendo sido angariados mais 686 elementos, com uma média de 57 novos membros por mês, quase dois por dia. Quanto ao ranking, para minha felicidade, entrámos no top 5. Algo que dois anos antes eu julgava impossível de atingir. Mas a vida não é só desgraças, tem as suas coisas boas também.
Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2022, a média de novos membros por mês continuou a aumentar. Na altura, da passagem de ano eramos já 6.452, caríssima, chegando a ultrapassar as 83 novas adesões mensais. Tendo subido para o quarto lugar do ranking dos grupos de Campo de Ourique.
Chegados a 23 de maio de 2023 a minha admiração pela colaboração de todos atingiu um patamar de excelência, amiginha, que julgava impensável de acontecer: o grupo atingia os 6.905 membros, tendo aumentado mais ainda o número de elementos aderentes, agora com uma média de mais de 93 membros por mês.
No entanto, minha querida, no dia 18 de maio eu escrevi a Carta à Berta n.º 639, a solicitar o apoio do grupo. Entre o dia 12 de maio e o dia 23 de maio, não tinha havido qualquer crescimento de novos membros, os que entravam eram compensados pelos que saiam. Pensei que tínhamos chegado ao nosso topo. O grupo não ia crescer mais. Fiz vários pedidos de apoio aos membros do grupo, depois daquele dia de 18 de maio.
A esperança não era muita, mas agora que já eramos, há alguns meses, o segundo maior grupo do bairro, Bertinha, e o objetivo era ainda tentar chegar a setembro com 7.500 membros. Não sei se fui ouvido ou não, afinal eu acho que esta mania de crescimento é mais uma teima minha do que de todo o grupo. Pouca gente se importa por fazer parte do sexto ou do segundo maior grupo do bairro. Gostam do grupo e isso chega-lhes. Todavia, eu sou teimoso nos meus objetivos.
Ora, hoje, minha querida amiga Berta, passado um mês, sobre o dia 23 de maio, o grupo não só passou os 7.000 membros como também já chegou aos 7.101. Em 30 dias crescemos em quase duzentos membros, mais propriamente, 196, algo inacreditável para um grupo de bairro que vive do povo que o integra e que não possui vedetas famosas do jet-set nacional que se saiba. Somos só nós, o povo do bairro, a lutar pela nossa própria visibilidade.
A todos, os que ajudaram a que isto acontecesse ou aos que apenas ficaram a assistir com curiosidade, o mais profundo agradecimento. Sabes minha amiga, muitos dos que por aqui andam, conforme referi atrás, não querem saber se somos o segundo ou o sexto maior grupo do bairro, todavia, mesmo assim, e porque eu acho que pode fazer diferença, obrigado a todos aqueles que me têm ajudado a alcançar o protagonismo que o grupo merece. Afinal, somos Campo de Ourique!
Faltam 3 meses para o décimo aniversário do grupo, a todos peço ajuda para o celebrarmos com 7.500 membros. Obrigado. Quanto a ti, Berta, deixo um beijo,
Gil Saraiva
Ah! Já agora aproveito para dar as boas-vindas aos nossos novos membros da última semana:
José Santos,
Esmeralda Amoroso,
Thalita Araujo,
Antonio Gouveia,
Jaime Lane,
Manuel Pereira,
Luis Marques Matias,
Rita Gonçalves,
Tiago Magalhães,
Lívia Pinheiro,
Joao Garcia Pereira,
Liliana Beato Teixeira,
Lara Sofia,
Miguel Mendes,
Lopes Herinquis,
Silva Rod Ana,
Jorge Madeira - Kw,
Sílvia Bettencourt,
Miguel Santos,
Rita Leitão,
Luis Muchacho,
Ana Campos,
José Duarte,
Ambitur Profissionais,
Inês Gromicho Chenrim,
Daniel Baião,
Mariana Ramos Rocha,
Clara Araujo,
Ana Luisa
Estamos muito gratos pela vossa escolha, boa participação.
