Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Como é evidente, minha querida, toda esta notícia, que te revelei no conjunto destas três cartas, e em primeira mão, encontra a verdade no restrito campo do alegadamente. Porém, convenhamos que, tudo isto, podia realmente acontecer e que seria tão realista ou mais do que o jogador viajar para as Arábias com um contrato de meio bilião de euros por uma, duas ou três épocas.
Ainda agora, que te relembro que toda a correspondência entre nós vive, hoje como sempre, no domínio do alegadamente, eu acho que toda a ideia tinha mais do que pernas para se concretizar. Bastava que, para isso, as pessoas certas tivessem as ideias corretas nos momentos exatos e envolvendo os devidos protagonistas numa total harmonia entre querer, crer e realizar.
Na verdade a realização dos sonhos de alguém só espera pela ideia peregrina e a vontade de quem pode e tem como realizar o que foi sonhado. É minha a frase de que: “o impossível apenas demora mais tempo” e eu acredito nela plenamente.
Todos temos direito às nossas fantasias, Berta. Sonhar não custa nada, não paga direitos de autor e é bem mais bonito do que ter de pensar como conseguir pagar uma dívida às Finanças ou como pôr o pão na mesa, todos os dias ao longo das semanas e meses do ano.
No meu caso concreto eu sonhei com Cristiano Ronaldo no Benfica e garanto-te, Berta: sonhar é lindo. Despede-se com um beijo de bom ano este teu eterno amigo,
Na primeira parte desta Carta à Berta, conforme pudeste ler ontem num absoluto exclusivo mundial, disse-te, minha amiga, que Cristiano Ronaldo será jogador do Benfica já a partir, e isto agora é novo, de 2 de janeiro de 2023.
Mas, Berta, vamos diretamente ao assunto:
Como ficou a reunião de Rui Costa com os órgãos do clube e com Jorge Mendes?
A SAD do Benfica e a direção do Sport Lisboa e Benfica aprovaram por completo o plano, principalmente quando, ao princípio da tarde, os números apontavam para um retorno económico deveras substancial. Faltava saber, minha cara amiga, qual seria o resultado das conversações entre Jorge Mendes e Cristiano Ronaldo. A resposta veio pelo final da tarde. CR7 autorizara o seu empresário a iniciar as negociações.
Durante alguns dias, Bertinha, foram discutidos valores, formas de pagamento, mais a possibilidade de um terceiro ano de prolongamento do contrato se todas as partes estivessem satisfeitas com o mesmo. A ideia peregrina de Roger Schmidt não só vingara como estava prestes a tornar-se uma realidade. Ontem, algures durante as vinte e quatro horas de dia dezasseis de dezembro de 2022, Cristiano Ronaldo tornou-se jogador do Sport Lisboa e Benfica.
Não me perguntes, minha amiga, porque não consegui saber nada mais a respeito desse assunto concreto, quanto é que o Benfica vai pagar a CR7. Não faço a mínima ideia. Sei que o contrato foi assinado com data de segunda-feira, dia 2 de janeiro de 2023 e que só nessa altura, com a entrega e efetivação dos papeis, a que acrescerá a comunicação à CMVM, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, é que toda a situação se tornará oficial.
Para mim, minha caríssima amiga, o que me interessa mesmo é que vou ver Cristiano Ronaldo a jogar com a camisola do Benfica já nesta época, dentro de alguns dias, menos de um mês e, portanto, posso dizer-te que é a melhor notícia sobre o Benfica que eu poderia alguma vez ter recebido.
Se tudo se passar da forma como fui informado o jogador, por agora, Bertinha, vai continuar os seus treinos no recinto do Real Madrid, em Espanha, e só se apresenta às ordens deRoger Schmidt a dois de janeiro do ano que vem. No entanto, para mim, é como se já tivesse vestido o equipamento e iniciado os treinos. Afinal, CR7 vestirá de vermelho e andará de águia ao peito. Que mais poderia um fã como eu vir a desejar?
Na próxima carta, minha gentil amiga, termino esta notícia exclusiva que te queria transmitir em primeira mão. Não sei se gostarás, tanto como eu, todas as novidades, mas espero, sinceramente, que sim. Despede-se com um beijo de boas festas este teu eterno amigo,
Esta é a primeira parte, de três, sobre a notícia desportiva mais incrível do ano. Estou a falar da até agora secreta negociação e contratação de Cristiano Ronaldo pelo Benfica já neste mercado de inverno. Sei, minha cara amiga, que tu, tal como eu, sendo benfiquista estás espantada com a revelação. No entanto, e por mais inacreditável que possa parecer, não são poucas as vezes que a realidade supera a ficção. Este é um desses casos.
