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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta n.º 635: Vladimir Putin, Homem Pequenino...

Berta 635.jpgOlá Berta,

Basta ter poder, na maior parte das vezes, para se ter razão e se estar do lado certo da lei. O nosso presidente, por exemplo, minha amiga, é católico e, por isso, a Lei da Eutanásia passeia-se eternamente pelos corredores do poder, dias após dias, semanas atrás de semanas, meses a fio, esperando calmamente, como se não houvesse pressa, que esse poder chegue ao fim para conseguir, por fim, triunfar.

Vladimir Putin, amiguinha, acusa Portugal de roubar crianças ucranianas como se nós fossemos realmente um dos países do Eixo do Mal, e ninguém o avisa que está a confundir o país com um programa da SIC. O homem que desvia crianças às dezenas de milhares tem o desplante e a desfaçatez de fazer uma acusação destas, porquê? Porque no País dos Sovietes, sua excelência é imperador e dono da lei.

De comunista a fascista, invade um país vizinho, porque, alega o dono da lei do seu país, a Ucrânia é parte da Rússia. E, sem se olhar ao espelho, minha cara, chama fascista ao Vladimir do país vizinho e quer que acreditemos que ele vai “desnazificar” o seu povo e libertá-lo do jugo do outro Vladimir, um tal de palhaço de nome Vladimir, mas neste caso Zelensky. O palhaço Putin, que combate contra o palhaço Zelensky, nem sabe que é palhaço porque nem se olha ao espelho, nem encontra ninguém com eles no sítio para lhe dizer que mente (incrivelmente, com todos os implantes que tem na boca).

Na guerra dos “Vladimires”, Bertinha, morrem centenas de milhares de pessoas, o mundo entra em crise alimentar por falta de cereais, que abundavam por aquelas bandas, porque as rotas dos alimentos ficaram perigosas, porque os capitalistas ainda capitalizam mais, porque a inflação alastra pelo mundo movida por interesses económicos  e porque a lei, está do lado desta gentinha que ao crescer se tornou gentalha.

Abomino Vladimir Putin e custa-me a aceitar que, por força da “puta da lei internacional” o homem ocupe o lugar de presidente das “Nações Unidas”. Das Nações Unidas? E querem que acreditemos e confiemos nas instituições, Berta? Mas alguém já olhou bem para o contrassenso? O absurdo é tentarem-nos convencer a respeitar a lei. Como se nos dias de hoje a dita cuja, coitada, ainda tivesse alguma coisa a ver com a justiça. Esclareço: já que não tem.

Também é preciso ter cuidado quando se fala de justiça, minha querida. Hoje em dia temos várias justiças, a dos ricos, a dos pobres, a que vem no papel, e a antiga justiça que, desgraçadamente, anda aos papeis. Ainda nos querem fazer acreditar que tudo isto faz sentido, talvez faça, e para muita gente, mas não para o povo do mundo. Abaixo, Vladimir Putin (que o pariu). Homem pequenino... Tenho dito! Deixo um beijo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta n.º 579: Apelo aos Habitantes de Campo de Ourique!

Berta 579.jpg Olá Berta,

Faz algum tempo que não conversava contigo. A vida não tem sido fácil, nos últimos tempos isso calhou-me a mim. É desesperante estar há meio ano na expetativa da chegada de uma reforma, que tarda mês após mês, já sem meios de subsistência. A luta por uma sobrevivência tem o poder de retirar a quem luta a capacidade da partilha. Desculpa o meu feitio minha querida Berta.

Como sabes odeio os coitadinhos e as coitadinhas deste mundo que se queixam de barriga cheia, porque não ganharam no Euromilhões ou porque partiram uma unha. Tudo serve para uma pieguice pegada, que nos faz esquecer quem verdadeiramente precisa de ajuda.

