Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Como bem sabes, eu tenho estado a gerir alguns grupos do Facebook. Não é uma tarefa muito fácil para o meu feitio. Afinal, eu não gosto de ter o poder de censurar o que os membros decidem escrever ou publicitar nos grupos. Porém, minha cara amiga, tem mesmo que ser feito. Caso contrário a publicidade toma conta dos espaços e os arautos da desgraça utilizam a maior liberdade de publicação para virem anunciar que tudo está mal, com as suas razões populistas e baratas do bota abaixo, pois quanto pior, melhor.
Nos grupos privados e mais pequenos, a coisa é mais fácil de gerir. Seja no “Encontro de Palavras” que apenas tem 130 membros, seja no “Turma de Campo de Ourique” em que nem administrador sou, mas que por só ter 463 membros não é demasiadamente alvo dos propagandistas ou dos populistas, ou até no “Lisboa com Alma” que apenas é frequentado por pouco mais de meia centena de pessoas (58). Contudo, minha querida, à medida que a dimensão dos grupos aumenta, a situação exige outros cuidados.
No grupo “Viver Feliz em Campo de Ourique” que começou a crescer, de forma acelerada, nos últimos três meses, passando de pouco mais de 150 membros para 278 elementos, porém, já se nota mais publicidade a tentar entrar. Contudo, minha amiga, esse é o preço do crescimento. Há que pacientemente tentar gerir a situação.
Quanto ao maior grupo privado que criei, o “Bairro de Campo de Ourique”, neste momento com 797 membros, já se nota, com maior evidência, Bertinha, a tentativa dos publicitários e dos populistas em terem influência no espaço. No que respeita à publicidade eu nem sou totalmente contra, se um espaço do bairro, devidamente identificado, publicitar ali, digamos, uma vez por semana, até ajuda a manter viva a atividade e vivacidade do grupo. Todavia, existe gente que acha que o ideal é colocarem a mesma publicidade três vezes por dia.
Depois, para além disso, publicitar o que vem de fora do bairro é uma inviabilidade absoluta. Significaria deixar publicar mais de 50 anúncios diários o que é um absurdo. Outro absurdo é publicar anúncios de arranjos de unhas ou de senhoras em direto a vender roupa. São coisas que efetivamente não se enquadram nestes grupos, porque não se podem escolher apenas uns em detrimento de outros e são imensas as tentativas diárias nesses setores. Aliás, cara confidente, e sendo eu um homem de esquerda moderada, mas mesmo assim um sujeito de esquerda, não faz sentido estar a dar voz às opiniões dos fiéis do Chega ou de outras pessoas igualmente radicais de direita.
Por fim, amiguinha, vem o grupo “Campo de Ourique”, com 6.905 membros, apenas a 2.156 do grupo do bairro com mais elementos, o grupo “Fãs de Campo de Ourique”, já com 13 anos de idade.
Mais novinho, o grupo “Campo de Ourique” faz 10 anos em setembro deste ano. Incrivelmente, minha querida, no último ano, passámos de um valoroso quinto lugar, no que aos grupos de Campo de Ourique diz respeito, para sermos, atualmente, o segundo maior grupo do bairro. O objetivo é celebrarmos o 10º. Aniversário com 7.500 ou mais membros.
Mais ainda, minha querida, temos todo o interesse em que se mantenham em crescimento as intervenções dos membros no grupo, quer com as suas próprias publicações, quer com os comentários aos “posts” publicados, e que, nestes primeiros 5 meses do ano, já mostra um aumento de 40% do envolvimento dos membros na participação pública, face aos últimos 4 anos.
É na vivacidade e participação de todos, Berta, que poderemos crescer em dimensão e em representação do grupo de Campo de Ourique no próprio bairro em si mesmo. Queremos ser uma voz ativa, critica e participada dos problemas que vamos enfrentando no dia-a-dia. Quanto à publicidade, ela não se rejeita no grupo, apenas somos contra o excesso da mesma. Uma vez por semana é suficiente para se publicitar cada uma das empresas ou lojas do bairro, no nosso entender.
Gostaria, amiga Berta, que todo o grupo se mantivesse ativo e participativo. Vamos chegar aos 7.500 membros até setembro, todos juntos unidos. Deixo um beijo,
Peço desculpa por continuar dentro da temática do meu bairro, mas Campo de Ourique é mesmo assim, cheio de paixões e carregado de sentimentalismos, recordações, saudades e exclamações apaixonadas.
Uma senhora muito simpática questionou-me hoje, no Facebook, se eu ainda tinha o mapa do bairro, o mesmo que publiquei em A2 no “Javali de Campo de Ourique” e, mais tarde, em A3 no magazine Lisboa com Alma. Falando em nome dela, e de umas amigas, indagava-me sobre a possibilidade de o publicar numa das próximas crónicas, pois que, tinha possuído o exemplar que fora editado em A2, em papel de jornal, mas, nas últimas chuvas, deixara-o perto de uma janela aberta e perdera o mapa.