Aqui há dias, Bertinha, ninguém sabia ao certo porque estaria o Cristiano Ronaldo a trazer a sua coleção de automóveis para Lisboa. Parecia mais a situação de alguém que estava de saída do Manchester United, do que a de quem se preparava para se mudar para a capital. A ideia de o Sport Lisboa e Benfica ir contratar Cristiano não passava pela cabeça de ninguém no mundo do desporto.
Um jornalista meu amigo, e que me ajudou com alguns dos pontos deste exclusivo, dizia-me que muita gente nem sequer conseguia entender porque é que CR7 tinha recomeçado os treinos no Real Madrid. Todavia, minha querida, a resposta era muito mais simples do que se pensava. Ronaldo, precisava de treinar perto da nossa capital sem que ninguém soubesse ao certo o que ele ia fazer com o seu futuro, pelo menos até as negociações entre Jorge Mendes e Rui Costa estarem terminadas.
A amizade entre Rui Costa e Cristiano Ronaldo vem dos tempos idos de 2004, aquando do Euro 2004, altura em que ambos confraternizaram na seleção e partilharam o balneário das quinas. Aliás, cara Berta, Cristiano Ronaldo nunca escondeu de ninguém que o seu clube de eleição enquanto adolescente fora o Benfica. Por outro lado, o facto do Sporting Clube de Portugal não estar atualmente a disputar a Liga dos Campeões, fez com que a hipótese de CR7 rumar a Alvalade ficasse, logo à partida, fora de questão. No entanto, e embora tenha sido guardado segredo, o melhor do mundo fez questão que Jorge Mendes informasse Frederico Varandas da situação, embora tendo-lhe pedido sigilo absoluto.
Mas o melhor de toda esta história é que a ideia não partiu da direção do Benfica, nem sequer de Rui Costa, nem mesmo de Jorge Mendes ou de CR7. Com efeito, amiguinha, o mestre por detrás desta verdadeira bomba é o atual treinador do Benfica. Foi Roger Schmidt o dono da ideia.
A reunião entre Schmidt e Costa ocorreu logo após a derrota da Seleção Nacional com Marrocos. Haveria, Berta, melhor forma de relançar o Benfica a nível internacional, agora que estavam a brilhar na Champions League da UEFA, do que lançando Ronaldo como reforço para os oitavos de final? Só a venda das camisolas e o retorno publicitário tornariam rentável a entrada de CR7 no clube encarnado. Já para não falar de todo o impacto positivo para o clube da Luz.
Na ideia do treinador a aposta tinha tudo para ser vencedora. Roger nem mesmo conseguia descortinar qualquer forma que fosse de o clube sair a perder com o negócio. Além disso, minha amiga, as possibilidades de conseguirem vencer a Champions aumentavam astronomicamente e, ainda por cima, tinham o jogador mais do que motivado para provar ao mundo que não estava acabado.
A possibilidade de Rui Costa contratar Ronaldo apanhou o Presidente do Benfica de surpresa. Pediu ao treinador vinte e quatro horas para se reunir com a direção do clube e da SAD e para sondar Jorge Mendes sobre a matéria. A ideia, minha amiga, que se lhe formava na cabeça era a de poder vir a contar com Cristiano por, pelo menos, uma época e meia e só esta possibilidade já era por demais sedutora. Ainda por cima com o Euro 2024 a chegar no final da segunda temporada, com tudo o que CR7 queria provar.
Para além disso, também seria uma forma de conseguir manter alguns dos seus melhores ativos no plantel por mais algum tempo, sem ter de lhes oferecer muito mais. O projeto tornar-se-ia, por si só, intensamente cativante.
Pois é, amiguinha, amanhã conto-te o resultado da reunião de Rui Costa com os órgãos do clube e com o empresário de Cristiano. Despeço-me com um beijo de Feliz Natal,
Li na ZAP Notícias de ontem, este sábado, um artigo que tenho mesmo que comentar contigo, minha querida amiga. A PETA, uma organização de defesa dos animais quer devolver a liberdade às águias do Sport Lisboa e Benfica. A organização apela no Twitter ao clube que solte as águias Vitória e Glória que costumam voar em torno do estádio nos eventos desportivos realizados no Estádio da Luz para regozijo e felicidade dos simpatizantes, adeptos, fãs ou até adversários do clube quando vão à Luz.
Segundo escreve a organização, através da sua filial no Reino Unido: “O lugar das águias não é em eventos de desporto” … e… “as aves usadas como mascotes são, frequentemente, feridas ou mortas em estádios” e ainda afirma que… “a sua presença nesses locais é igualmente perigosa para os adeptos…” aponta a filial da PETA no Reino Unido, cara Berta, e diz ainda que “um estádio iluminado cheio de adeptos barulhentos não é lugar para animais”.