Hoje, depois do Festival da Canção da Eurovisão 2022, em que venceu, ontem à noite, a canção da Ucrânia, venho fazer um apelo de Campo de Ourique para o mundo, mas principalmente para ti, minha querida amiga, e para o meu Bairro, o Bairro de Campo de Ourique. Neste domingo, 15 de maio, pelas 19 horas e amanhã, segunda, 16, à mesma hora, toca, toquem, nos vossos telemóveis, aparelhagens e computadores a música da Ucrânia.

As minhas dificuldades são uma pieguice pegada se comparadas com o que tem passado o povo da Ucrânia. Invadidos, mortos, torturados, arrasados por um invasor vizinho, prepotente, que se instalou em Guerra apenas por cobiça do país de quem dizia ser irmão.

Sejamos solidários para com a Ucrânia. Já estou cansado e desgastado de ver esta guerra em direto na televisão, quase já não consigo ouvir as suplicas do seu Presidente, que o nosso governo promove até à exaustão para esconder que é o único país da Europa que passou a esconder: os dados diários da Covid-19, os problemas com a subida do custo de vida, os serviços que não funcionam, um governo em quem votei mas que se esquece facilmente dos seus eleitores, por muito que isto me custe dizer.

Estou farto da guerra pela televisão, mas continuo firmemente solidário com a Ucrânia e com a sua luta. Aceita o meu apelo, querida Berta e hoje e amanhã, pelas sete da tarde, toca a música da Ucrânia, que venceu o Festival da Eurovisão. Deixo o link do YouTube: https://youtu.be/Z8Z51no1TD0. Recebe um beijo de despedida deste teu amigo de sempre,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta n.º 575: Vlad Putin - O Vampiro (Um horror maior que Drácula)

Berta 575.jpg Olá Berta,

Oleksandr (Alexandre), cidadão ucraniano, e já com nacionalidade portuguesa, é casado com Inês, portuguesa, atualmente também com nacionalidade ucraniana, conheceram-se ambos em Sintra no ano 2000, casaram, fruto de um amor mútuo e profundo ainda no mesmo ano. Em 2011, devido à crise em Portugal, partiram para a Ucrânia.

Em 2017 ambos já tinham dupla nacionalidade. Atualmente Oleksandr tem 48 anos e Inês 42. Da eterna paixão que os une nasceram 5 filhos, o mais novo tem 2 anos e a mais velha tem 13. Em 2017 regressaram a Portugal devido ao falecimento, num acidente de viação, dos pais de Inês, provocado por um condutor embriagado. Sendo filha única Inês herdou os bens dos pais, passando a ter casa própria e a possuir uma pequena cadeia comercial de sete lojas no Concelho de Sintra.

Entre 2017 e 2018 Inês esteve seis longos meses com vários problemas depressivos devido à morte dos pais, a quem era muito ligada. A somar a esse problema, o filho mais novo do casal foi diagnosticado como autista em 2021. No final janeiro de 2022, a família partiu para cerca de um mês de férias na Ucrânia para dar a conhecer aos pais de Oleksandr os 2 filhos mais novos do casal. A ideia era ir e voltar antes que a possibilidade de uma guerra se tornasse uma realidade e, por isso, ficassem impedidos de o fazer. Infelizmente 6 dos 7 elementos da família contraíram Covid-19 2 dias antes da viagem de regresso para Portugal e tiveram de adiar a viagem, sendo que apenas Olexandr não estava infetado.

Esta madrugada o prédio onde os sogros de Inês vivem sofreu um ataque com míssil, em Kiev. Irina, a segunda filha mais nova do casal, de 4 anos ficou ferida, Pedro, o mais novo dos descendentes não foi atingido, mas a mãe diz que o perdeu para os confins da sua mente, agora completamente fechada sobre si mesma.

Os sogros de Inês foram ambos atingidos e encontram-se gravemente feridos. Sendo 2 entre os 35 feridos no ataque. Inês nada sabe de Oleksandr, desde que este foi reintegrado no exército ucraniano há 2 dias. Segundo diz, não vai sair da Ucrânia sem o marido, nem que morra à sua espera.

