Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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hoje, minha querida amiga, jogar-se-á em Lisboa, no Estádio da Luz, a final da Liga dos Campeões (Europeus). Em termos de eventos deste estranho ano de 2020 é sem margem para dúvidas o evento mais mediático ocorrido no desporto mundial em 2020, mesmo contando com outros que, entretanto, se realizem até ao próximo 31 de dezembro. Sobre isso não existiram discussões, debates ou polémicas. Contudo, não fosse este um ano de eleições nos Estados Unidos da América, onde se vai eleger um Papa, e esta final teria sido o evento mais importante de todo o ano da trágica pandemia.
Eu disse eleger um Papa? Onde é que eu tenho a cabeça, deixei-me levar pela idade avançada dos candidatos. Peço-te desculpa, Bertinha, queria dizer um novo velho Presidente da República. Ao que parece deixei-me levar pela pouco tenra idade dos candidatos ao lugar.
Se os americanos não se previnem, arriscam-se a ter verdadeiras múmias paralíticas a concorrer às eleições presidenciais que se seguirem a esta. A coisa até poderá tornar-se mais grave pois, pelos vistos, qualquer morto-vivo tem legitimidade para concorrer ao cargo de Presidente Americano. Não ficava bem ver os Media a apresentarem, daqui a alguns anos, os candidatos zombeis mais charmosos daquela que ainda é a maior economia mundial.
Escrevi toda esta carta entre o final do dia de ontem e os primeiros minutos do dia de hoje. É nela que prevejo a vitória do PSG por uma diferença de 2 golos ao Bayern. Entre alemães e franceses não tenho a menor hesitação na escolha. Prefiro os franceses. Para além disso trata-se do regresso de Di Maria à casa que o fez nascer para o futebol europeu. É certo o que eu prevejo? Bem… não se tratou de uma previsão, mas sim de um desejo. Só que (e lá vou eu filosofar) eu acho que a vontade humana é capaz de mover montanhas. Pode é, infelizmente, a minha vontade não ser a mais indicada.
Fazer uma carta baseada em algo por acontecer acho que bate todos os meus recordes de “non sense”, porém, se eu tiver a sorte do meu lado, ficarei quase tão contente como se tivesse participado no próprio jogo. É como se o segundo golo da diferença tivesse sido marcado por mim. Dar-me-á um gozo tremendo. Ainda mais porque as casas das apostas dão a grande preferência aos alemães. O PSG ganhar, por diferença de 2 golos, aparece nas previsões e probabilidades das casas de apostas online, com uma possibilidade residual, praticamente impossível de se concretizar.
Se eu falhar nos meus anseios essa terá sido uma excelente carta cómica. Porém, não deixa de ser uma carta de esperança, igual a muitas outras onde apenas descrevemos não o que acontece, mas aquilo com que sonhamos. Faz parte do nosso existir e, por isso, mesmo que o PSG não tenha ganho, por 4-2 ou 3-1, esta carta que te envio, querida amiga, apenas demonstra que, mesmo no meio de uma terrível pandemia, a esperança humana continua a germinar e a desenvolver-se.
Um desenvolvimento mais rápido que o dos vírus ou bactérias, em que a propagação pode ser exponencial, podendo levar o Homem até novos mundos de conhecimento, de progresso e de sustentabilidade equilibrada num planeta que tão carente está deste princípio. Viva a esperança, mesmo que possa não ser a minha de hoje. Com as minhas desculpas pela maluqueira despeço-me com um beijo,
A Ressurreição de Jesus, e obviamente estou a falar do Benfica, já todos os meus amigos sabem que não me agrada, ainda há dias o referi aqui. Porquê? Porque este Jesus é o protótipo chapadinho do orgulho e narcisismo luso, cruzado com o Marialva do Cais do Sodré, ou com o pintas do Zezé Camarinha ou do 3 Beiços, lá dos Algarves, de tempos idos. Podia dizer que ele seria o Chico Fininho da cantadeira, mas Jesus não consome drogas, embora às vezes pareça, com aquele penteado e perfume bem semelhante.
