Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente
correto.
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Começaram ontem os debates entre os candidatos à Presidência da República Portuguesa. Sobre Marcelo Rebelo de Sousa não vou fazer grandes juízos de valor. Toda a gente tem uma opinião formada sobre o Professor Marcelo e sobre o Presidente que tivemos nos últimos cinco anos. Será quase de certeza absoluta o grande vencedor das eleições deste mês a não ser que aconteça alguma calamidade ao próprio, o que não se antevê.
Contudo, estes debates não são apenas para que se possa escolher um candidato. Eles servem para aferirmos o tipo de políticos que temos no país (e as ideias que aqueles que são apoiados por partidos beberam dos mesmos ou o que defendem os que concorrem por sua conta e risco, sem a rede partidária por detrás).
Pude constatar que Marisa Matias é uma Senhora. Não só manteve total respeito pelo candidato Presidente, como não teve qualquer problema em reconhecer aquilo que considera méritos ou deméritos no seu opositor, esclarecendo perfeitamente aquilo que defende e qual é a sua linha de pensamento relativamente ao que deve ser um Presidente da República Portuguesa oriundo da área da esquerda democrática com representação parlamentar quer na Assembleia da República quer no Parlamento Europeu, onde aliás atualmente exerce funções.
O candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira teve a garra necessária para não se rebaixar perante o seu opositor e foi claro em explicar o que defende, mesmo perante o imoral comportamento da moderadora da TVI que não soube, não quis ou teve ordens para deixar que se instalasse o caos, no respetivo debate. Para minha surpresa não trazia nos apontamentos nada que pudesse ser conotado com a velha cassete comunista. Foi coerente na apresentação da sua visão do papel presidencial e deixou clara a defesa inequívoca da Constituição da República Portuguesa. Tem nível, é não apenas bem parecido como bem formado e sabe na perfeição o que quer e ao que vem.
Quanto a André Ventura, parece ser, alegadamente, o novo palhaço da política nacional, embora sem a respetiva indumentária, numa altura em que os circos estão confinados há quase um ano. A tentativa de imitação do estilo de Donald Trump correu-lhe na perfeição. Mal-educado, rude, a roçar o burgesso, demonstrando ora estupidez ora ignorância. Um estilo que alguns poderão confundir com virilidade, mas com a diferença de ser provido apenas da arrogância machista normal entre pessoas sem cultura, sem educação e de níveis sociais onde as dificuldades económicas não permitiram os devidos estudos ou o melhor ambiente para a existência do dito saber estar. O ar de arruaceiro de gravata, que afirma não querer cumprir nem muito menos fazer cumprir a Constituição pode trazer-lhe os votos dos saudosistas e descontentes, mas é triste.
E assim se resume a minha primeira análise aos debates dos candidatos presenciais. Não te prometo comentar todos os debates, porém, sempre que se justifique, aqui estarei para te dar a minha opinião. Todavia, a situação em torno dos debates, nas televisões não começa nada bem.
Deixo uma nota para dizer que Tino de Rans não estava abrangido nas opções televisivas para os debates, porém, face à lei, a SIC, a TVI e a RTP viram-se obrigados a adaptar o calendário criado de modo a incluírem, forçosamente, o calceteiro na sua programação. Assim, em vez dos 20 debates anteriormente anunciados, teremos 26. Vivam a democracia e as regras impostas à comunicação social como forma de os obrigar a dar iguais oportunidades a todos os candidatos, sem qualquer exceção.
Por hoje fico-me por aqui, espero que a análise te ajude a entender o que eu penso sobre estas eleições e prometo voltar com futuros esclarecimentos. Despede-se este teu amigo, sempre pronto a prestar qualquer apoio de que necessites, com um beijo cheio de saudades,
Conforme referi as escutas, anos a fio a João Galamba, foram uma verdadeira serra, cheia de montanhas, que pariram um rato. Para terminar a análise da última carta ainda ficaram algumas coisas por dizer. Vamos em frente.
Os magistrados do Tribunal da Relação de Lisboa lembraram o Ministério Público de que um projeto do tipo PIN, tinha direito a várias prerrogativas e em particular a “um regime especialíssimo, mais célere e mais simplificado, de obtenção de decisões, licenças administrativas” e que, na verdade, “não foi observado”, como realçam, nada de ilegal.
Acontece, porém, que o projeto estava “muito” atrasado e “que não era compaginável, à luz das mais elementares regras de senso comum, que um investimento destes valores, com vários parceiros económicos envolvidos, capital proveniente de outros países, com importantes impactos, no ambiente, nos objetivos da transição energética e digital e na economia portuguesa esteja mais de dois anos pendente sem que sejam proferidas as decisões necessárias a essa implementação”, apontam ainda os magistrados. No acórdão, chegam a notar o investimento já feito por privados de mais de 160 milhões de euros, referindo a expectativa de investir ainda mais dois mil milhões de euros. Pelo que concluem que todos os atos se justificam à luz das necessidades encontradas.