Estas almas, das quais restam 9 das 11 iniciais, que aqui descrevi, tiveram vidas atribuladas e difíceis, como muitas famílias em toda a Europa, em todo o mundo, enfim. Será que mereciam um desfecho destes? Sobreviveram os pais de Olexandr? Como estarão psicologicamente as 5 crianças do casal? Estará Olexandr vivo, ainda? O que será desta família apanhada nos meandros de uma guerra e de uma pandemia? A realidade, por mais fértil que seja o imaginário de cada um de nós, é sempre mais cruel do que a imaginação.

Casos como este já devem existir centenas, quiçá se chegarão aos milhares, e tudo porquê? Porque um déspota russo se pôs de bicos de pés a dizer que ele é que é o senhor do mundo? A injustiça é uma espada pesada e fatal que infelizmente cai sempre para o lado dos mais fracos, dos que não têm voz, num mundo de narcisistas presunçosos e movidos pela sede do poder.

Putin é um vampiro que se alimenta do sangue derramado no campo de batalha. O Ocidente diz que não pode intervir porque a Ucrânia não pertence à NATO. Tretas, e o Vietname? E a Coreia? E Sarajevo na Bósnia-Herzegovina? E a Sérvia? E o Kuwait? E o Iraque? O Ocidente não contra-ataca porque tem medo de Vlad Putin, o vampiro, o sanguinário, o déspota neonazi que acusa o presidente ucraniano, um judeu, de ser toxicodependente e nazi. Tóxico e maníaco é Vlad Putin. Nazi, narcisista e senhor das trevas é Vlad Putin.

Mas será que ninguém consegue acabar com esta praga? Vlad Putin é uma barata e devia ser tratado como tal. Ninguém tem Raid ou um pé pesado? Não me vou alargar mais, querida Berta, que a revolta é imensa, espero que no final, a família da qual sou amigo, consiga regressar a Portugal e viver, por fim, uma vida em paz. A esperança é sempre a última a morrer. Despeço-me com um beijo amigo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta: “A Prova dos Nove da Profecia de Haragano” ou a “Crónica do Impossível” - Epílogo

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Olá Berta,

Entramos hoje no epílogo da “Prova dos Nove da Profecia de Haragano” ou, mais concretamente, a “Crónica do Impossível”. Ontem acabei a falar na capicua do número total de óbitos no mundo que chegou ao muito trágico valor de 2.722.272, o qual fazendo a operação dos noves fora não perfazia nenhum 666, mas apenas um único 6. Felizmente, embora sendo o primeiro algarismo do demo não era o número completo.

De repente vi o que ainda não vira, os 384 dias entre a primeira infeção e o dia 21/03/21 dera-me também um 6, ou seja, os algarismos dos quadros que faltavam (dias passados, total de recuperados e total de óbitos) cada um deles apresentava o algarismo 6. Ora, colocando todos, porque estavam intimamente relacionados num quarto e último quadro, teria outra vez o número de Satanás: 666 (ver quadro abaixo). Fiquei a olhar para o quadro de boca aberta. Era impressionante aquilo. Completamente incrível.

Berta 513 4º Número.jpg

Fascinado com os quatro quadros, a apresentarem todos o número do cornudo, resolvi fazer um estudo paralelo. Apesar de tudo o que já tinha visto, estes números não podiam ser apenas fruto do acaso, nem sequer dizer respeito à profecia de acertar que entre março de 2020 e março de 2021 aconteceriam 123.456.789 infeções no mundo inteiro. Todos aqueles dados pareciam apontar para algo mais. Esta carta estava a transformar-se numa Crónica do Impossível e parecia apontar para a verdadeira Profecia de Haragano e não para um caso de sorte, em que aleatoriamente eu acertara no número de infeções mundiais a ocorrer no espaço de um ano e pouco.