Quem afirma isto é, nomeadamente a vice-presidente da PETA do Reino Unido, Mimi Bekhechi, numa missiva recebida pelo presidente do Benfica, Rui Costa, que também apareceu replicada no Twitter.
A PETA refere que os animais que se veem nestas condições tentam, frequentemente: “escapar, como aconteceu no Estádio da Luz há alguns anos…” e que… “Nessas condições, as aves facilmente ficam assustadas, desorientadas e em pânico – colocando-se e a outros em risco.” Afirma ainda a dita senhora, minha amiga, que: “A PETA tem registos detalhados de incidentes envolvendo aves usadas como mascotes noutros estádios – incluindo uma coruja que morreu após ser atingida por uma bola, águias que colidiram com paredes ou janelas de vidro e um falcão que pousou na cabeça de um fã, afundando as suas garras no couro cabeludo do homem…” e continua… “noutro incidente, um adepto de futebol ruidoso deu um soco na águia mascote da equipa rival.”
Depois, a mesma pessoa, cara Berta, torna-se criativa acrescentando: “Na natureza, estas aves magníficas percorrem vastos territórios, passam a maior parte do seu tempo acima das árvores, voam livremente e caçam em espaços amplos,” e termina afirmando que às águias do Benfica “é negada” esta “oportunidade de se envolverem no seu comportamento natural, o que leva a frustração e stress extremos.”
A organização, querida amiga, dispõe-se ainda a ajudar o Benfica, manifestando a sua originalidade, a substituir as águias por mascotes humanas, afirmando: “Se concordar em retirar as aves para um santuário, a PETA cobrirá os custos e substitui-las-á por um fabuloso disfarce de águia que será certamente um êxito junto dos adeptos do Benfica” e solicita por fim: “Por favor, juntem-se a outros clubes que mostram compaixão pelos animais, comprometendo-se a não usar animais vivos como mascotes.”
A reação dos benfiquistas no Twitter não se fez esperar. O apelo da PETA já é apelidado da “publicação anti Benfica do ano,” segundo resposta do comentador desportivo e ex-jornalista João Querido Manha, ainda outros utilizadores afirmam decididamente que as águias: “são bem tratadas” e que… “A humanidade está em pior estado do que as águias do Benfica,”. Já um utilizador do Twitter, Rui Braga, aconselha, minha amiga, a PETA a ajudar a “salvar a humanidade” antes de mais. Alguns rivais do SLB dizem, por seu lado que “é triste ver adeptos do Benfica a defender o indefensável”. Há ainda alguém que aparece identificado como Norte Benfica que se inflama escrevendo: “Acabe-se já com a águia a voar na luz, criada em cativeiro. A águia é para estar no seu ambiente selvagem.”
Segundo escreve também o site ZAP Notícias, já há sondagens no Twitter sobre o assunto e, ao que parece: “a continuidade das águias na Luz está a ganhar…” este é, resumidamente, o artigo publicado pelo referido site e o seu conteúdo merece, sem sombra de qualquer dúvida, o meu comentário, querida amiga. Aliás, sendo eu um confesso benfiquista, coisa que nunca escondi, jamais poderia deixar de o fazer.
Porém, não é o meu ser benfiquista que me leva a defender o que vou afirmar de seguida. É apenas uma questão de senso comum. Assim sendo, minha doce amiga Berta, eu penso o seguinte:
Da última vez que alguém teve a ideia peregrina de apreender a águia Vitória (não esta, mas a anterior águia com o mesmo nome), a coisa não correu bem. A ordem viera do ICN, Instituto de Conservação de Natureza, devido a uma denúncia, não sei se anónima ou não, e 12 aves de grande porte, incluindo a Vitória, foram apreendidas ao falcoeiro Juan Barnabé, o então treinador da águia do Estádio da Luz. Como se tratavam de aves de cativeiro, minha amiga, criadas desde a incubação dos ovos em cativeiro e, por isso mesmo, não podendo ser postas em liberdade, o ICN entregou-as aos cuidados do Centro de Recuperação de Aves do Parque Natural da Ria Formosa, por não ter a quem mais as entregar, embora este centro não tivesse capacidade para ter aves de rapina por tempo prolongado.
O resultado deste crime, foi que três anos mais tarde as aves foram de novo entregues ao falcoeiro, sabias Berta? Das 12 restavam apenas 7, as outras 5 já haviam morrido entretanto por falta de condições do Centro de Recuperação de Aves do Parque Natural da Ria Formosa, e as 7 entregues estavam em tão degradantes condições, desde queda de penas a padecimento diversos, que jamais poderiam voltar a voar. A Águia Vitória foi uma dessas sobreviventes, mas a quantidade de pus que acumulara nas patas e garras era tanta que nunca mais o animal recuperou o suficiente para lhe permitisse voar. Foi, contudo, muito mimada pelo seu treinador e acabou por falecer de causas naturais e outras derivadas pelo tempo passado na Ria Formosa.
