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Alegadamente

Este blog inclui os meus 4 blogs anteriores: alegadamente - Carta à Berta / plectro - Desabafos de um Vagabundo / gilcartoon - Miga, a Formiga / estro - A Minha Poesia. Para evitar problemas o conteúdo é apenas alegadamente correto.

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Carta à Berta: Memórias de Haragano - A Revolução Começa na Cama - Parte V

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Olá Berta,

Ainda bem que gostaste do meu esclarecimento de ontem. Hoje, é altura de entrar na quinta parte das memórias de Haragano.

Memórias de Haragano: A Revolução Começa na Cama – Parte V

“Estou no computador a ver se consigo terminar o pequeno texto para a Bodas Magazine, resta-me menos de uma hora e eles querem um mínimo de mil caracteres no artigo. Em primeiro lugar a coisa pode soar a falso, não sei, mas a verdade é que eu casei e pela igreja em mil novecentos e oitenta e quatro e já me divorciei há dezoito anos (atenção: o casamento que já referi anteriormente e que concretizei em Campo de Ourique foi o segundo). Não sou o melhor autor para a publicação e tenho que continuar a apelar ao meu espírito criativo para tentar que saia algo capaz. Coisas de freelancer.

"A boda do Casamento foi acompanhada por um recital de poesia de minha autoria e por uma exposição individual de pintura. Assim tirei partido da comida que serviu de porto de honra e vernissage para as minhas manifestações artísticas e poéticas. Foi o casamento perfeito."

Yes! Acabei, com mil e sessenta e três caracteres já posso enviar o artigo.

Aconselho-te ó leitor se sonhas com a profissão de escritor e ou jornalista que não entres pelo caminho do freelancer uma vez que a quantidade e a qualidade das temáticas nem sempre é a desejável.

Um exemplo disso foi o tema de uma intervenção minha num colóquio de escritores para o qual fui convidado. Esclareço que se tratou, como é normal nestas situações, de um convite de última hora para substituir um ilustre escritor da ribalta cultural portuguesa a quem uns copos a mais na véspera devem ter obrigado ao cancelamento da sua participação.

O que importa é que quando me mandaram os títulos das intervenções dos outros participantes já estava tudo escolhido ao nível das temáticas mais relevantes e eu me vi obrigado a optar pelo que arranjei à pressa, ou seja, "A Dialética Ecológica da Introdução do Papel Higiénico na Sociedade Portuguesa". Era isso ou falar do novo troço de saneamento básico em Freixo-de-espada-à-cinta.

Se reparares na minha agenda, hoje já tive de escrever para a Bodas Magazine, para a revista Mariazinha & Pipoquita e acabei de ver que ainda me falta enviar um artigo com uma receita de marisco para a publicação mensal Cozinho sem Segredos, não confundir ou ler a primeira palavra com qualquer outra vogal, eu sou um cronista sério, ora essa. Mas, enfim, esta é mais fácil, pois adoro cozinhar…

" Xarém de Lagosta: Num prato coloque o miolo de meia lagosta de um quilograma, corte-o em oito bocados e junte-lhes duzentos e cinquenta gramas de miolo de camarão previamente cozido. Corte umas quarenta gramas de toucinho em pedaços e o meio chouriço corrente às rodelas. Frite-os numa frigideira, em lume brando, com azeite, alho e coentros. Depois coloque o marisco num tacho e junte uma pitada de sal e cerveja e dê-lhes uma pequena cozedura com um toque de picante a gosto. Em seguida escorra o líquido onde cozeu o marisco para um tacho, junte o caldo das carnes (o toucinho e o chouriço), adicione mais cerveja e leve ao lume, deixando ferver um pouco. Agora deite lentamente a farinha de milho com a ajuda duma colher grande e tenha cuidado para não encaroçar, mexendo de vez em quando. Por fim, junte as carnes e o marisco e deixe ferver. Contudo, se estiver grosso em demasia (deve ficar bem consistente e não a escorrer) junte mais um pouco de cerveja. E pronto, sirva bem quente de preferência em prato de barro enfeitando com uns raminhos de coentros ou salsa."

Não me posso esquecer de que fiquei de enviar a Receita do Xarém de Lagosta ao Verde Gaio. O senhor Jorge pareceu-me interessado. Amanhã passo para a sexta parte das memórias. Este teu amigo, o mesmo de sempre, despede-se com um beijão,

Gil Saraiva

 

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