Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Don Corleone, é uma personagem de ficção do romance The Godfather, de Mario Puzo, de 1969, e dos dois primeiros filmes da trilogia de Francis Ford Coppola. Já Alberto João Jardim, é uma pessoa real e um político aposentado, mas bem conhecido, da nossa praça. Contudo, se eu tivesse de escolher quem acho que melhor retrata o Padrinho de Coppola na vida real, a minha escolha recairia sempre em “Albertoni”. Daqui para a frente, entramos no universo do alegadamente, e, nada do que te direi, amiguinha, poderá ser entendido como um facto, visto esta carta ser mais parecida com uma narrativa de ficção.
Para o Padrinho, doce amiga, os políticos de hoje parecem-lhe um bando de amadores. Fazem as coisas sem a magia de outros tempos e deixam-se enredar nas malhas da lei. Na sua douta opinião, bem do alto do seu charuto, “Albertoni” não consegue entender o que se passa com todos estes incompetentes que agora pululam nos meios da política.
Caramba, Berta! Até o seu benjamim caiu… o pirata da perna sem pau a quem ele ensinou a fazer ar de mau,Miguel Albuquerque, o seu menino queque “Bimby”. O Padrinho está zangado, as coisas começaram a azedar com Armando Vara, depois o Sócrates (que talento tão completamente desperdiçado) seguindo o Costa (com um Governo cheio de gente que não sabe estar) e, por fim, o seu Benjamim…
Onde estavam aqueles anos dourados em que se podia fazer tudo sem que a Justiça pudesse agir? Minha querida, no tempo de Cavaco o Ministério Público e a Polícia Judiciária apenas se preocupavam em manter o emprego. Cavaco, esse velho Conde Drácula reencarnado, o homem que nascido em Boliqueime conseguiu dar dignidade ao lugar transformando o buçal poço em fonte. Sim, sim, Fonte de Boliqueime cheirava a turismo e prosperidade, enquanto Poço de Boliqueime não podia ser mais povinho.
Ah! Que saudades desse Arcanjo dos Infernos que podia impunemente arrebanhar a Casa da Coelha, ganhar cem mil euros em ações do BES, aconselhar o povo que o banco era seguro, enquanto o mesmo apodrecia e arrastava tudo e todos saindo ele incólume e impoluto. Cavaco, sim era homem, sabia-a toda. Alguém lhe tocou por causa do BPN? Jamais, Dias Loureiro, Oliveira e Costa e Duarte Lima compunham o ramalhete daquilo a que o Observador chamou o lado negro da força: o Cavaquismo. Isso sim, tinham sido dias gloriosos, Bertinha.
Agora tudo começara a sair dos eixos quando os burros do PS quiseram ter uma Justiça mais forte e independente. Para quê? Os idiotas meteram a lenha toda na fornalha, deram força e poder à Justiça e agora queixavam-se que se estão a queimar? Burros. Minha cara confidente, toda a gente sabe que não se brinca com o fogo. A Justiça tinha um açaime perfeito, porque raio foi o PS mexer naquilo?
O Padrinho estava chateado. Agora até ele tinha que ter cuidado. Ele o Rei da Pérola do Atlântico. Que vergonha, que humilhação. Pois é Berta, “mudam-se os tempos…” por hoje fico-me por aqui, recebe um beijo saudoso deste teu eterno amigo,
Como correu este Carnaval aí para os lados do Algarve? Espero que o bom tempo te tenha ajudado a ter diversão e alegria com fartura e talvez também com farturas. A minha carta de hoje, contudo não tem graça, é que se no “Carnaval, tudo vale, menos ir para o hospital com as cuecas embrulhadas num jornal”, a prisão preventiva de mais um alegado pedófilo que, de há 3 anos a esta parte, abusava sexualmente da filha, hoje com 8 anos, e da enteada com 12, dá-me uma volta ao estômago como poucas coisas que vamos ouvindo são capazes de o fazer.
Na idade média, já no século XV, existiu um reino, a Valáquia, onde atualmente se situa geograficamente a Roménia, onde o Rei, de nome Vlad Dráculea, empalava os seus inimigos e os conterrâneos que decidia condenar à morte. O monarca chegou ao cúmulo de o fazer massivamente, numa altura em que se viu atacado por uma força armada muito superior à sua, empalando, num mesmo campo, a céu aberto, mais de 20 mil homens, mulheres e crianças.
A força opositora fazia parte do Império Otomano e a intenção do Sultão era obrigar Vlad a manter o pagamento de uma vassalagem ao império, que já vinha dos seus antecessores, e que este tinha interrompido bruscamente. Tal pagamento não representava apenas um tributo, mas o reconhecimento por parte do rei de que a Valáquia se encontrava sob o domínio otomano. Aconteceu, porém, que quando o exército inimigo chegou ao campo onde se encontravam recentemente empaladas as 20 mil vítimas, muitas delas ainda vivas e em total agonia, o sultão, totalmente horrorizado com o espetáculo, abandonou o ataque e ordenou a retirada do seu contingente de Valáquia, perdendo a vassalagem definitivamente.
Faço aqui um aparte para te contar que, estudos recentes, provaram que Dráculea poderia efetivamente ter conseguido que, após muitas experiências, do tipo tentativa e erro, as suas vítimas de empalamento, atravessadas por uma vara de pinho desde o ânus até à saída pela boca, sobrevivessem, algumas delas, até 48 horas, nessas condições.
Aliás foi este tipo de práticas sangrentas e horrorosas que inspiraram Bram Stoker a criar a personagem de Drácula, Senhor da Transilvânia (também parte da atual Roménia) vizinha de Valáquia, criando o vampiro sedento de sangue, seguindo a inspiração sanguinária de Vlad Dráculea, o Empalador.
Embora eu seja, normalmente e, poderei mesmo dizer, em princípio, contra a pena de morte, esta seria a pena mais justa para todos os violadores consumados e devidamente comprovados de crianças. Era um instante enquanto se acabavam os violadores no nosso país.
Não consigo sequer entender a demência de um predador deste tipo. Julgo até que se trata, realmente, de uma doença do foro psiquiátrico gravíssima, mas que não devia ter qualquer perdão. Os seus praticantes não merecem sequer a dádiva de continuarem vivos. Tal como aqueles que optam por comer carne humana e mais um bom role de transviados que infelizmente continuam a existir entre nós.
Em última análise porque, como disse, sou contra a pena de morte, deveriam, no mínimo, ser castrados e sujeitos a prisão perpétua sem possibilidade de redução de sentença.
Desculpa se te incomodei com esta carta, minha querida amiga, mas este é um dos assuntos que me faz sempre perder a calma, a lógica e a ponderação. Como despedida, por hoje, recebe um beijo deste teu amigo,