Peguei nos meus livros de ciências ocultas e botei mãos à obra. Consultei vários livros, desde as “Profecias de Nostradamus” ao “Livro de São Cipriano”, passando pelo Oráculo Egípcio, pelo I Ching, pelas Runas, pela numerologia, pela astrologia (onde fiz a carta astral do dia 21/03/21) até ao “Relógio de Haragano”. Porém, não vou descrever aqui de onde fui tirando as minhas conclusões, pois nunca mais acabava, mas cheguei à conclusão que os quatro quadros representavam os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, sem tirar nem pôr.

O primeiro quadro representava a pandemia de Covid-19 (ou a Peste), o segundo quadro revelava a Guerra, os conflitos cada vez maiores contra os confinamentos em todo o mundo associados aos problemas climáticos e aos restantes conflitos mundiais, o terceiro quadro mostrava a Fome, também associada à grave crise económica a que as medidas da pandemia tinham conduzido, quando integradas nos outros já referidos problemas mundiais e, por fim, o quarto quadro, o mais complexo por ser o somatório de três números diferentes, apresentava-se como a Morte, o último dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse.

Ora, o mais interessante, foi que também cheguei à conclusão que o dia 21/03/21 é o momento zero, o ponto de partida da profecia. Assim sendo, posso afirmar que a humanidade tem dois caminhos daqui para a frente: um leva à vitória do caos e à glória dos Quatros Cavaleiros do Apocalipse, o outro conduz a população mundial ao regresso à normalidade e a um caminho parecido ao que tínhamos antes da pandemia.

A escolha é de todos, porém, existem dois números que não se podem voltar a repetir, pois já aconteceram em janeiro deste ano (embora em dias diferentes) e acabaram por despertar os Cavaleiros. Se os dois acontecerem em simultâneo entraremos numa nova Idade das Trevas. Assim se num mesmo dia tivermos mais do que 765.432 num único dia, no mundo inteiro, e, nesse mesmo dia, atingirmos no planeta, devido à pandemia, 15.651 óbitos o Diabo ficará à solta, o que é o mesmo que dizer que o caos já não terá retorno e o mundo enfrentará uma extinção em massa sem precedentes na história humana.

As capicuas são números enigmáticos e quando se ligam a desgraças tendem a instalar o caos. Já tivemos em termos de óbitos no mundo duas capicuas fatais: a primeira quando o número total de óbitos atingiu (a 21 deste mês) o fatídico número de 2722272 de óbitos registados e causados desde o início da pandemia. Também já tivemos 15651 mortos num mesmo dia, no mundo, em janeiro. Temos de evitar a todo o custo uma repetição deste triste total.

Portanto, em conclusão, “A Profecia de Haragano” diz que podemos sair de tudo isto se não tivermos um dia em que apareçam 765.432 infetados no mundo que causem 15.651 óbitos ou mais. A parte positiva é que, embora os casos estejam de novo a aumentar na Europa e na América do Sul, tudo aponta para que não voltemos a ultrapassar os 15,000 falecimentos num só dia. Há que ter fé, esperança e sobretudo muito acreditar. Espero ter-te agradado, minha querida amiga, despeço-me cansado desta Crónica do Impossível. Ainda bem que eu não passo de um aprendiz que brinca com os números. Deixo um beijo,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta: Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 3) Guerra dos Sexos

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Olá Berta,

Conforme pediste, mandei-te a carta por correio eletrónico. Não estás para estar muito tempo á espera, minha amiga. Sinal dos tempos. O mais engraçado é que tu respondeste logo a pedir o terceiro tema. Vamos com mais calma, se fazes favor, está bem?

Já te informei que a síntese não é o meu forte. Ainda para mais com um terceiro tema tão intrincado. Como raio te lembraste tu de escolher: Guerra dos Sexos? É só para me complicares a vida.

