Carta à Berta: “A Prova dos Nove da Profecia de Haragano” ou a “Crónica do Impossível” - Epílogo
Olá Berta,
Entramos hoje no epílogo da “Prova dos Nove da Profecia de Haragano” ou, mais concretamente, a “Crónica do Impossível”. Ontem acabei a falar na capicua do número total de óbitos no mundo que chegou ao muito trágico valor de 2.722.272, o qual fazendo a operação dos noves fora não perfazia nenhum 666, mas apenas um único 6. Felizmente, embora sendo o primeiro algarismo do demo não era o número completo.
De repente vi o que ainda não vira, os 384 dias entre a primeira infeção e o dia 21/03/21 dera-me também um 6, ou seja, os algarismos dos quadros que faltavam (dias passados, total de recuperados e total de óbitos) cada um deles apresentava o algarismo 6. Ora, colocando todos, porque estavam intimamente relacionados num quarto e último quadro, teria outra vez o número de Satanás: 666 (ver quadro abaixo). Fiquei a olhar para o quadro de boca aberta. Era impressionante aquilo. Completamente incrível.
Fascinado com os quatro quadros, a apresentarem todos o número do cornudo, resolvi fazer um estudo paralelo. Apesar de tudo o que já tinha visto, estes números não podiam ser apenas fruto do acaso, nem sequer dizer respeito à profecia de acertar que entre março de 2020 e março de 2021 aconteceriam 123.456.789 infeções no mundo inteiro. Todos aqueles dados pareciam apontar para algo mais. Esta carta estava a transformar-se numa Crónica do Impossível e parecia apontar para a verdadeira Profecia de Haragano e não para um caso de sorte, em que aleatoriamente eu acertara no número de infeções mundiais a ocorrer no espaço de um ano e pouco.
Peguei nos meus livros de ciências ocultas e botei mãos à obra. Consultei vários livros, desde as “Profecias de Nostradamus” ao “Livro de São Cipriano”, passando pelo Oráculo Egípcio, pelo I Ching, pelas Runas, pela numerologia, pela astrologia (onde fiz a carta astral do dia 21/03/21) até ao “Relógio de Haragano”. Porém, não vou descrever aqui de onde fui tirando as minhas conclusões, pois nunca mais acabava, mas cheguei à conclusão que os quatro quadros representavam os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, sem tirar nem pôr.
O primeiro quadro representava a pandemia de Covid-19 (ou a Peste), o segundo quadro revelava a Guerra, os conflitos cada vez maiores contra os confinamentos em todo o mundo associados aos problemas climáticos e aos restantes conflitos mundiais, o terceiro quadro mostrava a Fome, também associada à grave crise económica a que as medidas da pandemia tinham conduzido, quando integradas nos outros já referidos problemas mundiais e, por fim, o quarto quadro, o mais complexo por ser o somatório de três números diferentes, apresentava-se como a Morte, o último dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
Ora, o mais interessante, foi que também cheguei à conclusão que o dia 21/03/21 é o momento zero, o ponto de partida da profecia. Assim sendo, posso afirmar que a humanidade tem dois caminhos daqui para a frente: um leva à vitória do caos e à glória dos Quatros Cavaleiros do Apocalipse, o outro conduz a população mundial ao regresso à normalidade e a um caminho parecido ao que tínhamos antes da pandemia.
A escolha é de todos, porém, existem dois números que não se podem voltar a repetir, pois já aconteceram em janeiro deste ano (embora em dias diferentes) e acabaram por despertar os Cavaleiros. Se os dois acontecerem em simultâneo entraremos numa nova Idade das Trevas. Assim se num mesmo dia tivermos mais do que 765.432 num único dia, no mundo inteiro, e, nesse mesmo dia, atingirmos no planeta, devido à pandemia, 15.651 óbitos o Diabo ficará à solta, o que é o mesmo que dizer que o caos já não terá retorno e o mundo enfrentará uma extinção em massa sem precedentes na história humana.
As capicuas são números enigmáticos e quando se ligam a desgraças tendem a instalar o caos. Já tivemos em termos de óbitos no mundo duas capicuas fatais: a primeira quando o número total de óbitos atingiu (a 21 deste mês) o fatídico número de 2722272 de óbitos registados e causados desde o início da pandemia. Também já tivemos 15651 mortos num mesmo dia, no mundo, em janeiro. Temos de evitar a todo o custo uma repetição deste triste total.
Portanto, em conclusão, “A Profecia de Haragano” diz que podemos sair de tudo isto se não tivermos um dia em que apareçam 765.432 infetados no mundo que causem 15.651 óbitos ou mais. A parte positiva é que, embora os casos estejam de novo a aumentar na Europa e na América do Sul, tudo aponta para que não voltemos a ultrapassar os 15,000 falecimentos num só dia. Há que ter fé, esperança e sobretudo muito acreditar. Espero ter-te agradado, minha querida amiga, despeço-me cansado desta Crónica do Impossível. Ainda bem que eu não passo de um aprendiz que brinca com os números. Deixo um beijo,
Gil Saraiva