Assim, os Juízes acusam MP (Ministério Público) de “inaptidão”. O acórdão de 366 páginas inclui variadas críticas ao MP, que chega a ser acusado de “inaptidão”, referindo-se o uso de expressões “vagas” e “genéricas”. “As conversas telefónicas nada mais demonstram do que a sua própria existência, provam que aquelas frases foram ditas e foram proferidas por aquelas pessoas que surgem identificadas nas transcrições, como sendo os seus interlocutores.
Mas não são factos. São meios de prova. E a sucessão de conclusões ou ilações que o MP delas retira, não são nem uma coisa nem outra”, salienta o acórdão. O Tribunal da Relação de Lisboa praticamente acusa o Ministério Público de má fé e de se intrometer num negócio delicado que exigia um tipo de postura totalmente diferenciado do observado.
Os magistrados também desvalorizam as reuniões entre administradores da Start Campus e elementos do Governo, intermediadas por Diogo Lacerda Machado, consultor daquela empresa e amigo de António Costa, então primeiro-ministro. “Conversar com governantes do poder central ou do poder local ou com outros agentes da administração pública sobre interesses próprios não tem, só por si, nada de ilícito ou sequer pouco razoável”, salientam. “Falar não é, necessariamente, constranger ou forçar seja quem for a fazer o que não quer ou que não tinha previsto fazer ou decidir”, consideram ainda os juízes. Sendo que acabam por concluir que não há quaisquer provas contra António Costa. Já o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa foge ao assunto e antecipa “um português no Conselho Europeu”. Tentando com isso justificar a queda do Governo e a não manutenção de uma maioria absoluta no poder, por sua vontade própria e pelo desejo de ver o PSD a formar Governo em eleições futuras conforme veio a acontecer.
Com as costas a arder, Marcelo Rebelo de Sousa recusa comentar o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa que arrasa os argumentos do Ministério Público na “Operação Influencer”, considerando apenas que não há elementos de prova contra António Costa.
Ora, a legislatura anterior foi interrompida na sequência da demissão de António Costa, após ter sido divulgado que o então primeiro-ministro era alvo de um inquérito extraído do processo-crime “Operação Influencer”.
Mais ainda. o Presidente não aceitou a substituição do primeiro ministro como se os portugueses em vez de terem votado num partido, tivessem votado num Primeiro Ministro, o que é inteira e absolutamente falso. Foi um verdadeiro Golpe de Estado orquestrado pela Procuradora Geral da República e o Presidente da República e disso Marcelo não se livrará nunca, principalmente quando a história analisar a sua enviesada atuação e comportamento.
Vários meses depois, e após a realização de eleições e de ter tomado posse o Governo da Aliança Democrática, o caso judicial parece esfumar-se na falta de indícios de crime. Apesar de António Costa não ser arguido no inquérito, os juízes do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) repetem, por diversas vezes, que não há indícios contra o ex-primeiro-ministro num acórdão divulgado, que arrasa, por completo, o Ministério Público. Os magistrados entendem que o argumento do Ministério Público (MP) de que Diogo Lacerda Machado, um dos arguidos do processo, usou a sua amizade com Costa para favorecer os interesses da Start Campus no centro de dados em Sines, é uma mera suposição que resulta única e exclusivamente de “juízos especulativos”.
Ora, se não há indícios de crime, a carta da Procuradora Geral da República nunca deveria ter existido. Sendo deveras suspeita a sua intervenção pessoal no processo e o parágrafo que acrescentou à famigerada carta, levando obviamente à demissão de Costa. Tratou-se tudo de um Golpe de Estado iniciado pela senhora Procuradora e concluído pelo Nosso Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.
Aliás, “O único facto concreto protagonizado pelo primeiro-ministro foi ter estado presente num evento de apresentação do projeto, no dia 23 de abril de 2021, no qual também estiveram presentes o então Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, o então Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira”, escrevem os juízes no acórdão. “De uma relação de amizade com um membro do Governo, aliás claramente assumida de forma pública e reiterada por ambos os protagonistas, tem de resultar a conclusão inexorável de que houve tráfico de influências, ou corrupção ativa ou passiva, ou prevaricação?”, chegam a questionar os magistrados perplexos com as alegações apresentadas pelo Ministério Público.
Já Marcelo não comenta, pois o Golpe está dado e executado e de forma perfeita, agora já lhe é possível prever o fim do caso contra António Costa. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusa-se agora, num novo papel de anjinho, comentar as conclusões do Tribunal da Relação de Lisboa, mas antevê que as suspeitas contra o ex-primeiro-ministro acabem por dar em nada, só falta mesmo pedir desculpa pelo seu ilegítimo golpe de Estado Institucional.
“Tenho a sensação de que começa a ser mais provável haver um português no Conselho Europeu, neste próximo Outono, em Bruxelas”, destaca, cinicamente Marcelo, a acenar com a cenoura a Costa. O Presidente da República aceitou a demissão de Costa e, dois dias depois, anunciou ao país a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições para 10 de março passado. Eleições estas que foram ganhas pela Aliança Democrática, coligação entre o PSD, partido a que Marcelo já presidiu, o CDS-PP e o PPM.
