Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Conforme já deves ter ouvido nas notícias, morreu ontem Diego Armando “Mão de Deus” Maradona. Um dos mais geniais futebolistas que o mundo, até hoje, teve o privilégio de ver jogar e de conhecer. O jogador que conseguiu ver validada uma vitória, num jogo de um campeonato do mundo, graças a um golo que ele mesmo meteu na baliza do adversário, com a ajuda de uma mão, ao que dizem, a de Deus.
Um génio adorado por um povo, por um país inteiro, a Argentina, mas odiado por muitos, pelos seus comportamentos, excessos, vícios e atitudes fora do âmbito das quatro linhas. Um ser controverso e complexo que, no conjunto global, o tornou uma figura única e incontornável do desporto mundial e do futebol em particular.
Um Deus do Desporto Rei, lembrado como poucos, principalmente por ser possuidor de uma genialidade única e irrepetível. Um semideus na Argentina onde até uma igreja e um culto foram criados para o venerar. Um Rei em Nápoles onde durante 7 anos serviu o clube homónimo com garra e honra elevando ao estrelato mundial a cidade mais pobre de Itália, precisamente na altura em que era o melhor jogador do universo.
Perdeu-se no álcool, nas drogas, nos radicalismos, nas farras, nos excessos, todavia, os fãs, sempre perdoaram.
Um perdão incondicional oferecido por um povo, pelas multidões de verdadeiros fãs e fanáticos para quem acima do homem está o génio que ostenta na sua mão ao alto a divina “Mão de Deus”.
Nunca fui um adorador do jogador, mas é impossível não lhe reconhecer o génio e o rasgo. Por isso, enquanto me despeço, amiga Berta, aqui deixo a minha mais sincera homenagem a Diego Maradona. Fica bem, com um beijo, de lágrima no canto do olho, deste teu amigo de todos os tempos,
Hoje vou-te confessar uma coisa. Acho que Portugal, genericamente, enquanto país, é um assassino calculista. Deves estar a interrogar-te: “—Que raio de conversa é esta?”. Contudo a coisa é simples. Desde que se realizou o sorteio da UEFA para apurar os grupos da primeira fase do Euro 2020 e se ficou a saber que estávamos no chamado Grupo da Morte, juntamente com os 2 últimos campeões mundiais, a Alemanha e a França, que eu tenho cá o palpite que ambos vão morrer nas mãos, aliás, nos pés, da nossa seleção.
Daqui a 6 meses e meio, quando jogarmos o primeiro jogo do Euro, a 16 de junho, e depois a 20 e a 26, vamos passar a ser conhecidos como os tomba-gigantes. Pelos comentadores e analistas que ouvi nos últimos 2 dias, as nossas hipóteses de sobrevivência no grup,o são tão remotas como a deputada do Livre ser beatificada pelo Papa.
Ora, eu acho precisamente o inverso. E na devida altura, tiraremos a prova dos 9. Cá para mim, vamos mesmo ser sanguinários, a lembrar a letra dos “Vampiros” de Zeca Afonso: “No céu cinzento, sobre o astro mudo, batendo as asas na noite calada, vêm em bandos com pés de veludo, chupar o sangue fresco da manada…” para terminarmos no refrão: “Eles comem tudo, eles comem tudo. Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo. Eles comem tudo e não deixam nada.”.
Pois é Berta, até os comemos. Veremos brevemente quem tem razão. Se eu, se os especialistas do nosso burgo, que traçam a tragédia Lusa nos écrans das televisões, antes de algum drama acontecer.
Pode até ser que o nosso seja o Grupo da Morte, mas nele, o carrasco frio e insensível chama-se Portugal. Temos uma série de jogadores em franca ascensão e vamos ter um Cristiano Ronaldo no máximo da sua forma. Vamos vencer, como fizemos em Aljubarrota e o Santo Condestável chamar-se-á Ronaldo. Duvido que o Papa Francisco o beatifique, tal como duvidava do mesmo, relativamente à deputada do Livre, mas acho que a imprensa o vai glorificar.
Aliás, como aconteceu com Jesus no Flamengo, que além de ter Deus como assessor, tinha a ganha de vencer e prevalecer, por muito que os arautos da desgraça e dos oráculos o condenassem ao fracasso. Em menos de 24 horas, talvez sob a graça de um Espírito Santo, chamado torcida do Mengão, o homem ganhou, como por milagre, um milagre chamado trabalho e acreditar, a “Taça dos Libertadores” e o “Brasileirão”, para espanto dos comuns mortais.
Todos o aconselharam a não aceitar o desafio e o homem foi, como quem enfrenta o Adamastor no Cabo das Tormentas. Foi, viu e venceu, porque é essa a fibra do ser Luso. Agora bruxas e adivinhos profetizam-lhe a nova desgraça no Mundial de Clubes, conta um tal de Liverpool, veremos se, relembrando Camilo Castelo Branco, se tratará da “Queda de um Anjo” ou se estamos perante um novo Vasco da Gama nos Lusíadas do futebol mundial.
O mesmo se irá passar com um tal de Fernando Santos, que leva uma legião de 23 anjos, para enfrentar as hordas selvagens de franceses e alemães. O sabor da vitória ganha proporções de rara iguaria quando o desafio é mais difícil, mas, como eu costumo dizer, minha querida amiga Berta, o impossível apenas demora mais tempo.
Despeço-me com um beijo e saudades, este teu amigo,