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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta nº. 656: O Padrinho

 

Berta 656 (2).jpg Olá Berta,

Don Corleone, é uma personagem de ficção do romance The Godfather, de Mario Puzo, de 1969, e dos dois primeiros filmes da trilogia de Francis Ford Coppola. Já Alberto João Jardim, é uma pessoa real e um político aposentado, mas bem conhecido, da nossa praça. Contudo, se eu tivesse de escolher quem acho que melhor retrata o Padrinho de Coppola na vida real, a minha escolha recairia sempre em “Albertoni”. Daqui para a frente, entramos no universo do alegadamente, e, nada do que te direi, amiguinha, poderá ser entendido como um facto, visto esta carta ser mais parecida com uma narrativa de ficção.

Para o Padrinho, doce amiga, os políticos de hoje parecem-lhe um bando de amadores. Fazem as coisas sem a magia de outros tempos e deixam-se enredar nas malhas da lei. Na sua douta opinião, bem do alto do seu charuto, “Albertoni” não consegue entender o que se passa com todos estes incompetentes que agora pululam nos meios da política.

Caramba, Berta! Até o seu benjamim caiu… o pirata da perna sem pau a quem ele ensinou a fazer ar de mau, Miguel Albuquerque, o seu menino queque “Bimby”. O Padrinho está zangado, as coisas começaram a azedar com Armando Vara, depois o Sócrates (que talento tão completamente desperdiçado) seguindo o Costa (com um Governo cheio de gente que não sabe estar) e, por fim, o seu Benjamim…

Onde estavam aqueles anos dourados em que se podia fazer tudo sem que a Justiça pudesse agir? Minha querida, no tempo de Cavaco o Ministério Público e a Polícia Judiciária apenas se preocupavam em manter o emprego. Cavaco, esse velho Conde Drácula reencarnado, o homem que nascido em Boliqueime conseguiu dar dignidade ao lugar transformando o buçal poço em fonte. Sim, sim, Fonte de Boliqueime cheirava a turismo e prosperidade, enquanto Poço de Boliqueime não podia ser mais povinho.

Ah! Que saudades desse Arcanjo dos Infernos que podia impunemente arrebanhar a Casa da Coelha, ganhar cem mil euros em ações do BES, aconselhar o povo que o banco era seguro, enquanto o mesmo apodrecia e arrastava tudo e todos saindo ele incólume e impoluto. Cavaco, sim era homem, sabia-a toda. Alguém lhe tocou por causa do BPN? Jamais, Dias Loureiro, Oliveira e Costa e Duarte Lima compunham o ramalhete daquilo a que o Observador chamou o lado negro da força: o Cavaquismo. Isso sim, tinham sido dias gloriosos, Bertinha.

Agora tudo começara a sair dos eixos quando os burros do PS quiseram ter uma Justiça mais forte e independente. Para quê? Os idiotas meteram a lenha toda na fornalha, deram força e poder à Justiça e agora queixavam-se que se estão a queimar? Burros. Minha cara confidente, toda a gente sabe que não se brinca com o fogo. A Justiça tinha um açaime perfeito, porque raio foi o PS mexer naquilo?

O Padrinho estava chateado. Agora até ele tinha que ter cuidado. Ele o Rei da Pérola do Atlântico. Que vergonha, que humilhação. Pois é Berta, “mudam-se os tempos…” por hoje fico-me por aqui, recebe um beijo saudoso deste teu eterno amigo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 459: Um Dia Estranho...

Berta 438.jpg

Olá Berta,

Hoje está a ser um dia estranho. No Parlamento, a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, afirmou perentoriamente que: "O que posso e venho aqui assegurar aos senhores deputados é que não houve nem da minha parte, nem tenho elementos que me permitam sequer suspeitar que as pessoas que na Direção-Geral de Política de Justiça trabalharam nessa nota, tivessem tido a mínima intenção de alterar dolosamente qualquer facto".

Com a investigação do caso a decorrer Francisca Van Dunem nega assim qualquer conhecimento das alterações feitas por aquela Direção-Geral e garante desconhecer ainda o procedimento que levou aos lapsos abonatórios ao currículo de José Guerra, o procurador português nomeado para o cargo de procurador português em Bruxelas.

 A ministra, depois de explicar uma vez mais aos deputados todo o Processo de Seleção do procurador português para procurador europeu, em Bruxelas, só não conseguiu explicar como e quem cometeu os erros, lapsos ou enganos, cometidos na nota interna que seguiu da Direção-Geral para os serviços nacionais em Bruxelas. No entanto, defende-se alegando que essa é uma investigação ainda em curso, que brevemente terá a sua conclusão. Ora, sem querer parecer espertinho, amiga Berta, eu, que nada entendo destes meandros, acho que deve ser fácil descobrir o redator.

Também acho que não deve ser difícil saber quem foi que a conferiu, antes do respetivo envio para Bruxelas. Mas pronto, isto sou eu que não entendo nada da burocracia interna de uma Direção-Geral de Política de Justiça. Aliás, a minha ignorância é tanta que nem sabia da existência de tal Direção-Geral, nem sei sequer quantas pessoas a compõem e quais as funções que desempenham, no quadro do Ministério a que pertencem.

Quanto ao facto de hoje estar a ser um dia estranho realço ainda o facto de ter ficado a saber que no outro lado do Oceano Atlântico, nos Estados Unidos da América, a invasão do Capitólio ter tido o trágico resultado de quatro mortos. Tal número demonstra que a situação foi ainda bem mais grave do que aquilo que as imagens noticiosas apresentam. Salva-se o facto de as duas câmaras, Senado e Câmara dos Representantes, terem posteriormente ratificado a eleição do presidente eleito pelos democratas. Biden poderá assim tomar posse no próximo dia 20 de janeiro, agora que estão cumpridas todas as formalidades deste processo.