Depois de trocarmos um diálogo, que muito feliz me deixou, combinei com ela inclui-lo na tua carta hoje, porém, sem a legenda que é muito extensa e em letra muito pequena, difícil de digitalizar e de voltar a publicar com um mínimo de qualidade.
Conforme poderás constatar a forma de um javali parece-me evidente ao se olhar para os limites do bairro. Para ser um elefante, como alguns reivindicam, teria de ter uma tromba maior na zona que, para mim, me parece bem mais um focinho, do que outra coisa qualquer. Contudo, também dou razão a quem ache seja o que for.
Afinal, o que é realmente importante é o mapa do bairro em si e não se parece um javali, um elefante ou um qualquer outro animal com pernas e focinho, não interessa mesmo. A referência ao javali era apenas uma curiosidade por jogar com o temperamento de um bairro, sempre vivo e em evolução constante, de renovação em renovação, dentro dos seus limites geográficos.
Podem fechar este mês 10 lojas e 5 restaurantes, mas, logo no mês seguinte, abrem outros tantos ou mais, se preciso for. Criando-se esta dinâmica quase selvagem do bairro, que luta para manter essa identidade magnifica de continuar a ser o maior centro comercial de ar livre de Portugal. Isso sim é que é bonito e realmente relevante.
Ainda na semana passada abriu um novo restaurante que visitei e que muito me agradou. Bom ambiente, gente bonita no atendimento, excelente comida com assinatura de chef de cozinha e uma música ambiente deveras agradável. Apenas um pouco carote para o meu bolso pouco abonado, mas não me vou alargar mais, pois vou-te falar dele numa das próximas crónicas, porque acho que realmente merece o destaque.
Com esta pequena surpresa, a revelar proximamente, me despeço de ti, certo de que vais achar graça ao meu mapa. Recebe, minha querida Berta, um beijo bem repenicado e um forte abraço, deste teu eterno amigo,
Já lá vão 8 anos, desde que a 21/02/2012, uma terça-feira em dia capicua, como o que recentemente passámos, em que lancei a primeira magazine, em formato A4, denominada Centro Comercial de Campo de Ourique, que apenas durou 3 números e que, haveria de dar lugar, até 2015 à magazine Lisboa com Alma, que lançou mais 13 números, quer com publicação digital, quer em papel.
O conteúdo continuou a ser dedicado à alma de Lisboa, ou seja, a Campo de Ourique. De realçar que, no quarto e último ano, o formato foi alterado, a pedido dos leitores, de A4 para A5. A magazine só não se manteve até hoje, porque a exposição à austeridade, e a consequente falta de verbas extras no comércio do bairro, para publicidade, acabou por se tornar fatal.
As 68 a 128 páginas da Lisboa com Alma, tinham uma composição interessante, pois que a administração decidira nunca ultrapassar em publicidade mais de 50% do total do espaço da revista. Isto deu azo ao lançamento de alguns artigos de fundo sobre o bairro, as suas gentes e a sua história, que muito orgulho tive, enquanto editor, a trazer à luz.
Ao todo foram editados 48 mil exemplares da revista, a uma média de 3 mil por publicação, foram realizadas mais de 30 entrevistas com personalidades do bairro, o que foi verdadeiramente enriquecedor. Também se publicaram artigos de fundo sobre a Casa Fernando Pessoa, a Casa Museu Amália Rodrigues, o Museu João de Deus, o CACO (o clube Atlético de Campo de Ourique), a centenária Padaria do Povo e a sua capacidade de resistir ao passar dos anos, o Geomonumento da Rua Sampaio Bruno.
Ainda tivemos tempo para as histórias do Ginásio Clube Português, da Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo, da Panificação Mecânica que, situada numa esquina da Rua Silva Carvalho (números 209 a 223), já ultrapassou, também ela, o século de existência, pois que nasceu em 1902, e ainda descrevemos o nascimento do “Amoreiras Shopping Center” e do “Amoreiras Plaza”, como também dedicamos várias páginas à “Fundação Maria Ulrich”, ao Quartel de Campo de Ourique e à nossa Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique.
Contudo, o que mais gozo me deu, foi a criação dos prémios de excelência dedicados aos serviços, comércio e restauração de Campo de Ourique. Digo isto porque, a grande maioria dos negócios do bairro premiados, na sua respetiva categoria, agraciados com o galardão e diploma -” Lisboa com Alma”, ainda hoje, seis anos depois da última entrega, continuam a ostentar, nas suas paredes, a atribuição do referido reconhecimento, com o orgulho bem vivo de o terem recebido. Mantive até hoje a propriedade intelectual do nome “Lisboa com Alma”, quem sabe…
Este quem sabe, amiga Berta, tem a ver com a minha esperança de voltar, um dia, a relançar no bairro este prémio maravilhoso que tanta alegria deu a muita gente.
Por hoje fico-me por aqui, despeço-me de ti com um beijo carinhoso, este teu amigo de todos os dias,