A decisão de Marcelo foi muito criticada, e ainda mais é agora com as conclusões da Relação. Mas o Presidente da República recusa comentar qualquer decisão judicial concreta. “Não vou comentar as decisões de justiça”, sublinhou, repetindo a ideia de que há uma forte probabilidade de António Costa se tornar presidente do Conselho Europeu. Como se a prática de um Golpe de Estado pudesse ser legitimada por um tacho na Europa.
Em dezembro de 2023, Marcelo já tinha desejado que o ex-primeiro-ministro “estivesse em condições de ter um lugar na Europa”. No entanto a PGR continua com o caso em aberto e não se prevê quando é que o encerrará. Primeiro é preciso que o povo esqueça o maquiavélico plano de Lucília Gago em concluiu, no meu entender, com Marcelo Rebelo de Sousa.
Tudo isto não passou de um Golpe de Estado, durante a permanência de uma maioria absoluta no Governo e perante um Presidente reduzido à sua menor expressão. A lei pode não ter sido violada, mas a consciência e o voto dos portugueses foram total e objetivamente fulminados pelas atuações da Drª. da PGR e pelo PR. E fico-me por aqui, despede-se com um beijo, Berta, este teu amigo de sempre,
Hoje, porque achei a notícia realmente interessante, cheia daqueles pequenos detalhes que me fazem sorrir, vou falar-te, amiga Berta, do nadador-salvador Marcelo Rebelo de Sousa. A banhos e de férias no Alvor, no litoral algarvio, o Presidente da República foi filmado pela CMTV a ajudar duas jovens a sair de uma situação de dificuldade, que envolvia um caiaque.
Não se tendo tratado propriamente de um salvamento, o facto insólito não deixa por isso de não pertencer às responsabilidades e tarefas que se atribuem a um nadador-salvador, nas costas de Portugal.
O Instituto de Socorros a Náufragos devia iniciar de imediato uma campanha de recrutamento de jovens para a profissão aproveitando a ocasião. Sendo uma causa nobre, não me admiraria se o Presidente aceitasse fazer um spot publicitário, em que ele faria de “David Hasselholf” e a apresentadora Cristina Ferreira substituiria (porque não?), a Pamela Anderson, numa versão bem portuga da antiga série televisiva americana Marés Vivas.
A meu ver não iriam faltar jovens desempregados a tentarem a sua oportunidade de bombeiros-do-mar e com sorte, para os atos heroicos, podia ser que a casa civil da Presidência da República anunciasse a criação da Ordem do Roaz-de-Bandeira, um golfinho bem à portuguesa, para se poderem atribuir comendas e cruzes aos heróis entretanto descobertos.
O primeiro galardão a ser atribuído iria obviamente para a CMTV e, logicamente, para o Correio da Manhã, que estão em todas as situações para conseguirem tão importantes e fundamentais exclusivos para a vida e para o povo da nação lusitana. Poderia ser uma espécie de comenda, especialmente atribuída aos serviços de imprensa e reportagem. Algo do tipo a “Orca-de-Prata” ou o “Polvo-de-Olhão”.
Já o segundo, mas muito mais importante seria para o próprio presidente, que teria de inventar, de forma criativa, uma maneira, enfim, para se premiar a si próprio com o Delfim-Dourado. Pelos valorosos feitos em terra e mar aos longo dos últimos 4 anos.
Marcelo, esse inigualável presidente luso que faz as invejas de Trump e Bolsonaro, é o paladino do bem. Uma espécie de Super-Homem americano, mas numa versão bem lusa e nossa, como não poderia deixar de ser. Posso lembrar o seu olhar de falcão peregrino sobre os fogos de Pedrogão Grande, mantendo-se vigilante até na recuperação da terra, casas e atribuição de subsídios. Como também recordo, a espera quase predadora sobre o caso de Tancos que acabou por fazer com que o Ministro da Defesa tivesse de, mesmo a contragosto, mostrar a sua brilhante careca que, ao fim ao cabo, era bem visível por toda a gente.
Podia continuar porque a lista é longa e meritória. No entanto, não me quero alongar em elogios. Apenas dizer que, não tendo votado nele na primeira eleição, serei dos primeiros a fazê-lo na segunda, mesmo não sendo ele da minha área política.
Afinal, Marcelo Rebelo de Sousa nasceu para um dia ser Presidente da República e o país só tem de se mostrar grato pelo papel desempenhado. Só mesmo ele para ter conseguido, que uma geringonça em que ninguém acreditava, chegasse a bom porto e durasse toda uma legislatura. As pequenas migalhas de resquícios de direita que, às vezes mostra, não passam disso mesmo, migalhas sem qualquer relevância. Mas também sem hipocrisia, que isso não consta no seu feitio.
Com isto me despeço, querida Berta, amanhã existirá, certamente, algo mais para contar, recebe deste teu amigo um beijo de até mais,
Gil Saraiva
Nota: Link do Vídeo do Correio da Manhã com Marcelo a empurrar o caiaque: