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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta n.º 580: ALERTA - Marcha Popular de Campo de Ourique e Saída de Metro no Jardim da Parada

Berta 580.jpg Olá Berta,

Campo de Ourique, talvez porque vivo neste maravilhoso bairro volta a estar na minha ordem do dia. Estou feliz porque o Bairro de Campo de Ourique voltará a participar nas Marchas Populares de Lisboa este ano, como habitualmente no próximo dia 12 de junho de 2022.

Não se trata de um bairro qualquer a participar nas marchas, mas sim de um dos Bairros Fundadores e Participantes no Primeiro Desfile no Parque Mayer em 1932, há precisamente 90 anos, nesta que sempre tem sido uma das mais claras homenagens ao Santo António.

Sob o lema “Campo de Ourique, Arraiais, Fado e outras coisas tais” o Bairro de Campo de Ourique marchará, novamente, este ano, na Avenida da Liberdade. Os preparativos e ensaios, ficam muito a dever-se aos Alunos de Apolo, e não pela primeira vez, mas a colaboração tem também outras gente e instituições envolvidas como não podia deixar de ser. A 29 de março tiveram início os ensaios que envolvem jovens dos14 aos 60 anos.

Contudo, a organização tem um apelo muito importante a fazer a todo o nosso Bairro: É preciso arranjar mais homens que queiram e possam entrar na Marcha. Por isso rapaziada toca a contactar com urgência os alunos de Apolo, eles tratarão de vos envolver no elenco, com todo o gosto e satisfação.

Se as Marchas Populares de Lisboa este Santo António são uma excelente notícia, já o rumor, cada vez mais forte e preocupante de que o Metro de Lisboa quer fazer uma saída em pleno Jardim da Parada revolta até os estômagos mais resistentes de qualquer habitante do Bairro de Campo de Ourique.

Por isso mesmo faço um outro apelo hoje. Quem está contra uma saída do Metro de Lisboa no Jardim da Parada, por favor envie um email, com os nomes e identificação do vosso agregado familiar, a dizer o seguinte: “Esta Família (ou apenas eu, se for o caso de viver sozinho) está contra a Saída do Metro no Jardim da Parada e igualmente contra o abate das suas árvores centenárias.”

Amiga e querida Berta, como também já cá viveste, peço-te que não te esqueças de enviares o teu email. O endereço para enviar esta opinião é: geral@jf-campodeourique.pt, deixo um beijinho do teu amigo de sempre,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta n.º 577: Alerta DGS - Os Serviços Secretos da Saúde em Portugal

Berta 577.jpg Olá Berta,

Há quem diga que somos um país transparente, mas isso não é assim e nunca foi. O Estado em Portugal sempre preferiu a opacidade e o segredo a dar conhecimento ao povo daquilo que faz e das decisões que toma e em que são fundadas. Efetivamente, é mais fácil decidir se, quem tem de cumprir, não souber bem porque é que o tem de o fazer. Está na lei, dizem.

Podem pensar alguns que esta é a maneira socialista de governar, mas o erro será grave para quem pense desta forma. Este modo de agir vem dos tempos da monarquia, da ditadura e manteve-se depois de iniciada a democracia. Porém, como dá jeito, nunca se acabou com isso. Não importa se é o PS ou o PSD quem controla o Governo, porque ambos agem, nesse campo específico, exatamente da mesma maneira.

Desta vez foi a DGS (leia-se Direção Geral de Saúde) que decidiu tornar ainda mais opaca a pandemia em Portugal. Já existiam laivos graves de secretismo, todos sabemos que os dados da pandemia por freguesia, embora fossem conhecidos do Governo, nunca foram transmitidos ao público. Contudo, já nos tínhamos habituado a esta opacidade, agora, na ânsia da DGS se tornar em DGSS (leia-se Direção Geral de Saúde Secreta), o Ministério da Saúde permitiu que a esta direção geral se tornasse, de um momento para o outro, na Direção de Saúde mais secreta do mundo, aliás, corrigindo, na segunda Direção de Saúde mais secreta do mundo, pois que o primeiro lugar é ocupado pela Coreia do Norte, no que há divulgação dos dados da COVID-19 diz respeito.