Se o Benfica manteve as três águias que possuía em 2020, Glória, Luz e Vitória, cara amiga, (não sei ao certo, pois não tenho ouvido falar da águia Luz), acho bem que o disparate não se volte a repetir. Estes são animais criados em cativeiro desde a incubação dos ovos. Se não querem que as aves de cativeiro existam então que se acabem, de uma vez por todas, com as falcoarias e a permissão de se criarem, em cativeiro, aves de rapina. Isso sim, é uma medida sensata e, com ela, mais cedo ou mais tarde, o Benfica deixará de ter uma águia a sobrevoar o Estádio da Luz.
Quanto à idiota (lembro-me de palavras bem mais apropriadas para chamar à senhora Mimi Bekhechi, mas não me atrevo a escrevê-las aqui) vice-diretora da filial da PETA, no Reino Unido, o meu conselho é que se preocupe com as atrocidades que acontecem aos animais no seu território e que a comunicação social britânica relata com uma frequência quase diária. Procurar protagonismo à custa do Benfica é que não. Concordas, minha amiga? Porque não resolve ela o abandono por parte dos britânicos de cães de companhia, uma verdadeira pandemia de abandono que pode atingir, já este verão, os 27% dos cães de estimação do Reino Unido?
Para além disso, minha querida, a vice dirigente da PETA britânica fala de maus tratos à águia do Benfica, mas apenas refere que ela voou para fora do estádio uma vez (os outros exemplos apontados nada têm a ver com o clube da luz). Pois eu informo a dita senhora que a águia não saiu do estádio apenas uma vez, mas em duas situações e que, em ambas, o seu treinador a recuperou, no exterior do recinto, perfeitamente calma e serena, sem qualquer sinal visível de stress ou outra qualquer maleita.
Mais informo, minha amiga, a dita vice Mimi que vestir pessoas de águias e pô-las a voar à volta de um estádio, dificilmente poderá constituir um êxito junto dos adeptos do Benfica, já para não falar da possível saúde dos visados. Quanto ao perigo das águias para os adeptos e tendo em conta que as águias voam no Estádio da Luz há décadas, posso garantir, amiguinha, à mulher que quer protagonismo à custa do Benfica, que isso nunca se verificou. E, mesmo que algum dia isso se verifique, será a exceção e nunca a regra. Por isso sugiro que a Mimi desapareça rapidamente da vida do Benfica pois é persona non grata, por estas bandas.
O Benfica tem atualmente novo falcoeiro e novas águias e jamais permitirá, querida Berta, que o abutre Mimi circule pelo seu estádio. Quanto a colocar as aves num santuário ao cuidado da PETA já nos bastou o exemplo da Ria Formosa. Não, obrigado. Despeço-me com um beijo,
Este é um regresso ainda tímido de férias. Enviar-te-ei uma ou outra carta durante o mês de setembro, mas efetivamente estava mesmo a precisar desta paragem criativa. Como diz o povo, e bem, eu estava a precisar de recarregar baterias. O tema de hoje é sobre Cristiano Ronaldo.
Um matemático bastante premiado e igualmente excêntrico da prestigiada Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirma ter provado matematicamente que CR7 é o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Ora, como diz o povo, mais uma vez, se está provado é porque deve ser, mesmo se o cientista em causa tem ar de derivar do cruzamento de Albert Einstein com a cantora Lady Gaga.
Ora, minha querida amiga Berta, a fórmula criada para um algoritmo por Tom Crawfort (que me lembra, não sei porquê, Lara Croft no filme Tomb Rider) prova que Cristiano Ronaldo é o melhor jogador de sempre, enquanto Messi e Pelé são os seus companheiros de pódio. Destaco que o matemático da Universidade de Oxford, no Reino Unido, criou esta maravilha da matemática para determinar quem é o melhor jogador de futebol de sempre e pôr um ponto final numa eterna discussão sobre o tema. Segundo o próprio professor surreal não restam dúvidas, se as houvesse, que Cristiano Ronaldo é o melhor de todos os tempos, quer se goste ou não do nosso herói.
Consultando o pódio, que acompanha a ilustração desta carta, podemos constatar que depois do nosso jogador internacional estão, obviamente, Lionel Messi, e o brasileiro Pelé. Porém, para surpresa certa do povo argentino, fora do pódio fica Diego Maradona, o que significa que, para este povo da América do Sul, a matemática deve ser uma batata e que eles optam por escolhas mais divinas ou coca-dependentes, como parece efetivamente ser o caso concreto e sem grandes dúvidas temáticas.
