Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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A propósito de um comentário de Faty Santos, onde afirmava que as pessoas se queixam demais, no passado dia 21, no grupo Campo de Ourique, relativas aos problemas que as afligem ou condicionam, achei que o assunto era merecedor de uma reflexão. Ora, minha querida Bertinha, afinal, criticar é próprio do ser humano, mais ainda quando vemos as mesmas regras a serem quebradas diariamente pela maior parte das pessoas.
Contudo, minha querida, acho positivo que se fale no assunto, uma vez que os diretos a respeitar são exigidos a ambos os lados, ou seja, Campo de Ourique, por exemplo, há muitos passeios largos e dá perfeitamente para que as esplanadas possam existir e para que as pessoas possam passar em simultâneo.
O problema, cara amiga, é quando alguém abusa do seu direito e resolve, por exemplo, colocar duas filas de mesas, a par, numa esplanada apenas autorizada para uma fila única, conforme consta na licença que pagaram à Junta de Freguesia, mas a ânsia do lucro tem essa tendência.
Com os carros passa-se o mesmo. Todos os condutores sabem que não podem estacionar os carros com as rodas da frente em cima do passeio, nas passadeiras, nas esquinas das ruas, porém, continuam a fazê-lo descaradamente, uns por desleixo, outros por manifesta falta de estacionamento, outros por pura arrogância.
Os motivos variam bastante, Berta. Alguns até são bastante compreensíveis, todavia, independentemente disso, as consequências são sempre as mesmas. Ora, as queixas existem por isso mesmo, porque o mau estacionamento prejudica quem anda a pé, quer exista por detrás um bom ou um mau motivo para este ter acontecido.
Ontem à noite, ao regressar a casa, o meu passeio, por exemplo, logo a seguir à passadeira de quem atravessa a Rua Almeida e Sousa, vindo da Pastelaria Aloma, para a esquina do takeaway 10 Prá Uma, Cantina do Bairro, estava um carro estacionado, quase todo, em cima do passeio. Até à parede da loja faltavam talvez uns 30 a 40 centímetros, minha amiga, por ali nunca passaria alguém de moletas ou bengala, um carinho de bebé ou um cego. Aliás, nem uma pessoa normal, porque entre a parede e o carro estava “arrumada” uma trotinete. E esta, hem, Berta?
Tive pena, de não estar com a minha máquina fotográfica, algo que já tinha feito na noite anterior, para ilustrar esta carta, Bertinha. Porém, ao contrário da opinião de Faty Santos, do grupo do Facebook, Campo de Ourique, eu acho que é bom haver críticas. Criticar tira-nos stress de cima, principalmente quando percebemos que as autoridades e a Junta têm filhos e enteados, no que respeita ao cumprimento das normas. Isso, mais do que o resto, não devia existir. Deixo um beijo,
Damos as nossas boas-vindas aos nossos novos 28 membros do grupo "Campo de Ourique":
Ze Marado,
Flávia Duarte,
Victor Amorim,
Nizete Lopes,
Sofia Pereira,
Tiago Martins,
Rute Anastácio,
Pedro Garcia,
bronzedasm,
Patrícia Martins,
Beatriz Camacho,
Vasco Durão,
Olivia Pereira,
Rita Santos Lima,
Mazi Nafshi,
Sandra Nogueira,
Cátia Rodriguez,
Roni Kuppers,
Alexandrina Melancia Francisco,
Pedro Boss,
Aurisdeive Carvalho,
Juana Gonzalez,
Dino Ferreira&Lurdes Almeida,
Aminata Balde,
Mariana Popescu,
Leontina Esteves,
Moules & Gin e
Joana Pimenta Real Estate Consultant.
O nosso lema é "Seja Bem-Vindo Quem Vier Por Bem!"
Publicidade só é permitida para lojas do bairro uma vez por semana, cadeias de lojas onde uma se encontra na Freguesia não podem fazer publicidade, vídeos e diretos de vendas não são permitidos. Obrigado a todos pela compreensão.
Rua Almeida e Sousa 38 e 38A. Neste momento a loja está vazia. Deixou de ser uma frutaria, que por algum tempo nos fez esquecer a loja de mobiliário antigo envolta num caos que quase parecia propositado.
Nem sempre tudo é belo e bonito no melhor bairro de Lisboa. Como em tudo na vida... ele há coisas que fogem ao nosso entendimento. Quem terá sido o arquiteto que desenhou este cofre gigante e quem foi o arquiteto da Câmara Municipal de Lisboa que o autorizou?