Com efeito, até a Rússia Czarista de Putin é mais transparente relativamente aos dados da COVID-19 do que a nossa DGS. É triste que estejamos no 225.º lugar, em 226 países e territórios do total mundial, no que à transparência dos dados da COVID-19 diz respeito. Nem a China, nem a Venezuela, ocultam desta forma e com tanto apego os dados relativos à COVID-19. Aliás, conforme já disse e reforço, pior que nós só mesmo a Coreia do Norte.

Poderão os mais despreocupados dizer que também não precisamos de saber tudo. Que vivemos num país de medricas e que era preciso afastar da cabeça dos portugueses o fantasma da COVID-19. Todavia, o mais grave é que a DGS não está a ocultar os dados apenas da generalidade dos portugueses. Está enganado quem pensar que assim é. Até os especialistas, aqueles que até agora, desde que a pandemia começou, tinham acesso aos dados, para poderem criar os cenários de atuação ou fazer previsões da evolução futura da pandemia, ficaram, de um momento para o outro, sem acesso aos dados.

Mais grave ainda é que a tabela semanal divulgada pela DGS, vem agora carregada de erros. Por exemplo, esta semana, pelos dados divulgados e fazendo as contas seria de pensar que o famoso RT era inferior a 1, mas é o próprio relatório da DGS que afirma que ele já se encontra em 1,06. A coisa é de tal forma alarmante que o matemático Henrique Oliveira, veio esta semana denunciar que tudo está mal nesta nova atitude da DGS porque ela torna, assim, "verdadeiramente impossível fazer previsões a médio e longo prazo”, uma vez que os relatórios não incluem os dados diários e reportam dados com dias de atraso.

O matemático vai mais longe e chega a dizer que o novo relatório “é um relatório pobre” e que, “como matemático, não hesitaria em chumbar um aluno" que lhe "apresentasse um relatório destes”, com “muito pouca qualidade”. O homem diz não perceber “porque é que de repente números que são conhecidos das autoridades de saúde ficam secretos” e pede que: “Divulguem os dados, não soneguem informação, não escondam informação dos cidadãos”, para acrescentar que: é "verdadeiramente impossível fazer previsões a médio e longo prazo, uma vez que os relatórios não incluem os dados diários e reportam dados com dias de atraso, por serem divulgados à sexta-feira, com informação relativa à segunda-feira anterior.” Por isso, afirma: “É completamente impossível monitorizar e prever. E é completamente impossível atuar.”

Este e os outros especialistas que frequentavam as reuniões do INFARMED, para aconselharem o Governo nos passos a dar seguidamente, dizem que deixaram de ter acesso a qualquer informação credível, fiável e fidedigna, como até aqui acontecia. Ora sem isso, dizem, o país está a navegar completamente às cegas a coberto da guerra da Rússia e da invasão da Ucrânia.

Porém, afirmam, que o mais grave é que tudo aponta para estarmos a caminhar para uma sexta vaga e para um novo fenómeno já chamado de Longo Covid, uma doença que não fica no hospedeiro por uns dias, mas que pode demorar semanas ou meses a passar. Se nada for feito, afirmam, podemos um destes dias acordar no olho da tempestade perfeita, só que, nessa altura, será tarde demais para atuar.

É assim, minha querida Berta, que este nosso país à beira-mar plantado continua. Sujeito às birras de uma Graça Freitas (e companhia), que pretende retomar o poder perdido e agir a seu belo prazer. Só espero que alguém faça alguma coisa a tempo, enquanto há tempo. Despeço-me por hoje, com um beijo saudoso,

Gil Saraiva

 

 

 

Carta à Berta: 169 infetados com o Covid-19.em Portugal. Tolerância, Paciência e Calma.