Segundo as “Notícias ZAP” do portal nacional da aeiou.pt, amiga Berta, o estudo foi encomendado pelo LiveScore, um dos líderes entre os fornecedores mundiais de informações desportivas em tempo real. O próprio LiveScore confirma que foram analisadas dezenas dos jogadores de futebol mais importantes da história, desde o início da modalidade, confirma igualmente que a escolha dos critérios foi criteriosamente avaliada tendo gerado sete parâmetros de dados fundamentais.
Desta avaliação resultou que os principais elementos que elevaram a fasquia para Cristiano Ronaldo foram os seus títulos nos clubes, os golos internacionais e recordes individuais, tendo o atleta criado, com estas escolhas de avaliação uma pequena, mas determinante vantagem sobre todos os seus adversários mais próximos. Segundo o avaliador, querida amiga, para melhor entendimento dos leitores, a lista dos dez melhores jogadores de sempre foi apresentada em percentagem, onde 100% é a maior pontuação possível.
Tom Crawfort, o invulgar professor e teórico matemático da Universidade de Oxford, revela na sua entrevista, minha querida Berta, que adora aplicar a matemática em temas que possam suscitar o interesse das pessoas e que para isso escolhe temas de interesse de cariz popular ou generalizado pelas redes sociais. Afirma mesmo que, nos últimos anos, tem sido muito divertido gerar respostas matemáticas para estas temáticas e que o futebol não podia ficar de fora das suas escolhas evidentes.
Numa entrevista ao “Soccerex”, Tom Crawford explicou que, embora Cristiano Ronaldo tenha ficado no topo do seu algoritmo, é claro que as estatísticas de todos os outros jogadores foram absolutamente incríveis, e que está certo que o debate vai continuar. Na sequência da mesma entrevista o diretor de marketing do LiveScore, Ric Leask, afirmou que:
“Pela primeira vez, queríamos aplicar a ciência da matemática para nos ajudar a resolver a questão eterna, e tem sido fascinante ver o professor Tom Crawford falar sobre os números em nome de milhões de fãs em todo o mundo.” Tendo ainda afirmado que “O índice é muito mais do que uma pontuação; para nós, ajuda a encerrar um debate que se arrasta há gerações. Em maio, apoiamos o nosso homem ao revelar Cristiano Ronaldo como o nosso embaixador mundial da marca e agora sabemos com certeza que temos a matemática do nosso lado.”
De notar ainda, querida Berta, que os sete parâmetros adotados como critérios e tidos em conta foram:
1- Golos por Clubes,
2- Títulos por Clubes,
3- Golos por Seleções,
4 - Títulos por Seleções,
5 - Bolas de Ouro,
6- Recordes Individuais
7- Épocas Fator-Z — um nome atribuído ao impacto de um jogador nas competições nacionais e internacionais que, de forma significativa, o tornam superior, relevante e único, num determinado ano, quando comparado com os demais jogadores, num período temporal de cinco temporadas consecutivas.
A este último fator eu teria dado o nome de o “Ano de Génio”, mas isso sou eu que não sou matemático nem tatuado. Espero que a temática de hoje te tenha agradado, minha querida Berta, neste meu ainda tímido regresso a estas nossas cartas. Despeço-me com um beijo saudoso,
O site https://lifespray.wordpress.com/ publicou em três de dezembro de 2012, já lá vão quase nove anos, a notícia que seguidamente transcrevo sobre o meu amigo Victor de Campo de Ourique, que se mantém ativo, na sua bicicleta, a dar música ao Bairro de Campo de Ourique, ostentando a bandeira do seu clube (o Benfica) quer este esteja em forma ou tenha acabado de ser derrotado, como foi o caso do presente ano, pelo rival Sporting.
Não consegui até ao momento apurar quem são os autores do site, mas pela quantidade e qualidade de erros de ortografia que tive de corrigir, para passar para aqui a presente publicação, sou levado a concluir que não se trata de gente que domine bem a língua portuguesa. Aqui vai o seu conteúdo:
Afinal, o Homem da bicicleta não é maluco. Afinal, o que ele é, é um homem livre. Que vai atrás do que gosta e gosta do que traz atrás. Dá música por onde passa, deixa um rasto nos olhares que somos nós, que sem saber já nos conformámos, descontando a sua loucura.
Mas, afinal de contas, o homem assim decidiu a sua vida levar: anda de bicicleta com uma telefonia empoleirada, mas bem amarrada, a bandeira do seu clube de eleição (Benfica é a sua cor), bronzeado sempre, concentrado no transito e a deslizar pelas ruas de Lisboa.
