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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta n.º 579: Apelo aos Habitantes de Campo de Ourique!

Berta 579.jpg Olá Berta,

Faz algum tempo que não conversava contigo. A vida não tem sido fácil, nos últimos tempos isso calhou-me a mim. É desesperante estar há meio ano na expetativa da chegada de uma reforma, que tarda mês após mês, já sem meios de subsistência. A luta por uma sobrevivência tem o poder de retirar a quem luta a capacidade da partilha. Desculpa o meu feitio minha querida Berta.

Como sabes odeio os coitadinhos e as coitadinhas deste mundo que se queixam de barriga cheia, porque não ganharam no Euromilhões ou porque partiram uma unha. Tudo serve para uma pieguice pegada, que nos faz esquecer quem verdadeiramente precisa de ajuda.

Hoje, depois do Festival da Canção da Eurovisão 2022, em que venceu, ontem à noite, a canção da Ucrânia, venho fazer um apelo de Campo de Ourique para o mundo, mas principalmente para ti, minha querida amiga, e para o meu Bairro, o Bairro de Campo de Ourique. Neste domingo, 15 de maio, pelas 19 horas e amanhã, segunda, 16, à mesma hora, toca, toquem, nos vossos telemóveis, aparelhagens e computadores a música da Ucrânia.

As minhas dificuldades são uma pieguice pegada se comparadas com o que tem passado o povo da Ucrânia. Invadidos, mortos, torturados, arrasados por um invasor vizinho, prepotente, que se instalou em Guerra apenas por cobiça do país de quem dizia ser irmão.

Sejamos solidários para com a Ucrânia. Já estou cansado e desgastado de ver esta guerra em direto na televisão, quase já não consigo ouvir as suplicas do seu Presidente, que o nosso governo promove até à exaustão para esconder que é o único país da Europa que passou a esconder: os dados diários da Covid-19, os problemas com a subida do custo de vida, os serviços que não funcionam, um governo em quem votei mas que se esquece facilmente dos seus eleitores, por muito que isto me custe dizer.

Estou farto da guerra pela televisão, mas continuo firmemente solidário com a Ucrânia e com a sua luta. Aceita o meu apelo, querida Berta e hoje e amanhã, pelas sete da tarde, toca a música da Ucrânia, que venceu o Festival da Eurovisão. Deixo o link do YouTube: https://youtu.be/Z8Z51no1TD0. Recebe um beijo de despedida deste teu amigo de sempre,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta nº.404: Benjamin Netanyahu - O Bárbaro

Berta383.jpgOlá Berta,


Em 2020, quando esta crónica foi iniciada eu falava de o governo israelita estar a impor restrições severas e discriminatórias aos direitos humanos dos palestinianos e a restringir a circulação de pessoas e bens para dentro e fora da Faixa de Gaza, bem como a facilitar a instalação de cidadãos israelitas em assentamentos na Cisjordânia ocupada, o que já era então uma prática ilegal segundo o Direito Humanitário Internacional.


As forças israelitas alocadas do lado israelita das barreiras que separam Gaza e Israel continuavam a realizar disparos com munição real contramanifestantes dentro de Gaza que, diga-se não representavam nenhuma ameaça iminente à vida, seguindo ordens de funcionários de alto escalão para abrir fogo, violando os padrões internacionais de direitos humanos. Segundo o al-Mezan, um grupo de direitos palestinos, as forças de Israel executaram 34 palestinos e, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, feriram 1.883 pessoas com munição real durante os protestos em 2019 até 31 de outubro.


Durante os primeiros nove meses de 2019, as autoridades israelitas aprovaram planos para 5.995 unidades habitacionais em assentamentos na Cisjordânia, excluindo Jerusalém Oriental, em comparação com 5.618 em todo o ano de 2018, de acordo com o grupo israelita Peace Now. Em setembro, autoridades do governo israelita aprovaram retroativamente o assentamento avançado de Mevo'ot Yericho no vale do Jordão, que até então era ilegal mesmo sob a lei israelita e poucos dias depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometer anexar o vale do Jordão caso fosse reeleito. Ora fazendo a atualização para 4 anos depois é preciso fazer algum enquadramento histórico.


Nada tenho contra os israelitas, nem contra Israel, por outro lado o que os judeus sofreram ao longo da história é ímpar na história da humanidade e isso é algo que merece o reconhecimento do mundo inteiro. Para além disso o atentado do Hamas que matou 1.200 pessoas e raptou 2,5 centenas é por demais condenável.


Porém, a resposta engendrada por Benjamin, quer na Faixa de Gaza, quer no Líbano, quer ultimamente na Síria é, porque não existe outra palavra para o descrever: Genocídio do Povo Palestiniano. Benjamin Netanyahu não permite sequer a passagem dos corredores humanitários mínimos para assistir o Povo Palestiniano e estes morrem aos milhares perante o olhar condescendente de um Ocidente complacente e adormecido que não reconhece o fanatismo cego e expansionista do Governo Israelita.


Benjamin Netanyahu é um criminoso de guerra e devia ser tratado como tal. Não se matam mais de 45 mil palestinianos com a desculpa que eles escondem terroristas do Hamas. Nem vou falar da invasão israelita à Síria ou ao Líbano, ambas absolutamente ilegais, nem das mortes e da destruição que estas causaram, basta ver as imagens de Gaza, para ver que estamos a lidar com facínoras fanáticos que parecem só querer parar a quando da extinção do Povo Palestiniano.


A ONU há mais 6 anos que denúncia as ações de Israel como ilegais. Ocupam e expropriam territórios que não lhes pertencem, expulsam populações a eito. E atualmente fazem da Palestina terra queimada, como se estivessem a desparasitar ratos de esgotos.


Se ninguém trava este facínora chamado Benjamin Netanyahu e o põe de vez atrás das grades ainda vamos assistir a muito sangue derramado. O que os terroristas do Hamas fizeram por altura do atentado é, neste concreto momento da história, uma gota de água se comparado com a reação do bárbaro e cruel exército de Israel. Por hoje, fico-me por aqui, despede-se com um beijo, este teu amigo de sempre,


Gil Saraiva

 

 

 

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