Conforme prometido dou hoje início, nesta nossa já longa troca de cartas, repletas de observações, comentários e opiniões, à minha “Galeria de Obrigados”. Podia começar pelo passado, era mais fácil falar daqueles que já não estão entre nós, numa temática deste género. Porém, não é isso que me apetece fazer. O meu primeiro eleito nesta minha galeria muito especial é um jornalista, tal como eu, é certo, mas com outro nível de exposição mediática, uma vez que é uma das caras da locução do Jornal das 8 da TVI. Estou obviamente a referir-me a José Alberto Carvalho: Um verdadeiro Senhor.
Ainda este ano o galardoado com o meu “OBRIGADO”, fará 53 anos, lá para o dia 12 de dezembro. É um beirão nascido em São Pedro de Alva, freguesia do Concelho de Penacova, Distrito de Coimbra. A freguesia, com a nova reorganização absorveu a sua vizinha, São Paio do Mondego, e agora é sede da nova União de Freguesias resultante dessa fusão. São mais de 31 anos de uma carreira imaculada.
O “OBRIGADO” deve-se ao excelente profissionalismo de José Alberto Carvalho aliado ao caráter de cavalheirismo, integridade e humanismo que o caraterizam sobremaneira. Todos o vimos por várias vezes, entre março e o início deste mês, de lágrima no canto do olho verdadeiramente aflito com os dramas sociais provocados face à pandemia.
Nunca José Alberto Carvalho foi agressivo numa entrevista que tenha conduzido, nem as que menos lhe agradaram. Aliás, jamais o presenciámos a ser incisivo de forma rude ou arrogante durante uma entrevista a um convidado, político, comentador ou especialista. A educação, a postura, a simpatia, a sensibilidade e o profissionalismo parecem estar sempre presentes na vida deste jornalista que se mantém modesto, sereno, humilde e um enorme ser humano, agora que já é diretor do Comité Editorial do Grupo Media Capital, detentora da TVI, estação onde se mantém como pivot do principal jornal do canal quatro.
José Alberto Carvalho é o melhor exemplo daquilo que um jornalista deve ser. Nunca o vimos enxovalhar um entrevistado para sobressair. Nunca perdeu o fio à meada num noticiário ou numa apresentação. Em resumo, querida Berta, não vem ao caso aqui o currículo do jornalista, para isso existe a Wikipédia e outros sites onde facilmente se encontram centenas de informações sobre o brilhantismo destes mais de 31 anos a dar a voz e a sua imagem enquanto jornalista. Aqui só é preciso dizer “OBRIGADO”.
Despeço-me mais uma vez, querida amiga, com um beijinho de até amanhã, cheio de saudades como sempre e ao teu dispor sempre que necessitares,
Hoje, sem dizer asneiras ou palavrões, vou dar início a uma nova temática nas nossas conversas. Assim sendo, de aqui em diante, quando calhar, vou falar-te das pessoas que, de uma forma ou de outra ganharam o meu respeito e admiração. Serão pessoas conhecidas ou pelo menos públicas. Uma ou outra tenho o privilégio de conhecer pessoalmente, porém, não é o que acontece com a grande maioria delas.
Trata-se de gente das mais diversas áreas, do jornalismo à política, da música à poesia, do romance ou da ficção ao imenso universo dos atores e atrizes, da ciência à tecnologia, enfim… gente que admiro e por quem nutro um especial carinho e respeito. Irei referir muita gente que ainda se encontra ativa na sociedade, mas também de alguns que já partiram há muito ou pouco tempo.
Afinal, pouco importa. O que é realmente relevante é que marcaram o meu percurso por esta ou aquela razão por um ou outro motivo. Em resumo, aquilo que irei introduzindo, para teu conhecimento, é a minha “Galeria de Obrigados”, sem uma ordem específica, apenas revelados à medida que eu for achando conveniente. A todos eles eu devo um obrigado por ter bebido algo do seu legado neste mundo.