Não posso afirmar que tenha havido corrupção, mas que cheira a algo estranho cheira, ou serei só eu a achar isso? Na volta sou só eu, provavelmente este pode vir a ser o novo modelo, quiça... dos futuros edifícios da capital.
Cá estou eu, mais uma vez a retomar a escrita contigo. Espero que o meu livro policial te tenha agradado como leitura descontraída. Hoje, regressei para te relatar que os Prémios Lisboa com Alma (LcA) vão voltar a ser atribuídos no Centro Comercial de Campo de Ourique (CCCO), o Maior Centro Comercial ao Ar Livre de Portugal, que envolve a Restauração, o Comércio Lojista (incluindo Supermercados, Frutarias, Minimercados, Lojas de Conveniência e Quiosques) os Serviços Liberais, os Serviços Solidários, de Saúde e Sociais, os Espaços Desportivos, Recreativos, Artísticos e Culturais e os Espaços de Lazer, Culto e Segurança, do Bairro de Campo de Ourique.
Das seis categorias com que se iniciam os Prémios Lisboa com Alma de 2023/2024, apenas a Restauração apresentará, na edição atual, quinze subcategorias, nomeadamente, Restaurante de Bairro, Restaurante Vegetariano e/ou Vegan, Pizaria e/ou Restaurante Italiano, Tasca e/ou Pequeno Restaurante, Hamburgueria, Snack-Bar, Pastelaria e/ou Padaria, Cafetaria (inclui Croissanteria, Leitaria, Casa de Chá e Gelataria), Restaurante de Petiscos e/ou Tapas, Restaurante Temático, Especializado, de Chef, Restaurante de/com Cozinha Internacional, Restaurante Regional, Restaurante de Peixe e/ou Marisqueira, Takeaway e Bar.
As escolhas são sugeridas por um conjunto de vinte e cinco pessoas convidadas a fazer parte do Júri que emanam dos seguintes Grupos do Facebook. “Encontro de Palavras”, “Lisboa com Alma”, “Viver Feliz em Campo de Ourique”, “Turma de Campo de Ourique”, “Bairro de Campo de Ourique” e “Campo de Ourique” escolhidas de um universo de mais de 8.500 membros.
Em caso de empate nalguma categoria o desempate será efetuado por mim, Gil Saraiva, enquanto detentor da marca registada “Lisboa com Alma” e presidente do Júri dos “Prémios Lisboa com Alma” desde 2012.
A divulgação dos galardoados deste ano será anunciada no próximo dia um de maio de 2023 e será válida pelo biénio 2023/2024. Os diplomas dos premiados serão entregues entre o dia dois de maio e o dia cinco de maio. De forma a evitar a falta de avaliadores, por alguma desistência, serão escolhidos, se houver necessidade, entre um a dez jurados suplentes para suprir alguma desistência até final da votação.
Ao contrário dos prémios anteriores, este ano não serão divulgados publicamente os cinco nomeados para cada um dos diplomas em causa. Contudo, o prémio Diploma Superlativo de Excelência continuará a ser atribuído, agora com este nome, para o negócio ou serviço que obtiver o maior número de votos angariados, independentemente da categoria a que puder pertencer.
Os elementos do Júri enviarão, por mensagem, para mim, os seus votos em cada categoria, sendo obrigados a votar em pelo menos dez das vinte categorias.
Agradeço, minha amiga Berta, a forma solidária como me incentivaste a voltar a esta modesta forma de premiar os esforços de alguns para o esforço conjunto do Bairro, ao serviço de todos, deixo um beijo de saudade,
Esta tarde, farto de estar confinado há já três anos. Dois pela Covid-19 e um devido à minha repetição de AVC (por nove vezes) em 2019 a que acresceu o entupimento por um calhau, do meu canal biliar, que depois me provocou uma infeção grave, resolvi ir dar um pequeno passeio pelo bairro de Campo de Ourique. É raro fazê-lo, mas de vez em quando, sabe imensamente bem.
Nunca tive problemas em viver com gente ou sozinho, mas hoje, não sei porquê, algo me fez pensar no assunto assim que coloquei um pé no passeio. Estou a falar da solidão das pessoas idosas, sendo que idoso, para mim, são aqueles e aquelas que já ultrapassaram os três quartos de século de idade há mais de um ano. Existem dois tipos desses idosos. Os que aparentam a idade que têm e os que a combatem.
