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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta nº. 644: Quem Pode, Pode!!!

Berta 644.jpg Olá Berta,

Aqui estou eu novamente, saudoso como sempre, para te comunicar que, estou em vias de, abandonar o sapo.pt e os blogs do sapo. O email do Sapo sobre o qual tenho registado os meus blogs tem vinte e três anos, pois foi registado o ano 2.000.

Há uns oito anos tendo aderido à MEO eles anexaram o meu email antigo à minha conta e agora que sai da empresa, sem mais nem menos, suspenderam-me esse email, mesmo sendo ele muito anterior à minha adesão aos outros serviços, em vez de o voltarem a libertar. O que te parece, Berta?

É assim, minha querida, eles querem, podem e mandam. Por sorte o meu email principal é, como bem sabes, um gmail.com, mas, se não fosse, agora estava tramado. Foi já para prevenir coisas destas que eu o criei uns dias antes de aderir à MEO, embora a menina do atendimento me tivesse garantido que nunca perderia o email antigo se um dia deixasse a companhia.

Agora, amiguinha, vou tentar passar para o blogger.com, mas, para já, ainda ando às voltas com ele, a ver se me desenrasco. A disposição para me entender com estas coisas é que já não é a mesma de quando tinha 50 anos, mas vou ter de fazer um esforço. Tenho muita pena pelo meu histórico de poemas, desabafos, cartoons e carta à Berta ir ficar nos Blogs do sapo.pt, mas nada posso fazer.

Para já, Berta, a MEO tem dias em que me deixa aceder ao editor dos meus blogs e outros em que não me permite a entrada, avisando que o email está suspenso. Portanto, se um dia destes, ainda não sei quando, me quiserem continuar a ler, vão ter de me procurar no blogspot.com, num endereço novo, porque o alegadamente está tomado. Assim, passarei a usar o: https://presumivelmente.blogspot.com/, quem quiser pode guardar o endereço do blog. Afinal, seja onde for, serão sempre bem-vindos. Já eu, espero vir a adaptar-me rapidamente.

Pode ser que um dia, minha amiga, com sorte, volte a recuperar o meu email do sapo.pt e com isso consiga aceder à edição dos meus blogues permanentemente, contudo isso pode nunca chegar a acontecer. Enfim, terei de seguir em frente… deixo um beijo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 553: MEO, NOS e VODAFONE, o Trio da Vida Airada

Berta 548.jpgOlá Berta,

Lembraste de eu ter-te contado que reclamei sobre o facto de agora termos que levar com 30 segundos de publicidade obrigatória sempre que queremos ver um filme ou um documentário nas gravações automáticas da MEO? Pois bem, já tenho resposta à minha reclamação e passo a transferi-la para esta carta.

“Caro Gil Saraiva,

Em resposta ao seu pedido que mereceu a nossa melhor atenção informamos que à semelhança do que se verifica nos restantes formatos de publicidade em televisão, não existe forma de excluir a publicidade. O que este novo modelo traz de diferenciador é a possibilidade de a publicidade ser segmentada consoante o perfil de cada utilizador. A partir de agora, terá sempre a opção de escolher entre publicidade personalizada ou genérica. Para visualizar o conteúdo gravado terá sempre de escolher uma das opções de visualização da publicidade. A plataforma tecnológica utilizada para a entrega de publicidade foi desenvolvida, em cooperação, pela MEO, NOS e VODAFONE. O projeto obedece às mais rigorosas normas de privacidade e proteção de dados de clientes. A par disso, todos os dados recolhidos para efeitos de publicidade são processados de forma anonimizada na plataforma criada para o efeito. Estão por isso garantidos todos os direitos consagrados no Regulamento Geral de Proteção de Dados. A não aceitação da visualização da publicidade, genérica ou personalizada, implica a não visualização do programa gravado. Mais informamos que pode consultar as Condições de Utilização das Gravações Automáticas em:

https://www.meo.pt/condicoes-de-utilizacao/gerais-dos-servicos...”