Por hoje é tudo, querida Berta, espero que venhas a gostar da nova temática. Eu estou certo que adorarei falar de todos eles e elas. Despeço-me com um até amanhã, acompanhado por um grande abraço de saudades, este teu amigo eterno, sempre ao dispor,
Folgo em saber que gostaste dos 6 episódios da história que te contei nas últimas cartas. Com que então estiveste em Faro, a passear no Jardim Manuel Bivar, junto à doca. Gosto que ele te tenha feito lembrar o Jardim da Parada, de Campo de Ourique. Eu sei que não são parecidos, apenas ambos têm um coreto, as árvores daqui dão lugar às palmeiras dai, ambos têm bancos e ambos têm pombos. Contudo, é ternurento saber que ligaste os 2 por causa dos velhotes que viste espalhados pelos bancos do jardim.
Porém, se olhares pelos jardins de todo o país, vais ver sempre essas imagens. Uns poderão não ter coreto, mas todos, sem exceção, terão velhos sentados pelos bancos, muitos deles olhando a mesma coisa, onde quer que os encontres: a solidão. Vou-te enviar um poema, à laia de balada, que fiz sobre o assunto, já tem algum tempo, pois eu, como sabes, também já vivi em Faro, foi há muitos anos, mas vivi. Espero que gostes:
OS FILHOS DA SOLIDÃO
(balada de um tempo que passa)
Em Campo de Ourique, no Jardim da Parada,
Eu desvio o olhar para não ver nada…
Em Faro nos bancos do Jardim Manuel Bivar
Eu fecho os olhos para não olhar...
Caras rugosas, com idade de avô,
No Jardim, sentadas, na Doca,
Ou perto do Lago,
Formas sombrias onde o tempo parou…
Bocas que apenas provam o vago,
Rostos que já ninguém foca...
Olhando o vazio...
Silêncios de arrepio...
Em Campo de Ourique, no Jardim da Parada,
Eu desvio o olhar para não ver nada…
Em Faro, nos bancos do Jardim Manuel Bivar,
Eu fecho os olhos para não olhar...
Caras dos filhos da Solidão,
Avôs, avós,
De tantos como nós,
Rostos reformados,
Sem compreensão...
E vozes, berros e gritos calados
Nos olhos perdidos,
Pelos filhos esquecidos...
Em Campo de Ourique, no Jardim da Parada,
Eu desvio o olhar para não ver nada…
Em Faro, nos bancos do Jardim Manuel Bivar,
Eu fecho os olhos para não olhar...
Na calçada eu vejo migalhas de pão
Para os pombos, por certo,
Alimentar...
Mas para os filhos da Solidão
Não vejo por perto
Uma esperança a pairar...
Filhos que agora são avôs, avós,
De gente que já os esqueceram,
Perdendo os olhares, os laços, os nós,
Daqueles para quem eles viveram…
Em Campo de Ourique, no Jardim da Parada,
Eu desvio o olhar para não ver nada…
Em Faro, nos bancos do Jardim Manuel Bivar,
Eu fecho os olhos para não olhar...
E passam os dias,
Os meses, os anos,
E mudam os rostos da solidão...
Novos enganos,
Outra geração,
Mas a forma de olhar não vai mudar,
Não...
As mesmas rugas parecem ficar
Em outros olhos pregados no chão...
Em Campo de Ourique, no Jardim da Parada,
Eu desvio o olhar para não ver nada…
Em Faro, nos bancos do Jardim Manuel Bivar,
Eu fecho os olhos para não olhar...
E ao olhar os filhos da solidão,
Escuto o cantar da brisa cansada
Cantando a balada do tempo que passa,
Escuto de inverno, primavera, verão,
Escuto o outono no Jardim da Parada,
Escuto a balada perdendo a raça,
E vejo, no Jardim Manuel Bivar,
A doca de lágrimas sempre a brilhar…
Em Campo de Ourique, no Jardim da Parada,
Eu desvio o olhar para não ver nada…
Em Faro, nos bancos do Jardim Manuel Bivar,
Eu fecho os olhos para não olhar...
Com o refrão me despeço, minha amiga Berta, obrigado por me fazeres recordar. Recebe um beijo saudoso deste teu amigo que não te esquece nunca,