Berta 143.jpg

Olá Berta,

Não sei se te lembras, mas ainda na quinta-feira eram 78 os infetados confirmados com o Covid-19. Hoje, sábado são já 169 os casos de infeção no país, mais do dobro. Face a terça-feira, quando os doentes chegaram aos 39, passa o quadruplo e em apenas 4 dias. Eu sei que números são isso mesmo, apenas números, mas, por detrás destes algarismos, está gente como nós.

Haverá certamente uma explicação para este aumento galopante de infetados. Claro que há. Quem não conhece uma, duas ou três pessoas que não fez caso dos alertas? É evidente que todos conhecemos. Todavia, ainda estamos a tempo de acordar. Se nos unirmos nesta luta contra este inimigo fantasma, que não se vê, nem se sente, até já nos ter atacado, pode ser que ainda se vá a tempo.

Unir, estranhamente, significa mantermo-nos afastados, evitarmos o contacto com terceiros, convivermos menos e mantermos um confinamento social, que nada tem a ver connosco, enquanto povo lusitano. Somos mais alegres e mais sociáveis do que alguma vez imaginámos. Temos um presidente de afetos porque somos um povo de afetos. Ainda bem que assim é. Serão precisos muitos afetos quando tudo isto terminar. Até lá, teremos que os manter guardados se queremos vingar enquanto nação. Para além disso, precisamos de começar a pensar positivo.

É urgente guardarmos junto aos afetos a nossa tendência para dizer mal de qualquer coisa e para criticarmos tudo e todos por tudo e por nada. Se pensar positivo faz falta, que venha ele, o pensar com otimismo. Afinal, dos 169 casos já existem 2 que não estão ativos. É de realçar também que: ainda não se registou nenhuma morte em Portugal. Excelente!

Na verdade, se olharmos para, por exemplo, Hong-Kong já tem 4 mortes com apenas 138 casos e a Argélia com 37 doentes infetados vai no terceiro óbito. Alguma coisa devemos estar a fazer bem. Eu sei que temos 10 pacientes em situações mais graves ou críticas, porém, ainda não perdemos ninguém.

Para além disso somos um povo extremamente solidário e resiliente. Vamos ter todas as oportunidades para provarmos que assim é. A crise, a que acresceu a chegada da Troika, foi forte, abalou o país, contudo, a atual é múltiplas vezes mais grave e profunda. Resistir, acatar, evitar o conflito e o desgaste da má língua, são imposições imperativas para os próximos tempos.

Estamos em Estado de Alerta Nacional, e isso pede de nós que estejamos verdadeiramente alerta. Atentos aos procedimentos de contacto, atentos a quaisquer sintomas, retirados nos nossos lares (aqueles a quem isso for possível), porém, acompanhando ao máximo a informação, que for sendo prestada pelos meios de comunicação social, e prontos a agir, se para tal formos solicitados.

Uma palavra é extremamente importante: Tolerância. Principalmente associada a outra, a Paciência, e auxiliada por mais uma, a Calma. Com estas 3 juntas vamos ser muito difíceis de mandar abaixo. Com elas, iremos evitar o pânico, resistir à adversidade e estarmos atentos, pois nunca se sabe quando até poderemos vir a ajudar, seja lá no que for, se por acaso acontecer.

Não me vou alongar muito mais, amiga Berta, precisamos de amor, entendimento e compreensão. Precisamos de todos nós. Afinal, podemos estar isolados, mas nunca estaremos sós. Despeço-me com uma quadra que fiz tem algum tempo, aliás já te a mandei, mas que, à moda de o António Aleixo, vem, agora, na altura certa:

Sorria, nunca ande triste

Pelos caminhos da vida,

Que a vida, que em nós existe,

Não tem volta, só tem ida!

Gil Saraiva

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