A resposta é muito esclarecedora, contudo omite tudo o que é importante e revela que realmente existiu concertação entre empresas de comunicação. Portanto, os cérebros da MEO, da NOS e da VODAFONE juntaram-se todos para lançarem esta publicidade obrigatória, concertando estratégias. Mas o que é, realmente, grave é o facto de todos eles acharem que estão no direito de alterarem unilateralmente as regras das gravações automáticas, acrescentando às mesmas uma obrigação que não constava nos contratos feitos com os seus clientes, ou seja, connosco. Eu poderia ir para tribunal? Podia, se fosse multibilionário para combater este lóbi na barra de um tribunal e provavelmente ganhava.

Eles afirmam que o projeto obedece às leis da privacidade, mas esquecem-se de dizer que alteraram um contrato comigo, enquanto operador, sem aviso ou autorização prévia. O que importa não é a garantia dos direitos de privacidade, mas a garantia da manutenção do contrato tal e qual foi feito comigo.

Alterar as Condições de Utilização das Gravações Automáticas devia requerer o meu consentimento e o de qualquer outro utilizador dos serviços destas empresas. O erro está no abuso de poder. Eu já pago uma verba no contrato com a MEO para poder ter acesso às gravações automáticas. A obrigatoriedade de me fazer ver 30 segundos de publicidade, antes de cada filme ou documentário, das gravações automáticas, é um preço acrescido, pago em tempo, por mim e por qualquer utente destes serviços, sem o nosso consentimento. Ou será que para estas tempo não é dinheiro? Claro que é e são bem pagas pela alteração que fizeram abusivamente.

Ás vezes tenho pena de não ser rico apenas por coisas assim. Iriam ter que retirar a nova norma ou reduzir os custos do contrato, repartindo os chorudos benefícios que têm com esta nova norma publicitária, isto se me fosse viável pô-los em tribunal. Assim, infelizmente minha querida Berta, ficam-se a rir, descaradamente na minha cara.

Mandei também a minha reclamação para as entidades de defesa do consumidor, até ao momento nem uma respondeu. Infelizmente é assim que funcionam os grandes grupos e pouco podemos fazer do modo como as coisas estão implementadas. Despeço-me triste, até à próxima carta, a imaginar que a MEO é um enorme “smile” de riso cínico e arrogante, fica um beijo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 548: MEO e os Abusos das Grandes Empresas

Berta 548.jpgOlá Berta,

Cá estou eu, de novo, a reclamar. Desta vez, e ainda agora voltei ao meu convívio contigo através destas cartas, contra a MEO. Esta entidade está, uma vez mais, a abusar dos seus direitos e a obrigar-me a ver o que eu não quero ver. O problema tem a ver com publicidade obrigatória, daquela que não dá para saltar ou passar à frente, sempre que quero ver um documentário ou um filme nos canais incluídos no meu pacote de “canais pagos à MEO”, através das gravações manuais ou automáticas.

Ainda por cima, querida Berta, como se já não fosse um total abuso de poder impor publicidade na modalidade de obrigatória, a referida propaganda é sempre um anúncio de jogos ou casas de apostas ou de casinos online. Uma publicidade que deveria inclusivamente estar banida da televisão por ser, de longe, bem mais prejudicial para as famílias portuguesas do que o álcool ou o tabaco.

Não sei o que se passa nas outras operadoras como a NOS ou a Vodafone, porém, se o arranjinho for generalizado, o caso é ainda mais grave. Grave porque traduz uma ação concertada que visa viciar os mais fracos na prática do jogo a dinheiro, uma atividade que causa uma terrível dependência e graves problemas em muitos lares deste país que é o nosso. No entanto, eu estaria contra a propaganda obrigatória mesmo que ela fosse sobre a vacinação.

O meu contrato com a MEO, minha querida amiga, não tem nenhuma cláusula onde diga que, para além do pagamento mensal a que estou obrigado para usufruir dos serviços, eu ainda tenho que levar com a obrigação de gastar o meu tempo a ver publicidade que não quero.

Por isso mesmo, através do portal da queixa, apresentei a seguinte reclamação contra a MEO: “Venho, por este meio, reclamar contra a nova forma de publicidade imposta na MEO sempre que pretendo ver um filme ou um documentário nas gravações manuais ou automáticas dos canais pagos da MEO, ou seja, se eu já pago para ter acesso a um pacote de canais de filmes e documentários porque é que sempre que recorro às gravações sou obrigado a ver uma publicidade de 28 segundos, onde não me é permitido avançar para o que quero ver, sem primeiro ter de visualizar um spot de uma casa de jogos online?”