O dia estranho de que falei no início desta carta é ainda reforçado pelos estragos que a tempestade Filomena continua a provocar na pérola do Atlântico que, a esta hora, mais parece a ostra do que a pérola desse oceano. Por fim, os 19.954 casos de Covid-19 registados em Portugal entre ontem e hoje, tornam este dia não apenas estranho, mas, mais do que isso, deveras sinistro e sombrio.

Não sei o que se passa com os astros, mas parece-me que este início de janeiro de 2021 nos tenta tirar a esperança de um ano de 2021 mais risonho do que o ano que o antecedeu. Espero que a expressão popular de que “o que importa não é como as coisas começam, mas como acabam”, se venha efetivamente a concretizar, no que ao alento diz respeito. Afinal, eu sou um otimista por natureza e pretendo manter o meu otimismo bem vivo e aceso.

Resta-me, portanto, a convicção de que hoje foi apenas e só um dia estranho e que tudo irá mudar para melhor a breve trecho. Assim se despede hoje, querida Berta, este teu eterno amigo que nunca te esquece, com um beijo de até amanhã e sempre pronto para o que dele possas vir a precisar, atenciosamente,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº. 53: Os World Travel Awards 2019 - Vitória Nacional

World Travel Awards.jpg

Olá Berta,

Hoje, para mim, e se calhar para muitos portugueses, é dia de orgulho nacional. Não penses que te vou falar de Jorge Jesus, dele falarei depois do mundial de clubes. Hoje é dia de te relatar as decisões finais dos prémios da WTA, a World Travel Awards, por outras palavras, os Óscares do Turismo Mundial. Ao todo são entregues 262 prémios de excelência, nas mais diferentes e diversas áreas do turismo em todo o mundo.

Contudo, o prémio que todos almejam, aquele que mais cobiça desperta é, sem qualquer margem para dúvidas, o do Melhor Destino Turístico Mundial. Atribuído apenas e somente a um único país entre os mais de 200 concorrentes. E esse, minha querida, foi novamente ganho por Portugal, pela terceira vez, nos últimos 5 anos.

Ganhámos 4,6 porcento dos prémios atribuídos, se considerarmos a totalidade dos mesmos, ou 15 porcento dos galardões, se levarmos em conta apenas as áreas onde poderíamos ter concorrido, pese embora o facto de não o termos feito em todas elas, porque em muitas não temos a dimensão exigida. Só para teres uma ideia ao que não conseguimos concorrer, basta dizer-te que não temos frota nacional de “rent-a-car” própria, não temos destinos de deserto, não temos destinos de gelo e neve pois a nossa Serra da Estrela é muito pequena face aos grandes recursos que concorrem. Neste campo também não temos resorts desportivos de inverno que possam ir a concurso como não temos frotas de cruzeiros de nomeada o que nos remove logo de uma série de prémios e não possuímos reservas animais importantes e muito menos fazemos safaris e ainda há mais áreas, cuja nossa pequena dimensão, ou localização geográfica, nos obstrói a ida a concurso.

Contudo, isso não impediu Portugal de, de bicos de pés, arrecadar 3 dos cinco prémios mais cobiçados. A saber: Melhor Destino Turístico Mundial, atribuído ao país, Melhor Destino “City Break” do Mundo, ou seja, melhor cidade para férias curtas, alcançado por Lisboa, e Melhor Destino Insular do Mundo, ganho pela Madeira, mais uma vez. Quanto aos outros 2 do top 5: A melhor cidade para turismo de longa duração foi Moscovo e o Melhor Destino Cultural do Mundo, foi ganho pelo Peru.

A festa foi grande para o turismo português, pois ainda arrecadámos os prémios de: Melhor Companhia Aérea a Voar para África, Melhor Companhia Aérea a Voar para a América do Sul e Melhor Revista de Voo do Mundo, os 3 entregues à TAP. Lisboa arrecadou mais 2 prémios, quer como Melhor Porto de Cruzeiros do Mundo, quer ainda o de Melhor Hotel Clássico do Mundo, este através do Olissippo Lapa Palace Hotel, e Sintra, por intermédio da empresa municipal “Monte da Lua”, foi buscar o prémio de Melhor Empresa Líder em Conservação do Mundo.

Importa destacar ainda os galardões que foram atribuídos ao Melhor Operador de Hotel Boutique do Mundo, entregue ao Amazing Evolution Management, que gere o 1908 Lisboa Hotel e o Aldeia dos Capuchos, por exemplo. Há ainda a referir que no campo do turismo de golfe foi o Dunas Douradas Beach Club, em Almancil, quem arrecadou o prémio de Melhor Golf&Villa Resort do Mundo.

Por fim, os Passadiços do Paiva, em Arouca, Património Geológico da Humanidade segundo a UNESCO, foram eleitos a Melhor Atração Turística de Aventura do Mundo e o Turismo de Portugal recebeu, com chave de ouro, o prémio de Melhor Organismo Oficial de Turismo do Mundo. Uma catrefada de galardões, num total de 12, a prestigiar este pequeno país à beira mar plantado.

Como vês, minha querida Berta, o nosso Portugal, que tantas vezes desdenhamos, é cobiçado e premiado como um fora de série na vastidão mundial de recursos turísticos existentes. O desdém, acho que tem a ver com a nossa antiga mania de cobiçar a mulher do próximo e de nos esquecermos da nossa, mas isso passa, tem de passar, e ao poucos chegaremos a bom porto.

Despeço-me com um beijo fofo, este teu amigo que não te esquece,

Gil Saraiva

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