Contudo, é o melhor exemplo que conheço do “Made in Portugal com muito orgulho”. Não gosto, e já não gostava em Cavaco Silva, do ar de quem nunca se engana e raramente tem dúvidas. Por outro lado, também não me agrada este novo Jesus emigrante regressado a casa, que, no seu “riquíssimo novo modo de vida”, abana a pulseira de ouro à “Senhorzinho Malta” e pouco sabe daquilo que se usa no português enquanto língua, incluindo a conjugação gramatical ou a sintaxe, semântica e tudo o resto.
Nem sequer gosto da importação excessiva de azulejos (entendam-se jogadores) para adornar a casa que, segundo as mais recentes influências bebidas no estrangeiro, precisa de renovação evidente. Embora concorde que algo tem de ser feito na equipa para animar as hostes e veja, com bons olhos, a possível, mas longínqua, contratação de Cavani.
O problema é a tendência de Jesus para algum exibicionismo desmedido, fruto da sua nova riquinha prosperidade (sim, porque uma riqueza começada há 10 ou 11 anos ainda é nova, na mesma). Com isso, o Benfica vai ter o Pedrinho, já contratado antes da chegada do Senhor, mais o Everton Cebolinha, o Gilberto, depois, anuncia-se Cavani, agora o Di Maria, também chegam rumores por de Bruno Henriques e de mais uma boa meia dúzia de grandes talentos de vários pontos do mundo do futebol.
Parece, à primeira vista, que o Benfica vai inscrever uma segunda equipa na Primeira Liga, tantos são os reforços sonantes que aparecem, por arrasto, associados a Jesus, a Deus (o treinador adjunto) e ao Espírito Santo (que é, na ostensão, uma espécie de Novo Banco, que embora anuncie tudo o que de bom existe no seu seio, não mostra o quanto de mal pode vir à tona).
Se o Senhor tem estes defeitos evidentes, que me desagradam de forma clara, também tem a qualidade do “Chico Esperto” nacional e do “Desenrasca” para todo o ofício. Por fim, os “Galifões” têm a caraterística de serem seguidos com afinco pela sua prole de fãs, neste caso: os jogadores, que, perante o Senhor, tentam muitas vezes demonstrar que também eles conseguem fazer milagres no relvado bendito. Dito isto, também é óbvio para mim, que, na presença de adversários, sempre defenderei o Benfica, mesmo que para isso tenha que engolir um sapo.
Neste caso, o sapo, é a hóstia sagrada e a doutrina de um Jesus que me desagrada, mas que tem de ter algum mérito face ao que fez recentemente no Flamengo, por exemplo, ou seja, não gosto, mas como, mesmo que para isso tenha que recorrer a alguma poção com o mesmo princípio ativo dos sais de frutos “Eno”.
Agora, e isso é inevitável, sou daqueles que estará de navalha em punho para a “noite dos facas-longas” quando Jesus meter o pé na argola. Pode parecer injusto, mas é a natureza humana. Ninguém critica aqueles de quem gosta, por vezes até lhes desculpa os defeitos, mas os que lhe provocam urticária que se cuidem, pois sobre esses pode muito bem cair o Carmo e a Trindade.
Sou daqueles que facilmente dirá, se Jesus tiver sucesso, que tudo se deve aos jogadores e ao clube e que estará sempre pronto para colocar Jesus ou Luís Filipe Vieira no banco dos réus se preciso for. Acima deles está o Benfica, o voo da águia, o vermelho e branco de uma paz conquistada com sangue suor e lágrimas, em caso de necessidade. É engraçado, mas quando o Senhor andava por terras de Copacabana eu até era um apoiante convicto, mas isso era longe, bem longe do meu amado Benfica. Pronto, e mais não digo. Recebe um beijo de despedida, amiga Berta, deste teu velho amigo,