Encontro-o muita vez no Jardim da Estrela ou nas Amoreiras, depende da hora do dia. Mas, Campo de Ourique é o seu bairro. E confere. O senhor da Bicicleta aos 49 anos anda à procura do Amor. E não desiste, faz ele bem.
Pelo que consegui entender este site, que mais parece um blog, embora mantenha o acesso na internet, teve a curta duração de um mês. Nada é dito sobre o seu autor ou autora, nem mesmo ficamos a saber se estamos a lidar com uma pessoa de nacionalidade portuguesa. Porém, o que aqui se destaca é que, nas parcas publicações feitas no site, cerca de meia dúzia, uma delas é dedicada ao nosso ciclista de eleição em Campo de Ourique, o senhor Victor, ferrenho adepto do Benfica, que enche, há mais de duas décadas, o coração de Campo de Ourique com as melodias ambulantes, transmitidas em alto som, a partir da sua passagem de bicicleta pelo bairro sempre que está sem trabalho.
Hoje, enquanto te escrevia esta segunda carta, amiga Berta, sobre o meu amigo Victor, entrei no meu blogue, para verificar da aceitação ou não, da primeira carta sobre ele, principalmente a reação à mesma por parte dos utilizadores do Facebook. Ora, sempre que te escrevo uma carta, costumo ter uma afluência média de leitores entre cinquenta a setenta pessoas, maioritariamente de gente que me acompanha os blogues através do Facebook. Desta vez, em apenas dezasseis horas, tive mais de duas mil visitas à carta. A grande maioria (de um modo esmagador) de gente solidária ou agradecida a este típico ícone do bairro de Campo de Ourique, o ciclista, pintor e faz-tudo, benfiquista, o bem-disposto e meu amigo, Victor.
Face a isso resolvi lançar hoje aqui um pequeno apelo: se nos próximos dias passar pelo ciclista de Campo de Ourique por favor não se iniba e lance-lhe um “obrigado Victor” para que ele saiba que é querido pelo esforço que faz, à sua maneira tão peculiar, de espalhar alegria por todo este bairro, ou, se não quiser gritar, mostre-lhe os dois polegares bem para cima.
Quanto a ti, amiga Berta, obrigado pela tua resposta à carta de ontem. Fico contente que, também tu, gostes do Victor como eu gosto. Despeço-me com um beijo saudoso, feliz com essa tua opinião,
A Ressurreição de Jesus, e obviamente estou a falar do Benfica, já todos os meus amigos sabem que não me agrada, ainda há dias o referi aqui. Porquê? Porque este Jesus é o protótipo chapadinho do orgulho e narcisismo luso, cruzado com o Marialva do Cais do Sodré, ou com o pintas do Zezé Camarinha ou do 3 Beiços, lá dos Algarves, de tempos idos. Podia dizer que ele seria o Chico Fininho da cantadeira, mas Jesus não consome drogas, embora às vezes pareça, com aquele penteado e perfume bem semelhante.
Contudo, é o melhor exemplo que conheço do “Made in Portugal com muito orgulho”. Não gosto, e já não gostava em Cavaco Silva, do ar de quem nunca se engana e raramente tem dúvidas. Por outro lado, também não me agrada este novo Jesus emigrante regressado a casa, que, no seu “riquíssimo novo modo de vida”, abana a pulseira de ouro à “Senhorzinho Malta” e pouco sabe daquilo que se usa no português enquanto língua, incluindo a conjugação gramatical ou a sintaxe, semântica e tudo o resto.
Nem sequer gosto da importação excessiva de azulejos (entendam-se jogadores) para adornar a casa que, segundo as mais recentes influências bebidas no estrangeiro, precisa de renovação evidente. Embora concorde que algo tem de ser feito na equipa para animar as hostes e veja, com bons olhos, a possível, mas longínqua, contratação de Cavani.
O problema é a tendência de Jesus para algum exibicionismo desmedido, fruto da sua nova riquinha prosperidade (sim, porque uma riqueza começada há 10 ou 11 anos ainda é nova, na mesma). Com isso, o Benfica vai ter o Pedrinho, já contratado antes da chegada do Senhor, mais o Everton Cebolinha, o Gilberto, depois, anuncia-se Cavani, agora o Di Maria, também chegam rumores por de Bruno Henriques e de mais uma boa meia dúzia de grandes talentos de vários pontos do mundo do futebol.