Lembrei-me da solidão talvez pelo facto de ter reparado no touro gigante e só, na fachada do edifício do antigo Cinema Europa, ou de me ter lembrado da grua gigante que instalaram na nova obra ao pé de minha casa, erguendo-se altiva e solitária acima dos prédios, ou, quem sabe, por ver uma velhinha quem já conheço há mais de uma década a competir com um caracol, na sua marcha lenta em direção a um almoço costumeiro e frugal na pastelaria Az de Comer, sendo que, até ao momento continua a ser ela a bater o danado do caracol.
A mesma velhinha irá, depois de conversar com as suas amigas no café, uma vez mais, ao Pingo Doce, comprar o seu costumeiro jantar e o pequeno-almoço para o dia seguinte. A ementa varia pouco, normalmente as compras alternam entre uma perna de frango ou uma lata de atum, por vezes um saco de arroz, raramente, uma embalagem de creme de cenoura, mas nem sempre, mais uma garrafa de água, um pão, um iogurte e uma banana ou uma maçã e talvez, uma vez por semana, uma alface fresca.
Atenção, amiga Berta, que a senhora em causa, não tem uma aparência pobre, de quem vive com dificuldades, nada disso. Pelo contrário, aparenta ser alguém que se aposentou, há mais de uma década atrás, de um qualquer serviço público após quarenta anos de trabalho. Mantém um ar limpo e tratado onde o vergar das costas, num arco já prenunciado, desmascara a sua idade real. Descobri há mais de seis anos que a senhora é viúva. O marido faleceu cedo do coração.
Pelo que me é dado a perceber o seu grupo da pastelaria tem vindo a perder elementos. Das seis ou sete senhoras que se encontravam ali, na mesa do costume, junto à janela, restam agora ela e mais três. Antigamente, quase todas as tardes, também a encontrava sozinha a olhar para os pombos como quem olha para o infinito no Jardim da Parada, outras vezes, perdida nos seus pensamentos, junto ao parque infantil, onde os seus olhos escolhiam esta ou aquela criança para recordar tempos há muito ultrapassados.
Esta anciã, tem uma filha, um genro e uma neta que nunca a visitam. Numa conversa que escutei, faz tempo, na pastelaria, a falta de convívio deve-se ao facto de ela não ter querido vender a sua casa, para partilhar com a filha parte da herança do marido. Esta queria a toda a força que a mãe vendesse a casa e se mudasse para um lar. Como a idosa senhora não concordou o corretivo por parte da descendente passou a ser a sua ausência na vida da senhora.
Esta pessoa, minha amiga, vive só, privada do conforto e do carinho dos que lhe eram próximos, apenas porque optou por viver onde sempre viveu. A solidão, desta senhora, como de tantas outras e outros no nosso país é aflitiva, injusta e constrangedora. Todavia, mais do que isso tudo, é inaceitável. A sociedade, no seu conjunto, devia ter formas de combater o isolamento e o abandono dos seus anciãos.
Isto é, sem dúvida, o mínimo que lhes devemos. Eu vi a minha mãe a definhar, aos poucos, muito lentamente, vítima de Alzheimer. Algo que não desejo a ninguém que assista. Mas, a minha mãe, nunca esteve só, um único dia, dos quase seis anos que a doença levou para a vencer. É tempo de olharmos com respeito e orgulho para os nossos idosos e de começar a fazer algo por eles. Principalmente pelos que estão sós, seja em Campo de Ourique ou em Portugal…
Por hoje é tudo, desculpa a nostalgia, mas todos nós temos dias assim, recebe um beijo deste que não te esquece, um amigo para sempre,
Campo de Ourique não é a minha terra natal só porque nasci numa outra parte do campo, lá para os lados de Campo Grande. Porém, foi o bairro que me acolheu com um carinho como nenhum outro. Conforme já te contei por diversas vezes, minha querida amiga, já me encontro por cá há mais de treze anos.
Adoro o bairro, embora para muitos dos meus vizinhos, ainda hoje, eu seja um novato (pese embora os meus sessenta anos) que acabou de chegar à freguesia. Com efeito, muitos deles já ultrapassaram os quarenta e os cinquenta anos, alguns ainda mais, de convivência íntima com a terra. Esta é a mais linda aldeia da minha cidade berço, Lisboa, a capital do país. Muitos lembram, saudosamente, que o bairro já não é o que era e eu acredito. Mas é assim, Berta, num pequeno espaço de 1,65 quilómetros quadrados, esta é, hoje em dia, a segunda freguesia da cidade com mais habitantes por quilómetro quadrado.