Contudo, como já te disse, eu vou até ao fim, mas nem que a vaca tussa. Faço questão de responder a todos os temas o melhor que puder. Um ou 2 temas, até já tenho quadras que se adaptam perfeitamente. Será só transcrever.

Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 3) Guerra dos Sexos.

 

Guerra dos Sexos

 

Nos sexos há uma luta

Que não tem compreensão:

Porque há de a mulher ser puta

E o homem garanhão?

 

Gil Saraiva

 

Por hoje é tudo. Não me venhas pedir mais agora, pois só amanhã é que volto a pegar nisto. Preciso de inspiração e de sentir os temas. Desculpa o palavrão, mas sexo é sexo. Tem mais sentido o uso vernáculo, incluindo as verdadeiras palavras setoriais, que são bem mais ajustadas ao tema. Não achas?

Despeço-me, extremamente divertido, com um beijinho saudoso e pleno de ternura, este teu amigo,

Gil Saraiva

Carta à Berta: "Os Outros - Tragédia em 4 atos" Parte II - "Migrantes depois de Refugiados"

II Migrantes depois de Refugiados.jpg

Olá Berta,

Como está a ser o teu primeiro dia de 2020? Espero que tudo esteja a correr pelo melhor. A felicidade é a coisa mais importante. Nem importa de onde vem, importa é que se instale, se sinta em casa e que nos acompanhe sempre, em todas as ocasiões. Os dias de folga, são os tais menos bons, mas é normal, até a felicidade precisa de repouso,

Segue, a segunda parte do poema que comecei ontem, ainda no ano passado. Espero que te agrade:

 

"OS OUTROS - TRAGÉDIA EM QUATRO ATOS"

 

                           II

" MIGRANTES DEPOIS DE REFUGIADOS"

 

Entre bombas, escombros, sangue e tripas,

Foge quem pode porque a guerra é cega,

Não vê mulheres nem crianças,

Não vê nada nem ninguém.

 

A música virou ruído e o ruído trovão;

O povo não quer Bashar al-Assad nem o Estado Islâmico,

Quer uma Síria de paz dizem os sírios,

Quer um Estado Curdo gritam os oprimidos,

Mas o Estado é surdo seja islâmico ou não.

 

A guerra veste de santa, clama justiça

E todos se dizem senhores da razão e da verdade,

Mas ninguém dá ouvidos a ninguém;

Morrem civis aos milhares, gente de carne e osso,

Sem limite de idade, de género, de etnia ou de religião,

Morrem porque estavam ali, no local errado,

Na hora errada, apenas e mais nada.

 

Perante a atrocidade dá-se a debandada

E o povo foge, procura refúgio

Nos países mais perto, mas é enlatado

Em campos de fome e aperto,

Sem condições são refugiados que parecem presos,

Tratados a monte na beira da vida…

 

E honrosas exceções não fazem a regra,

Nem estancam a ferida aberta pela guerra.

 

Só de Kobane, de Ain al-Arab, da fonte dos árabes,

Centenas, milhares, quase meio milhão,

Fugiu, deixou tudo, que a fonte secou,

Procurando o direito a não morrer,

Sem explicação ou sentido,

Com os filhos pela mão vazia de pão…

Chegados à Turquia, interesseira, vizinha,

São refugiados, amontoados, e serão tratados de qualquer maneira,

Sem dignidade, consideração ou sentimento …

E às portas da Europa, qual El Dourado,

Viraram migrantes, na busca de luz, de vida, de paz.

 

Pois é minha querida amiga. Infelizmente não é só no Curdistão que o fenómeno tem praça assente, mas em tanto lado. Não há sequer um fim à vista para esta tragédia humana, para este flagelo entre povos que apenas querem viver em paz.

Despeço-me com o costumeiro beijo, esperando que te continues a dar bem aí pelo Algarve. Desejo-te muita felicidade, este teu amigo de agora e sempre,

 

Gil Saraiva

 

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