Parece, à primeira vista, que o Benfica vai inscrever uma segunda equipa na Primeira Liga, tantos são os reforços sonantes que aparecem, por arrasto, associados a Jesus, a Deus (o treinador adjunto) e ao Espírito Santo (que é, na ostensão, uma espécie de Novo Banco, que embora anuncie tudo o que de bom existe no seu seio, não mostra o quanto de mal pode vir à tona).
Se o Senhor tem estes defeitos evidentes, que me desagradam de forma clara, também tem a qualidade do “Chico Esperto” nacional e do “Desenrasca” para todo o ofício. Por fim, os “Galifões” têm a caraterística de serem seguidos com afinco pela sua prole de fãs, neste caso: os jogadores, que, perante o Senhor, tentam muitas vezes demonstrar que também eles conseguem fazer milagres no relvado bendito. Dito isto, também é óbvio para mim, que, na presença de adversários, sempre defenderei o Benfica, mesmo que para isso tenha que engolir um sapo.
Neste caso, o sapo, é a hóstia sagrada e a doutrina de um Jesus que me desagrada, mas que tem de ter algum mérito face ao que fez recentemente no Flamengo, por exemplo, ou seja, não gosto, mas como, mesmo que para isso tenha que recorrer a alguma poção com o mesmo princípio ativo dos sais de frutos “Eno”.
Agora, e isso é inevitável, sou daqueles que estará de navalha em punho para a “noite dos facas-longas” quando Jesus meter o pé na argola. Pode parecer injusto, mas é a natureza humana. Ninguém critica aqueles de quem gosta, por vezes até lhes desculpa os defeitos, mas os que lhe provocam urticária que se cuidem, pois sobre esses pode muito bem cair o Carmo e a Trindade.
Sou daqueles que facilmente dirá, se Jesus tiver sucesso, que tudo se deve aos jogadores e ao clube e que estará sempre pronto para colocar Jesus ou Luís Filipe Vieira no banco dos réus se preciso for. Acima deles está o Benfica, o voo da águia, o vermelho e branco de uma paz conquistada com sangue suor e lágrimas, em caso de necessidade. É engraçado, mas quando o Senhor andava por terras de Copacabana eu até era um apoiante convicto, mas isso era longe, bem longe do meu amado Benfica. Pronto, e mais não digo. Recebe um beijo de despedida, amiga Berta, deste teu velho amigo,
Hoje começo o dia tristonho. O Benfica, o meu clube do coração, voltou a perder mais um título para o FCP. Já não bastava a triste figura de Bruno Lages no final do campeonato, com a substituição manhosa por um desconhecido, como, para terminar o ano futebolístico em beleza, depois de oferecermos o campeonato ao Porto, ainda lhes entregamos de bandeja a Taça de Portugal. A jogar contra 10, numa atuação miserável da nossa parte.
Parabéns aos vencedores das 2 competições, pois que a sorte protege os audazes, disso não tenho a menor dúvida. Não é que o Porto tenha feito muito melhor do que o Benfica, porém o que fez foi suficiente e isso diz tudo. O meu clube perdeu em toda a linha. Perdeu a garra, a vontade, o espírito.
Acaba o ano sem conseguir levar a cabo a operação preparada para a bolsa de valores, perde o treinador em desgraça, promove um treinador de segunda categoria, vai parar (com o seu presidente junto) ao banco dos réus da justiça, contrata um treinador para a próxima época que eu jamais queria voltar a ver na Luz (independentemente de ele poder vir a ganhar seja lá o que for) e termina a lançar umas camisolas para a próxima época que desrespeitam, em absoluto, as cores e a matriz benfiquista com os emblemas em dourado e preto ou em prateado e preto.
Com efeito, sem saber como, descubro que o Benfica está de luto. A morte do espírito da águia até pode ser uma ilusão destes tempos de Covid, mas não é desculpa para nada. Os outros também tiveram a pandemia e o mesmo tipo de problemas.
Tristemente, nada me parece desculpar todo o sucedido. Nada não. Talvez a soberba. Quem é religioso considera-a um pecado mortal. Quanto a mim, bem… para mim, foi um sentimento fatal.
Espero que o Benfica volte à glória e só um evento me fará dar atenção ao Benfica no ano futebolístico que se avizinha: estou a falar da contratação de Cavani. Se este facto terminar em mais um logro, restar-me-á apoiar o regresso do Farense à Primeira Liga. Uma equipa da terra onde vivi a infância e a juventude. Viva o Farense.