Aliás, enquanto Lisboa tem perdido bastante população para a periferia, Campo de Ourique nunca parou de crescer e aumentar as suas gentes. Enquanto em 2011 a população era de 22.120 habitantes, em 2021 passou para 22.169, com este aumento de quarenta e nove pessoas a freguesia foi das poucas de Lisboa a crescer em número de habitantes. São, mais trinta pessoas por quilómetro quadrado.
Isto quer dizer que hoje, querida Berta, Campo de Ourique tem 13.436 pessoas por quilómetro quadrado, ou seja, vivem 13 indivíduos por cada metro quadrado. Quer isto dizer que se não existissem prédios, muitos com bastantes andares e vários apartamentos por andar, e que se toda a população do bairro viesse em simultâneo à rua, nós não caberíamos, uns ao lado dos outros, coladinhos, nas ruas do bairro em que vivemos.
Por outras palavras, em Portugal vivem cerca de 112 pessoas por cada quilómetro quadrado, isto tendo em conta a população e a área do território nacional, ilhas incluídas, enquanto em Campo de Ourique vivem cento e vinte vezes mais pessoas concentradas por cada quilómetro quadrado.
Ora, minha amiga, a acreditar nos dados das eleições autárquicas de 2021 e simultaneamente nos valores apresentados nos censos deste ano, existem 3.087 menores de 18 anos no nosso bairro. Um valor muito baixo, a ser real.
Dito isto não é para admirar que, este mês, ao sair da Pastelaria Trigo da Aldeia, onde vou frequentemente buscar bolinhas de pão malcozidas e o melhor bolo de laranja do bairro, uma rapariga na casa dos trinta anos, me tenha clonado o cartão de débito que eu acabara de meter no bolso detrás das calças. Minutos depois já me tinha sacado 60,21 euros da conta numa compra internacional, online, na aquisição de um qualquer produto de estética. Por sorte eu tinha seguro do cartão e o banco fez a reposição da verba.
Mas isso só acontece porque vivemos num local onde a população é considerável e os recursos são cada vez mais escassos. Eu nem sabia que era possível um cartão multibanco ser clonado desta forma, porém, essa é a triste realidade. E nem Campo de Ourique, na sua pacatez de aldeia escapa aos novos métodos dos bandidos e burlões. É o excesso de população em relação aos recursos a fazer-se sentir. Por isso, Bertinha, tem cuidado, se aconteceu comigo aqui, pode muito bem acontecer contigo por aí. Ainda mais nesta época natalícia onde andamos sempre de cartão multibanco à mão de semear.
Por hoje é tudo, fica com os meus votos de Boas Festas. Com um beijo de saudade, deste teu amigo de sempre, me despeço até à próxima carta,
Gil Saraiva
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PS: A imagem anterior foi removida a pedido do senhor Nuno Martins. Transcrevo o texto que originou esta mudança.
Nuno Martins (13:58) - Bom dia. Agradeço que apague a publicação que tem no seu Facebook relativamente ao trigo da aldeia. Não queremos ser associados às suas publicações sem a nossa autorização, ainda para mais sendo o assunto sobre um tema que nada nos diz respeito. Atentamente, Nuno Martins
Gil Saraiva (17:08) - Caro Nuno Martins, entendo a sua posição. Mas é esta a realidade de um jornalista. Coloquei efetivamente a vossa publicidade na esquina da fotografia apenas para não identificar quem lá se encontrava. Podia ter tirado outra que não seria tão apelativa. Isto no que se refere à publicidade. Quanto à Carta à Berta são crónicas de um Jornalista Profissional em atividade e sinceramente não preciso da vossa autorização, nem a vou remover, evidentemente. Contudo, se desejar, posso alterar a fotografia que ilustra a peça, com a divulgação desta troca de mensagens entre os dois, no final da mesma. Uma vez que se dirigiu diretamente a mim. Aguardo a sua decisão. Sem outro assunto de momento, atentamente, Gil Saraiva
Nuno Martins (18:09) - Boa tarde. Agradeço que altere a fotografia, e de preferência que não apareça a nossa imagem. Atentamente, Nuno Martins
Gil Saraiva (19:40) – Caro Nuno Martins mudança de imagem efetuada para uma de minha autoria. Estou a proceder à respetiva alteração nos grupos do Facebook onde esta entrou e espero ter a situação resolvida ainda hoje. Contudo, nos grupos e nas partilhas que não controlo não poderei fazer grande coisa. Obrigado. Com a mais elevada consideração, Gil Saraiva
Nuno Martins (19:45) - Muito obrigado. Boa semana.