Não sei, minha querida, com que operadora tu tens contrato, mas se for outra que não a MEO, diz-me se isso também acontece contigo ou não e de que operadora se trata. Tenho estado a pensar apresentar queixa formal, contudo, não sei se o melhor canal para o fazer é o Provedor de Justiça, se as organizações de defesa do consumidor ou o PAN. Sim, sim, o PAN, porque só podem ser animais, para não dizer umas grades bestas, quem teve a ideia peregrina de implementar este sistema. Ora, o PAN tem certamente muito mais jeito do que eu para lidar com animais.

Por hoje é tudo, despeço-me sem reclamações, recebe um beijo deste teu amigo sempre pronto para desabafar e também para te escutar quando precisas, espero que tudo continue bem contigo e deixo um imenso registo das minhas saudades, sempre ao teu dispor,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 527: Os Serviços de Televisão, Internet e Telemóvel em Portugal

Berta 527.jpg

Olá Berta,

Desde que a pandemia se tornou o prato principal à mesa dos portugueses que as operadoras de televisão, internet e telemóvel ganharam um protagonismo superior ao que era habitual até finais de 2019. Porquê? Porque consumimos mais estes serviços. As principais operadoras de telecomunicações que oferecem todos os serviços conjuntamente, em Portugal, são a MEO, a NOS, a Vodafone e a NOWO.

Todas prometem mundos e fundos para captar clientes. Pacotes de canais de televisão, fibra, dados móveis com mais ou menos gigabytes, com ou sem telefone fixo, descontos e ofertas disto ou daquilo, mais ou menos velocidade de navegação online, enfim, uma verdadeira parafernália de possibilidades.

O diabo está nos detalhes. É verdade. Aderimos por exemplo a uma destas operadoras e elas prometem-nos serviços de fibra em casa (todas o fazem), mas, na realidade, a fibra só chega até ao primeiro router. Se optarmos por cabo, dentro de casa instalam-nos cabos coaxiais à moda antiga e, como consequência disso, todas as televisões depois da primeira perdem qualidade. Na maioria dos lares a internet sem fios dentro de casa até funciona razoavelmente, porém, e é sempre assim, sempre com valores inferiores ao prometido na propaganda.

Contudo, é nos serviços ligados ao conteúdo e naquilo que nos é imposto que a situação se torna deveras problemática. Com efeito, se eu já pago os canais por cabo, não deveria ter que levar com publicidade em nenhum deles.

Não importa se são os canais de informação, de documentários, de filmes ou de séries ou outros, fora os canais generalistas, nenhum deles devia poder ter publicidade, uma vez que já estamos a pagar pelos programas que transmitem. Muito menos, e cada vez é mais frequente, ter de gramar (para não dizer pior) com publicidade de 25 a 30 segundos obrigatória (e que não conseguimos passar à frente) quando queremos ver um certo filme ou série nas gravações automáticas.

Aliás, não sei mesmo se esta prática recente é legal e se está contemplada na lei. Pelo que consegui apurar não existe regulamentação nacional sobre o assunto e nem mesmo sei se a ERC, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, está a par de mais esta marosca.

Todavia, o que mais me irrita, em termos dos serviços prestados por estas operadoras é a falta de respeito e de profissionalismo que as mesmas têm para comigo (e deve acontecer com todos nós) na forma como me tratam com total desrespeito nos conteúdos fornecidos, por exemplo, nas gravações automáticas. Não há nada mais irritante do que escolher um episódio de uma série ou um filme para ver e a gravação terminar antes do filme chegar ao fim.

Caramba, eles só fazem isto, ou seja, quem trata do enquadramento da programação e da divisão da emissão por programas não faz outra coisa. A não ser que esteja de tal modo automatizado este sistema que já nem exista supervisão humana, o que seria péssimo e resultaria num serviço de baixa qualidade, que é o que julgo estar atualmente a acontecer.

Mas isto sou eu, amiga Berta, que penso como é fácil pisar e desrespeitar os mais fracos. As poderosas operadoras estão-se nas tintas para os seus clientes enquanto pessoas, o que lhes interessa é sermos mais um número de contribuinte que paga todos os meses o serviço. Por hoje é tudo, deixo um beijo saudoso nesta despedida,

Gil Saraiva

 

 

 

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