Despeço-me com um beijo tristonho, minha querida amiga. Hoje seria um bom dia para ir jantar fora contigo e rir-me um pouco com a tua boa disposição, mas estás longe, e a possibilidade não existe. Até amanhã, mais um beijinho deste teu amigo,
Espero que esta carta te vá encontrar de boa saúde. Eu hoje estou um pouco triste. O Benfica foi ao Porto jogar e, infelizmente, contraiu o Corona. Falta saber se é mesmo o vírus. Pelo que se fala, vai ficar pelo menos 3 dias de quarentena, para despistar a maleita. É bem feito que é para aprender que as estratégias se planeiam jogo a jogo. Não há, nem nunca houve, uma fórmula mágica geral contra as epidemias. Afinal treinador prevenido vale por 2. Não achas?
Há quem diga, ainda, que a culpa foi do hotel, que andou a dar cerveja mexicana aos jogadores, mas não me parece que a Corona Extra fizesse mal a todos os atletas e pior ainda ao treinador. Se fosse por mim era uma laje pela cabeça abaixo, não muito grossa, apenas o suficiente para fazer galo, para ver se o homem não arranja desculpas parvas para mais uma humilhação. Já chega, diria um certo político que também parece ser do Benfica, pelo menos, a ter em conta, a quantidade de disparates que vomita.
Eu, por enquanto, estou convencido que é alergia ao Dragão. Nunca se sabe se o bicho não tem assim uma espécie de bafo de onça. Ah, por falar nisso, que rico tema que a minha querida me arranjou para hoje, já não chegava a minha disposição:
O amigo da onça. Não me bastava o bafo do animal, a espalhar a nova gripe das aves pela Águia, ainda tenho essa quadra para criar. Se a quadra sair com asneira à mistura não te admires, pois, como deves calcular, não me encontro nos meus melhores dias. Tentarei, dentro do exequível, ser o mais suave possível.
Série: Quadras Populares Sujeitas a Tema - 4) O Amigo de Onça.
O Amigo da Onça
Se queres ser meu amigo,
Mal de mim não digas tu,
Acredita que consigo
Mandar-te levar no cu.
Gil Saraiva
De repente sinto-me mais relaxado. Desabafar fez-me bem. Despeço-me com o costumeiro beijo saudoso, deste teu grande amigo que não de esquece, sempre ao teu dispor e com a maior das considerações,
Espero que estejas contente com os resultados desta semana europeia de futebol. De todas as mulheres que conheço, e ainda conheço algumas, tu, minha amiga, és das que mais adoram futebol. Não é muito normal, mas quem sou eu para me queixar disso. Assim sempre temos mais um tema de conversa. Contudo, acho muito estranho essa tua mania de dizeres que o teu clube é a Seleção Portuguesa. Eu bem te vou tentando puxar para o meu clube, mas tu és mesmo inflexível.
Hoje apenas te trago uma novidade engraçada. Sabias que um quarto dos treinadores cujas equipas passaram para os 16 avos de final da Liga Europa são portugueses? Parece coisa de fantasia ou de livro de ficção. Porém, com efeito, 25 porcento é o número redondo deste feito. Numa competição, onde participam 40 países, haver um deles com uma representação tão elevada de treinadores só pode significar que alguma coisa boa se passou nesta nossa pequena terra à beira-mar.
Já agora digo-te quais são os treinadores e os clubes respetivos. Então é assim: pelo Olympiakos está o Pedro Martins, pelo Shakhtar Donetsk tens o Luís Castro, pelo AS Roma encontras o Paulo Fonseca, pelo Wolveramphton a liderança pertence ao Nuno Espírito Santo, pelo Sporting é a vez do Silas, pelo Sporting de Braga tu sabes que é o Sá Pinto, pelo Porto o treinador é o Sérgio Conceição e, finalmente, pelo Benfica a estrela é o Bruno Lages. O que achas tu deste lote de notáveis? É impressionante.
A somar a isso tudo ainda temos o José Mourinho com o Tottenham, na Liga dos Campeões. Somando todos dá 18,75 porcento de treinadores portugueses ainda em prova nas competições da UEFA. Mais um feito nunca antes atingido. Eu, para ficar mais contente agora, só me faltava ver o Jorge Jesus consagrar-se campeão no mundial de clubes. Era a cereja no topo do bolo nesta fase das competições.
Já sei que me achas um sonhador, mas ainda te lembras, por certo, quando eu te disse que ele ia ganhar o Brasileirão e a Taça dos Libertadores. Na altura riste-te de mim, mas acabaste por dar a mão à palmatória. Enfim, estou contente, oxalá toda esta malta tenha sucesso este ano, lá para o fim, quando as competições terminarem. Nós já regressámos ao sexto lugar do ranking da UEFA, sexto em 40 países é obra, e, para o ano, já teremos 6 equipas a iniciar as provas das competições europeias.
Sei que nada disto me põe comida na mesa, minha querida Berta, mas alimenta-me a alma e ela agradece. Deixo-te um beijo de despedida, um “bué da gande”, deste amigo que não te esquece,